Por
Rafael Menegueti
Bullet for My Valentine - Venom |
Os galeses do Bullet for My Valentine sabiam que não
seria uma tarefa fácil colocar no mercado o sucessor do mediano “Temper Temper”.
A banda de metalcore sempre prezou por fazer um som pesado e ácido, mas a temática
de angustia adolescente e os refrães e melodias com apelo comercial afastavam
um pouco a banda do público mais maduro e exigente do metal.
Talvez por isso a melhor escolha tenha sido de fato
buscar um meio termo entre o que tornou a banda popular em primeiro lugar,
resgatando um pouco da sonoridade dos primeiros álbuns, e um uso maior de
agressividade e força para mostrar que a banda amadureceu e consegue sim fazer
um disco de metal empolgante. O resultado dessa busca está em “Venom”, que foi
lançado nessa semana.
A banda conseguiu de certo modo cumprir com esse
objetivo. “Venom” é de fato um álbum com muito peso, quase repetindo o clima de
“The Poison”, primeiro disco da banda. Mas as melodias e arranjos me remetem
principalmente ao terceiro disco da banda, o também bom “Fever”. A primeira
pancada do disco, “No Way Out” é uma faixa que poderia facilmente estar naquele
disco. A influência forte de thrash metal continua sendo uma aposta da banda,
mas eles adquirem uma cara própria com seu jeito de criar andamentos velozes e
foco em riffs rápidos. Essa é a principal característica de “Army of Noise”. Em
“Worthless” e “Venom”, a banda volta a mostrar seu lado mais radiofônico, sendo
essas canções com apelo mais “adolescente”.
Quinto álbum da banda galesa funciona como um retorno às origens |
O single
“You Want a Battle? (Here’s A War)” é outra canção simples e com a cara
da banda. Serve como hit, mas não chega a surpreender. “Broken” por sua vez é
mais amadurecida e se destaca no álbum. A sonoridade mais jovial e com pitadas
pop-rock volta a dar as caras em “Skin” e “Hell or High Water”. A faixa que
encerra o disco, “Pariah”, já volta a ser mais agressiva e investe em uma sequencia
de riffs bem elaborados. O disco ainda tem faixas bônus variadas em cada uma de
suas versões diferentes lançadas pelo mundo.
“Venom”, a meu ver, é um disco onde o BFMV procura um
espaço maior dentro da cena metal. Em determinados momentos, com o uso de bons
riffs, andamentos rápidos e muito peso, a banda consegue essa aproximação. Mas
a temática e clima das canções, reforçadas pelo retorno à sonoridade dos primórdios
de sua carreira, ainda impedem que grupo possa se firmar entre os fãs exigentes
do gênero. O Bullet for My Valentine lançou mais um bom disco, mas que
continuara sendo ouvido apenas pelos adolescentes e fãs menos xiitas do estilo.
Pra eles deu certo até agora, então tudo bem.
Nota:7,5/10
Status: Jovial e agressivo Faixas:
01. V
02. No Way Out
03. Army of Noise
04. Worthless
05. You Want a Battle? (Here's a War)
06. Broken
07. Venom
08. The Harder the Heart (The Harder It Breaks)
09. Skin
10. Hell or High Water
11. Pariah
12. Playing God (Bonus Deluxe Edition)
13. Run for Your Life (Bonus Deluxe Edition)
14. In Loving Memory (Bonus Deluxe Edition)
15. Raising Hell (Bonus Deluxe Edition)
Bullet é a 7° melhor banda dos últimos 30 anos...só isso q tenho a dizer...essa resenha é simplória e não faz jus ao grupo que comanda a cena do metal contemporâneo...pitadas pop rock teu c....Há um tripé q sustenta o metal contemporâneo e ele é composto por Bullet, Trivium e Avenged...
ResponderExcluirNão consigo entender qual foi sua bronca com a resenha, até porque eu não falei mal da banda nela, mas vamos lá. Dizer que o Bullet é a "7° melhor banda dos últimos 30 anos" e "comanda o metal contemporâneo" é, no minimo, de um exagero sem tamanho. Eles não são ruins, mas não passam nem perto disso. Se minha resenha foi "simplória", seu comentário beirou o ridículo, argumentação zero. Quando digo pitadas de pop rock, me refiro ao som mais radiofônico, e não há um estilo em si como um todo. Gosto das três bandas que vc citou, principalmente Trivium, mas acho que vc exagera na sua paixão, sugiro que ouça um pouco mais alem disso antes de sair falando coisas que vc nem tem como sustentar. Um abraço e continue nos acompanhando se assim quiser, se não, passar bem!
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