Por Davi Pascale
Cleopatra Records relança álbum
ao vivo da cantora Lita Ford. Disco ganha nova arte e prensagem em vinil.
Cleopatra Records é uma gravadora
independente que está na ativa desde 1992. Idealizada pelo fã de música Brian
Perera, iniciou no mercado soltando álbuns de artistas góticos, de rock
industrial e da cena punk rock britânica. Nos anos 90, criaram o selo Deadline para trabalharem com artistas
da cena de L.A. dos anos 80. Soltaram álbuns de vários artistas que as grandes
companhias insistiam em renegar: Quiet Riot, Cinderella, Warrant, White Lion,
Bret Michaels, etc etc etc . Recentemente,
soltaram uma série de álbuns ao vivo. Entre eles, está esse da cantora Lita
Ford.
Virou moda o pessoal relançar
álbuns antigos, DVD´s antigos, alterando o nome e a arte original. E é
exatamente disso que se trata esse álbum. Live
& Deadly nada mais é do que uma nova prensagem do álbum Greatest Hits Live, lançado
originalmente em 2000. E o pior de tudo, com uma faixa a menos. O CD original
trazia uma nova faixa de estúdio, “Nobody´s Child”, que foi deixada de lado
nessa nova edição.
O show em si é fantástico.
Recheado de clássicos, a apresentação demonstra aquilo que todos nós que a
acompanhamos de perto, já sabíamos. A mulher, além de ser uma boa guitarrista,
canta incrivelmente bem. A banda nessa época era formada por David Ezrin nos
teclados, Joe Taylor nas guitarras, Tommy Caradonna no baixo e o cultuado Jimmy
DeGrasso na bateria.
A sonoridade é bem honesta. Som
bem cru, sem grandes overdubs, com som da guitarra e da bateria em bastante
destaque. O setlits é simplesmente matador. Focado nos seus álbuns Lita, Stilettto e Dangerous Curves,
relembra justamente seu momento de ascensão. Os mais jovens não vão se lembrar,
mas faixas como “Kiss Me Deadly” e “Shot of Poison” tocaram bastante nas
rádios.
Esse período está super bem
registrado aqui. Além das duas músicas citadas, dão as caras canções como “Larger
Than Life”, “What Do You Know About Love”, “Can´t Catch Me”, “Hungry”... Até
mesmo a balada “Close My Eyes Forever”, gravada originalmente como um dueto com
Ozzy Osbourne, foi relembrada. O único senão é que os clássicos de seus dois
primeiros LP´s foram esquecidos. Eu, particularmente, gostaria muito que
tivesse sido incluída “Gotta Let Go”. De todo modo, é um belo show. Ao vivo,
ela ganha um peso extra, já que os teclados são mais contidos.
Álbum muito legal, show realmente
muita bacana. Enérgico,
nostálgico. Entretanto, poderia ter sido relançado como foi criado. Acho
super válido retornarem álbum fora de catálogo para o mercado. Só não entendo
essa lógica de reembalar o material para parecer algo novo. E também não gosto
da ideia de tirar canções do disco ou de alterar ordem das faixas (o que,
graças ao bom Deus, não acontece aqui). Se é para alterar, que melhorem
adicionando material extra, não mutilando-o. De interessante, dessa vez, saiu
uma prensagem em vinil, que é sempre um item interessante aos colecionadores. Show
foda, mas se fosse você ainda iria atrás da prensagem original.
Nota: 7,0 / 10,0 (para a reprensagem) / 10,0 / 10,0 (para o
show)
Status:
Enérgico e nostálgico
Faixas:
01) Larger Than Life
02) What Do You Know About Love
03) Black Widow
04) Holy Man
05) Can´t Catch Me
06) Falling In And Out Of Love
07) Bad Love
08) The Ripper
09) Close My Eyes Forever
10) Shot Of Poison
11) Hungry
12) Kiss Me Deadly
13) Rock Candy
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