Por Davi Pascale
DVD apresentava Mike Tramp de
volta ao hard rock. Com lineup reformulado e entrosado, músicos mostravam a
força de seu repertório.
White Lion foi uma banda que teve
um sucesso moderado nos anos 80. Aquela banda com poucas músicas nas FM´s, mas
que todo mundo que é da cena conhece. Sem exceções. O período de maior popularidade
deles foi na época do (ótimo) Pride.
E, lamentavelmente, se separaram após lançar aquele que considero seu melhor
álbum, Mane Attraction.
Após o término da banda, Mike
Tramp formou um ótimo grupo de hard rock, que não foi para frente, que atendia
o nome de Freak of Nature. E também se aventurou em uma boa carreia solo,
apostando em um som mais ameno, com claras referências de Tom Petty. O
baterista Greg D´Angelo chegou a participar do Pride & Glory (ao lado do
Zakky Wylde) e acompanhou os músicos Ace Frehley (Kiss) e Stephen Pearcy
(Ratt), James Lomenzo, também fez parte do Pride & Glory e acompanhou artistas
do calibre de Dave Lee Roth, Ozzy Osbourne, Slash´s Snakepit, Megadeth e Black
Label Society. E Vito Brata sumiu do mapa. Desiludido com a indústria do rock,
abandonou a musica e foi cuidar de sua mãe.
Nessa reunião de 2005, apenas
Mike Tramp vinha da formação clássica. “O importante não é quem está ali, mas
sim as músicas. Tentei me afastar desse material durante um tempo, mas reparei
quão forte são as composições e a força que ela tem entre meu publico. Até hoje
aparece gente em meus shows solo com camiseta e capa de disco do White Lion”,
declarava o musico em entrevista.
Honestamente, tenho um pé atrás
com essas voltas que não são voltas. Se a banda ainda segue na ativa e vai
mudando os integrantes, ok, porque você vai criando uma afinidade com aquela
galera depois de um tempo, mas ficar parado 13 anos, anunciar volta da banda e
só ver um integrante no palco, sempre me pareceu meio duvidoso. Pelo menos,
dessa vez, o projeto era muito bem feito.
A apresentação é curta. Trata-se
de uma performance no festival Bang Your Head de 2005, onde se apresentaram
como atração surpresa. Em 1999, Mike Tramp lançou um álbum com o nome de Mike
Tramp´s White Lion trazendo novas versões para os clássicos da banda. Aqui, já
havia mudado todo mundo novamente. Trata-se do lineup de Return Of The Pride
(2008). As músicas foram apresentadas em cima dos arranjos originais e não das
regravações.
Mike Tramp nunca teve uma
extensão vocal absurda, mas nunca comprometeu porque sempre escreveu linhas
vocais dentro do seu limite. O músico tinha uma energia absurda, corria de um
lado para o outro, arriscava alguns pulos. Dos músicos de apoio, o melhor era o
baterista Troy Patrick Farrel. O cara desce a mão sem dó e tem uma pegada
absurda.
A banda estava muito bem
entrosada. O setlist é matador e traz alguns dos principais sucessos da banda
como “Wait”, “Tell Me”, “Broken Heart” e “Hungry”. A baladinha “When The
Children Cry”, presente entre 10 de 10 coletâneas de 80´s, ficou de fora. O único senão é que
o guitarrista Jamie Law não chega nem perto do que era Vito Brata. Para quem
não conhece a trajetória, Vito era o grande destaque do grupo e chegou a ser
considerado um dos melhores guitarristas de heavy metal pelos críticos da época.
Muitos o comparavam ao Eddie Van Halen por conta do uso de tapping, mas o rapaz tinha
identidade. O cara destruía em cima dos palcos. Jamie apenas cumpre seu papel.
O show, apesar desse detalhe, é
muito bom e deixa seus fãs com gosto de quero mais. Nos anos 80, dois shows
deles foram gravados profissionalmente (Live
At The Ritz e One Night In Tokyo).
Em 2005 foi colocado no mercado um DVD
com o nome de Concert Anthology que
trazia os melhores momentos de cada um desses shows. Permaneço na espera do
lançamento desse material na integra. Sonhar não custa nada!
Nota: 8,0 / 10,0
Status: Nostálgico
01)
Lights n Thunder
02)
Hungry
03)
Lonely Nights
04)
Broken Heart
05)
Fight To Survive
06)
Little Fighter
07)
Living On The Edge
08)
Tell Me
09)
Wait
10)
Radar Love
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