Por Davi Pascale
Bryan Adams chega ao seu décimo-terceiro
álbum. Com produção de Jeff Lynne (Electric Light Orchestra), artista entrega
álbum retrô misturando a sonoridade que fazia nos anos 80 com uma pegada anos
50/60. Seu melhor disco nos últimos anos.
Durante os anos 80 e início dos
anos 90, o artista canadense era tido como um hitmaker. Cada vez que lançava um
disco, era certeza que pelo menos umas 3 faixas iriam para as rádios.
Infelizmente, o mundo foi mudando, a sonoridade das rádios foi mudando e muitos
artistas extremamente talentosos – como Prince, Billy Idol e o próprio Bryan,
somente para citar alguns – acabaram perdendo seu espaço na grande mídia.
Durante os anos, aventurou-se em
todos os universos que seu som permite. Gravou álbuns acústicos, fez
experimentações com eletrônico. Aparentemente, o rapaz quer reconquistar aquela
moçada que o seguia nos anos 80 e 90. Embora seja um trabalho de composições
inéditas, o CD tem um ‘q’ de nostalgia.
O cantor/compositor segue sua
velha fórmula de misturar rocks suaves com baladas. A festiva “Do What You
Gotta Do” e o rock “Go Down Rockin´” nos dá a sensação de entrarmos no velho De
Lorean de Marty McFly e cairmos no ano de 1984, quando o músico lançou seu
clássico LP Reckless. Suas marcas
principais estão aqui. Seus riffs simples e marcantes, seus refrões grudentos.
Musico canadense aposta em álbum retrô |
Entretanto, as mãos de Jeff Lynne
trouxe algumas peculiaridades ao seu som. O lendário músico, responsável pela
produção do novo álbum, trouxe elementos dos anos 50 e 60 e os colocou em
bastante evidência nas canções do rapaz. O rock “You Belong To Me” aponta para
uma pegada mais rockabilly. “That´s Rock n´ Roll” traz o refrão marcado por
palmas, como os Beatles faziam em seus primeiros anos. A balada “Don´t Even
Try” poderia ter sido gravada por Roy Orbison, caso esse estivesse vivo.
Aliás, o rapaz parece continuar não
se incomodando com a presença de baladas e entrega mais duas aqui: “We Did It
All” e “Yesterday Was Just a Dream”. A influência de Lynne é sentida nos violões e
nas slide guitar. Sem problemas, ambos são feras nesse universo. No final
do álbum, temos Bryan interpretando 4 músicas somente com violão e voz. Bacana,
mas sem o brilho das versões anteriores.
As composições são excelentes, o
disco é muito bem feito. Se você curtiu nas suas fitinhas cassetes sons como “It´s
Only Love”, “Somebody” e “Summer of ´69” ou curtiu em bailinhos sons como “Heaven”,
“Please, Forgive Me” e “Everything I Do (I Do It For You)”, tem de tudo para
gostar desse CD. Seu melhor disco desde 18 Til I Die (1996).
Nota: 8,0 / 10,0
Status: Nostalgico
Faixas:
01) You Belong To Me
02) Go Down Rockin´
03) We Did It All
04) That´s Rock n´ Roll
05) Don´t Even Try
06) Do What You Gotta Do
07) Thunderbolt
08) Yesterday Was Just a Dream
09) Brand New Day
10) Don´t Even Try (Acústico)
11) We Did It All (Acústico)
12) You Belong To Me (Acústico)
13) Brand New Day (Acústico)
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