segunda-feira, 13 de abril de 2015

Eluveitie – São Paulo (Carioca Club – 11/04/2015)

Por Rafael Menegueti

Eluveitie de volta a São Paulo
O Eluveitie sabe que seus fãs brasileiros são apaixonados pela banda. O grupo veio ao Brasil pelo quarto ano consecutivo, mesmo com adversidades, e conseguiu lotar o Carioca Club, em São Paulo. Para recompensar o publico, a banda fez uma apresentação única com algumas surpresas, que seus fãs jamais esquecerão, e bem diferente da que acompanhei alguns meses atrás na Inglaterra.

O grupo subiu ao palco na hora marcada, 19h, abrindo com “King”, single do mais recente disco, “Origins”, que a banda veio divulgar. “Nil”, faixa já habitual no setlist da banda veio em seguida. Após isso, o vocalista e multi-instrumentista Chrigel Glanzmann explicou algo que havia deixado todos intrigados durante as primeiras músicas: a ausência do baixista Kay Brem e da violinista Nicole Ansperger. Ambos haviam sofrido lesões que os forçaram a ficar de fora da turnê. A banda teve de tomar de última hora a decisão de vir para a América Latina como um sexteto, ou cancelar a turnê. E, pelos fãs, eles decidiram seguir com a turnê.

Banda teve a ausência de dois integrantes, mas superou a dificuldade
Mesmo que a ausência dos dois músicos fosse notável no som da banda como um todo, os outros integrantes fizeram um esforço dobrado para conseguir fazer um show próximo do que a banda apresenta com formação total, e o resultado foi muito bom. O novo membro, Matteo Sisti, adaptou as partes de Nicole no violino em suas flautas, o que deu uma suavizada na falta dela no palco.

A banda aproveitou para trazer algumas faixas antigas como “Uis Elveti” e “Primordial Breath”, assim como sucessos de trabalhos mais recentes, como “Thousandfold” e “Omnos”. No entanto o foco principal, obviamente, era o repertorio de “Origins”, em faixas como “Sucellos”, “Inception” e em “Call of the Mountains”, que foi tocada parte na versão com letra em suíço-alemão, parte em inglês. Um dos momentos altos do show foi a parte acústica onde a banda executou três canções, “Memento” e “Brictom”, do disco acústico folk “Evocation I: The Arcane Dominion”, e “A Rose to Epona”, de “Helvetios”. Momentos que destacaram a voz e o carisma de Anna Murphy. A banda aproveitou para fazer um anuncio interessante aos fãs, de que eles estavam começando a preparar o “Evocation II”.

Em seguida a banda voltou ao repertorio mais pesado, executando “The Nameless”, “Kingdom Come Undone”, “The Silver Sister”, “Quoth the Raven” e encerrando antes do bis com “Alesia”. No retorno, a banda executou a faixa que o publico inteiro pedia a plenos pulmões, “Inis Mona”, mais um clássico da banda. “Tegernakô”, faixa do primeiro disco da banda foi a que encerrou a noite, em um show que mostrou como essa banda é carismática e atenciosa com seus fãs, fazendo por merecer o carinho que eles demonstram pelo grupo.




Fotos: Rafael Menegueti

Setlist:

Origins (intro)
1. King
2. Nil
3. From Darkness 
4. Uis Elveti 
5. Thousandfold 
6. Primordial Breath 
7. Sucellos 
8. Omnos 
9. De Ruef vo de Bärge (The Call of the Mountains)
10. Inception 

11. Memento  (acoustic)
12. Brictom (acoustic)
13. A Rose for Epona (acoustic)

14. The Nameless 
15. Kingdom Come Undone 
16. The Silver Sister 
17. Quoth the Raven 
18. Alesia 

Encore:
19. Inis Mona 
20. Tegernakô 

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