Por Davi Pascale
Álbum clássico do Cult é
relançado em edição dupla. Reedição traz
as 2 versões do disco e é um ítem indispensável na coleção dos fãs.
Quando o The Cult começou a
preparar o sucessor do bem sucedido Love,
de imediato pensaram em trabalhar com o mesmo produtor, Steve Brown. Por alguma
razão, os músicos não ficaram satisfeitos com o resultado final. Demitiram
Steve, contrataram Rick Rubin e regravaram todo o material. Essa versão que
chega agora nas lojas trazem as 2 edições. A de Steve e a de Rick.
Aposto que você deve estar se
questionando, mas há muita diferença nas versões? Tem musica que não entrou no
disco que conhecemos? Ou são as mesmas musicas com uma guitarra mais alta aqui,
um fadeout diferente ali...? Sim, há muitas diferenças e é
justamente isso que torna o material tão intrigante.
Se fosse uma dessas edições
remasterizadas com algumas faixas acústicas, remixes e ao vivo, já seria bem
interessante, já que esse LP é um clássico. A fase de ouro deles é justamente a
que vai do Love ao Sonic Temple. Eu, particularmente, acho
o Ceremony tão bom quanto, mas tem
alguns fãs que, sei lá por qual razão, não gostam do disco. Pois bem... O Electric é o sucessor do Love e é o disco que tem um de seus
maiores sucessos, “Love Removal Machine”.
O CD 1 é exatamente o LP da
época. Que é a versão produzida pelo Rick Rubin. O disco está remasterizado.
Achei o áudio bom, mas vi gente comentando que não viu muita diferença da outra
edição em CD. Isso não vou saber comentar porque só tinha ele em vinil, que
comprei na época.
O segundo disco é a versão não
lançada. E, cara, é mortal. Os tempos das músicas são diferentes, a mixagem é
outra, os arranjos são outros. Uma coisa que notei é que a maioria das músicas
eram mais longas. Varias musicas entre 5 ou 6 minutos. As primeiras, as hoje
clássicas, “Love Removal Machine”, “Wild Flower” e “Peace Dog”, notei que
tinham uma sonoridade mais próxima à do segundo LP. Com aquelas guitarras meio
U2, com uma onda parecida em que fizeram em “Rain” ou “She Sells Sanctuary”. A
que mais me chamou atenção, contudo, foi “Electric Ocean”. A musica era mais
cadenciada, os riffs eram mais impactantes. Honestamente, achei melhor do que a
versão final.
Como se não bastasse, 4 musicas
da primeira versão dançaram e elas estão aqui. E, sim, as musicas são boas. “Zap
City” se lançada na época poderia ter se tornado um clássico do grupo, embora
eu concorde que esteja mais próxima de “She Sells Sanctuary” do que de “Wild
Flower”. Outro grande destaque é o rock “Groove Co”. Preferia que tivessem
colocado ela do que o cover de “Born To Be Wild” (Steppenwolf).
O único senão é que o encarte não traz nenhuma informação
extra, não tem entrevistas dos caras comentando sobre as gravações, o porquê não
haviam curtido (o disco já era bom), tem apenas as letras. De todo modo, o CD é
indispensável na coleção dos fãs. Mesmo quem já tem a edição anterior, vale a
pena pegar essa e vender a antiga, se for o caso. Sério mesmo...
Nota: 10,0 / 10,0
Status: Indispensável
Faixas:
CD 1:
01)
Wild Flower
02)
Peace Dog
03)
Li´l Devil
04)
Aphrodisiac Jacket
05)
Electric Ocean
06)
Bad Fun
07)
King Contrary Man
08)
Love Removal Machine
09)
Born To Be Wild
10)
Outlaw
11)
Memphis Hip Shake
CD 2:
01)
Love Removal Machine
02)
Wild Fower
03)
Peace Dog
04)
Aphrodisiac Jacket
05)
Electric Ocean
06)
Bad Fun
07)
Conquistador
08)
Zap City
09)
Love Trooper
10)
Outlaw
11)
Groove Co.
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