Por Rafael
Menegueti
Anneke van Giersbergen - Drive |
A pouco tempo falei do projeto The Gentle Storm, idealizado
por Arjen Lucassen e Anneke van Giersbergen junto a outros músicos do cenário
do rock alternativo/metal sinfônico holandês. Desde então, me senti obrigado a
mostrar também um pouco do trabalho solo da vocalista, já que ele também é
muito bom. Então hoje decidi falar sobre o mais recente disco de sua carreira
solo, “Drive”.
A cantora construiu sua carreira como vocalista do The
Gathering, grupo que mescla rock progressivo e metal alternativo em suas
músicas, e chegou a fazer até death metal no começo de sua trajetória. Após
deixar a banda em 2007, depois de 13 anos como vocalista, Anneke iniciou sua própria historia, primeiro se identificando como o projeto Agua de Annique nos
primeiros discos, e depois passando a assinar com seu próprio nome. Sem falar
nas inúmeras colaborações com outros artistas como Devin Townsend, Danny
Cavanagh (Anathema), The Sirens e, agora, o The Gentle Storm.
Em “Drive”, Anneke consegue mostrar mais uma vez sua
versatilidade e talento para compor canções cativantes. As canções são simples
mas bem elaboradas. Ela abre o disco com “We Live On”, uma faixa animada e com
um refrão memorável. “Treat Me Like a Lady” é marcada por uma boa participação
das guitarras, que deixam a faixa bem pegada. “She” por sua vez, começa mais
delicada antes de ganhar mais energia no refrão. “Drive” já é outra faixa na
linha de rock moderno, mostrando mais personalidade de Anneke nos vocais.
"Drive" é o segundo disco solo da cantora |
O disco chega a um ponto mais suave com a balada “My Mother
Said”, onde Anneke canta sobre sua família. Já “Forgive Me” é uma faixa com uma levada mais alternativa. “You
Will Never Change” é mais enérgica e agitada, e destaca a voz de Anneke nos refrães.
“Mental Judge” é mais pesada e conta com a participação do vocalista turco Hayko
Cepkin. O disco vai chegando ao final com a mais pop “Shooting for the Stars”,
antes de encerrar com mais uma faixa enérgica, “The Best Is Yet to Come”.
A popular cantora holandesa conseguiu fazer “Drive” um disco
bem competente ao criar faixas cativantes, unindo elementos de pop e rock
alternativo em melodias com a sua cara. O disco é perfeito para quem gosta de
rock atual, sem rótulos e feito por uma das vocalistas mais afinadas e criativas
da atual cena alternativa. Vale a pena pra quem não conhece ir atrás dos
trabalhos da cantora.
Nota: 9/10
Status: Competente e empolgante
Faixas:
1. We Live On
2. Treat Me Like a Lady
3. She
4. Drive
5. My Mother Said
6. Forgive Me
7. You Will Never Change
8. Mental Jungle
9. Shooting for the Stars
10. The Best Is Yet to Come
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