quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

The Cult – Electric Peace(2016):



Por Davi Pascale

Álbum clássico do Cult é relançado em edição dupla.  Reedição traz as 2 versões do disco e é um ítem indispensável na coleção dos fãs.

Quando o The Cult começou a preparar o sucessor do bem sucedido Love, de imediato pensaram em trabalhar com o mesmo produtor, Steve Brown. Por alguma razão, os músicos não ficaram satisfeitos com o resultado final. Demitiram Steve, contrataram Rick Rubin e regravaram todo o material. Essa versão que chega agora nas lojas trazem as 2 edições. A de Steve e a de Rick.

Aposto que você deve estar se questionando, mas há muita diferença nas versões? Tem musica que não entrou no disco que conhecemos? Ou são as mesmas musicas com uma guitarra mais alta aqui, um fadeout diferente ali...? Sim, há muitas diferenças e é justamente isso que torna o material tão intrigante.

Se fosse uma dessas edições remasterizadas com algumas faixas acústicas, remixes e ao vivo, já seria bem interessante, já que esse LP é um clássico. A fase de ouro deles é justamente a que vai do Love ao Sonic Temple. Eu, particularmente, acho o Ceremony tão bom quanto, mas tem alguns fãs que, sei lá por qual razão, não gostam do disco. Pois bem... O Electric é o sucessor do Love e é o disco que tem um de seus maiores sucessos, “Love Removal Machine”.

O CD 1 é exatamente o LP da época. Que é a versão produzida pelo Rick Rubin. O disco está remasterizado. Achei o áudio bom, mas vi gente comentando que não viu muita diferença da outra edição em CD. Isso não vou saber comentar porque só tinha ele em vinil, que comprei na época.

O segundo disco é a versão não lançada. E, cara, é mortal. Os tempos das músicas são diferentes, a mixagem é outra, os arranjos são outros. Uma coisa que notei é que a maioria das músicas eram mais longas. Varias musicas entre 5 ou 6 minutos. As primeiras, as hoje clássicas, “Love Removal Machine”, “Wild Flower” e “Peace Dog”, notei que tinham uma sonoridade mais próxima à do segundo LP. Com aquelas guitarras meio U2, com uma onda parecida em que fizeram em “Rain” ou “She Sells Sanctuary”. A que mais me chamou atenção, contudo, foi “Electric Ocean”. A musica era mais cadenciada, os riffs eram mais impactantes. Honestamente, achei melhor do que a versão final.

Como se não bastasse, 4 musicas da primeira versão dançaram e elas estão aqui. E, sim, as musicas são boas. “Zap City” se lançada na época poderia ter se tornado um clássico do grupo, embora eu concorde que esteja mais próxima de “She Sells Sanctuary” do que de “Wild Flower”. Outro grande destaque é o rock “Groove Co”. Preferia que tivessem colocado ela do que o cover de “Born To Be Wild” (Steppenwolf).

O único senão é que o encarte não traz nenhuma informação extra, não tem entrevistas dos caras comentando sobre as gravações, o porquê não haviam curtido (o disco já era bom), tem apenas as letras. De todo modo, o CD é indispensável na coleção dos fãs. Mesmo quem já tem a edição anterior, vale a pena pegar essa e vender a antiga, se for o caso.  Sério mesmo...

Nota: 10,0 / 10,0
Status: Indispensável

Faixas:

CD 1:
      01)   Wild Flower
      02)   Peace Dog
      03)   Li´l Devil
      04)   Aphrodisiac Jacket
      05)   Electric Ocean
      06)   Bad Fun
      07)   King Contrary Man
      08)   Love Removal Machine  
      09)   Born To Be Wild
      10)   Outlaw
      11)   Memphis Hip Shake

CD 2:
      01)   Love Removal Machine
      02)   Wild Fower
      03)   Peace Dog
      04)   Aphrodisiac Jacket
      05)   Electric Ocean
      06)   Bad Fun
      07)   Conquistador
      08)   Zap City
      09)   Love Trooper
      10)   Outlaw 
      11)   Groove Co.

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