Por Davi Pascale
Michael Sweet ataca novamente e lança
um dos melhores álbuns de sua carreira-solo. Pesado, com som de guitarra na
cara e trabalho vocal impactante, músico deve agradar seus fãs.
Esse é um dos melhores álbuns que
ouvi nos últimos tempos e é, certamente, um dos melhores álbuns de sua
carreira-solo. Diria que é o que mais se aproxima do trabalho que realiza ao
lado do Stryper. Mas esse não é o fato principal para considerá-lo como um
enorme destaque. Sim, gosto muito do Stryper, mas sempre curti também sua
carreira-solo. Sempre ficava na expectativa para ver o que iria aprontar. E,
mais uma vez, o cara não decepciona. O grande destaque aqui é a qualidade das composições. Uma faixa melhor do que a outra.
Para registrar esse material, o
músico contou com a presença de Joel Hoekstra (Whitesnake) nas guitarras, o
baterista Will Hunt (Evanescence) e os baixistas John O´Boyle e Ethan Brosh. One Sided War é um álbum mais focado
nas guitarras, mais pesado e menos moderno do que anterior, (o ótimo) I´m Not Your Sacrifice.
Além de ser dono de uma bela voz,
Michael também é um guitarrista de mão cheia. No Stryper, sempre fez bonito ao
dividir o instrumento com Oz Fox. Inclusive, criando e interpretando parte dos
solos. E aqui não é diferente. O cara arrebenta nos vocais e as guitarras se
destacam com bastante intensidade.
Outra característica marcante de
seu grupo principal e que dá as caras por aqui são os vocais dobrados. Continua
apresentando aqueles backings cheios e harmoniosos, que seus fãs estão tão
acostumados. Os arranjos aqui são heavy metal
tradicional. Sem nenhum toque de modernidade. Sem programações, sem teclados.
Não temos também por aqui aquelas baladas mais melosas e/ou repletas de
violões. A faixa mais lenta é a sombria “Who Am I”.
“Bizarre” traz um riff inicial
inspirado em Van Halen. “Radio” traz uma pegada mais bluesy country rock para
dentro do heavy metal. Não é a primeira vez que alguém brinca com esse
universo, mas são poucos os que se saem bem. “Can´t Take This Life” foi gravada
duas vezes. Uma contando apenas com o trabalho vocal de Michael Sweet. E outra
contando com a participação especial de Moriah Formica. Uma garota de apenas 16
anos de idade. Embora prefira a versão em que cante sozinho, é nítido que a
menina possui um enorme talento.
Os fãs de Stryper irão se
identificar com “Comfort Zone” e “Golden Age”. Já “You Make Me Wanna Move” e “Only
You” contam com uma pegada mais radiofônica, embora sejam faixas fortes. “Only
You” é uma das minhas favoritas do disco.
Michal Sweet demonstra, mais uma
vez, como fazer um álbum de heavy metal. Riffs impactantes, refrãos memoráveis,
solos empolgantes, trabalho vocal louvável. Álbum pesado e melódico ao mesmo
tempo. Altamente recomendado!
Nota: 9,0 / 10,0
Status:
Empolgante
Faixas:
01) Bizarre
02) One Sided War
03) Can´t Take This Life
04) Radio
05) Golden Age
06) Only You
07) I Am
08) Who Am I
09)
You Make Me Wanna
10)
Comfort Zone
11)
One Way Up
12) Can´t Take This Life (c/ Moriah
Formica)
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