Por Rafael Menegueti
Os galeses do Bullet for My Valentine estão de novo em
evidência por conta do lançamento de seu novo disco, “Venom”, que acontecerá em
agosto. Muito se espera desse álbum que, segundo a própria banda, pode ser um
dos melhores do ano (será?). O que se sabe é que, apesar de certo preconceito
que eles sofrem pelo fato de ser uma banda mais comercial de metalcore, o quarteto
tem capacidade e já mostrou talento em seus trabalhos antecessores. Por isso
hoje falarei um pouco mais da trajetória deles através de seus lançamentos
anteriores.
Bullet
for My Valentine e Hand of Blood EPs (2004/2005)
Após a banda mudar do nome Jeff Killed Joe (sob o qual
eles chegaram a lançar algumas demos) para o atual, o grupo lançou um EP homônimo
no final de 2004. O lançamento tinha cinco faixas e era restrito ao Reino Unido
e Japão, onde a faixa “4 Words (to Choke Upon)” aparecia como bônus. Quase um ano
depois essas mesmas faixas seriam lançadas nos EUA com o nome “Hand of Blood EP”.
Três músicas desse lançamento aparceriam mais tarde no primeiro álbum da banda.
Destaques: Hand of Blood, Just
Another Star.
The
Poison (2005)
Em outubro de 2005 a banda lançava seu já aguardado disco
de estreia. Isso porque eles já eram uma banda conhecida entre os fãs do estilo
no Reino Unido. “The Poison” conseguiu tornar a banda um sucesso mundial com
faixas pesadas a ácidas. Abusando dos vocais gritados de Matt Tuck, dos riffs
explosivos de Michael Padge e algumas melodias radiofônicas com temas como violência
e desencontros amorosos, o disco conseguia agradar pela forte identificação com
o metalcore. No entanto, por esse mesmo motivo ele parecia limitando aos fãs do
estilo, não agradando fãs de outras vertentes. Destaques: Tears Don’t Fall, The
Poison, The End.
Scream Aim Fire (2008)
Após o bem sucedido “The Poison” a banda voltou em 2008
com um disco um pouco diferente mas muito potente. “Scream Aim Fire” chama a atenção
por uma maior proximidade com uma das principais influências da banda, o thrash
metal. A inspiração em bandas como Metallica, Megadeth e Pantera e muito clara,
e as faixas tem menos vocais vocais gritados e instrumental caótico e mais riffs e solos. A temática
da banda seguia a mesma, mas dessa vez o disco parece mais maduro que seu
antecessor. Destaques: Scream
Aim Fire, Waking the Demon, Take It Out On Me.
Fever
(2010)
Em Fever, de 2010, a banda consegue achar uma boa dosagem
entre suas principais influências. A proximidade do thrash metal continua forte,
mas a banda volta a criar faixas mais radiofônicas, convidativas e próximas do
metal tradicional. O álbum chega a dividir os fãs que esperavam algo mais parecido
com “The Poison”, mas as composições são bem feitas e os vocais de Matt Tuck
parecem mais amadurecidos. Além de que as guitarras dele e Padge formam um
entrosamento excelente. As letras continuam falando sobre relacionamentos
conturbados, brigas e temperamento explosivo, o que nesse sentido se assemelha
muito a “The Poison”. Destaques: Your Betrayal, Alone e Bittersweet Memories.
Temper Temper (2013)
Se “Fever” era um disco com composições marcantes, o
mesmo não dá pra se dizer de “Temper Temper”. Apesar do peso e influência do
thrash seguirem sendo elementos principais, o disco peca em ter poucas faixas memoráveis,
parecendo um genérico de si mesmo. Não que o álbum seja ruim, ele apenas não
apresentou uma evolução ou identificação com o estilo como seus antecessores.
Algumas faixas se sobressaem positivamente, mas é possível dizer que esse seja
um disco do qual a banda precise se distanciar no seu próximo trabalho se
quiser agradar os fãs, algo que eles vem prometendo para “Venom”. O primeiro
single, “No Way Out”, já causou reações positivas e foi bem recebido entre os
fãs, resta saber se o resto do disco corresponderá às expectativas. Destaques:
Riot e Breaking Point.
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