Por Rafael Menegueti
Battle Beast - Unholy Savior |
Vocês já sabem como a Finlândia se tornou simplesmente um
dos maiores produtores de bandas de metal nos últimos anos. Hoje eu mostro mais
um excelente exemplo de criação da terra escandinava: o Battle Beast. Aqui
temos uma banda que parece ter levado a fusão de estilos a outro nível, com power
metal, hard rock e heavy tradicional e
uma interessante dose de pop dos anos 80. Curioso certo? Pois saiba que o
terceiro disco de sua carreira, lançado esse ano, é o mais ousado de seus
trabalhos e tem feito a banda alçar voos ainda mais altos.
“Unholy Savior” tem exatamente aquilo que faz do metal
grandioso e empolgante, e é incrementado com uma variedade de estilo e pegada
que torna o disco viciante. Vou começar falando que a capacidade da vocalista
Noora Louhimo, que entrou na banda no segundo disco, vai da potência estilo
Accept, Judas Priest ou Doro, como no single “Madness” e em “Far Far Away”, à
suavidade pop, casos de “Sea of Dreams” e “Angel´s Cry”, com um timbre de voz
muito bem trabalhado. Os riffs e solos de guitarra são poderosos, os teclados
dão grande abrangência às canções e juntos servem pra demonstrar todas as
influências perceptíveis da sonoridade do grupo, como heavy metal clássico,
Nightwish, Sabaton, uma pitada de Sonata Arctica e até... Cindy Lauper (!).
Os membros do Battle Beast |
Como disse, o som oitentista é a fonte de inspiração das
canções. Mas eles bebem da fonte sem parecer forçar ou copiar a formula de suas
influências. Basta ver como faixas como “Lionheart”, que abre o disco, “I Want
the World... And Everything In It” e a ousada fusão de pop dos anos 80 e heavy
metal tradicional de “Touch In The Night” ganham vida própria e dão o tom
inovador por trás de toda a influência nostálgica da banda. Ainda destaco a
faixa título como uma das melhores e mais potentes da banda, e “Speed and
Danger” como uma faixa que faz jus ao nome.
Esse disco, assim como a banda, é um prato cheio para
aqueles que estão atrás de um som mais tradicional, mas que ao mesmo tempo
inova e não fica somente num saudosismo exagerado. Eles soam modernos e
interessantes ao mesmo tempo em que se apoiam em tantas sonoridades diferentes.
Não à toa, têm sido elogiados por onde passam. Essa é pra todos: os que querem
a sonoridade clássica de volta e os que querem algo de novo, diferenciado e
interessante na cena.
Nota: 9/10
Status: Tradicional e inspirado
Faixas:
01. Lionheart
02. Unholy Savior
03. I Want The World... And Everything In It
04. Madness
05. Sea Of Dreams
06. Speed And Danger
07. Touch In The Night
08. The Black Swordsman
09. Hero’s Quest
10. Far Far Away
11. Angel Cry
Nenhum comentário:
Postar um comentário