Por Davi Pascale
Grupo paulista chega à seu quinto
álbum. Contando com excelentes músicos, os rapazes entregam um CD pesado e bem
produzido. Formado por Rogério Fernandes, Marcello Schevano, Ricardo Schevano e
Heitor Schewchenko, atravessam sua melhor fase...
Desde que o vocalista Rogerio
Fernandes assumiu o vocal, a sonoridade foi ficando cada vez mais
pesada. Hoje, o Carro Bomba tem uma sonoridade bem distinta daquela que
praticava em seus anos iniciais. No inicio, praticavam um hard rock setentista.
Atualmente, estão mais metal do que nunca. E o mais legal de tudo, permanecem
cantando em português. Há quem diga que heavy metal não
combina com a nossa língua. Sempre tive dois pés atrás com essa afirmação. Até
porque o estilo se iniciou no Brasil com a maioria das bandas cantando em nosso
idioma.
Outro fator importante é que os caras conseguiram atingir uma
identidade. Embora tenham suas influencias (como todo artista tem. Alguns mais descarados, outros menos, mas todos possuem), conseguiram criar uma sonoridade própria. Deixar sua marca. Certamente, o primeiro passo para se destacar no mercado. Para quem não está por dentro, não se trata de mais uma banda copiando os passos do Angra, do
Sepultura ou do Krisiun (certamente os primeiros nomes que surgem em nossa mente quando são citados os termos 'metal' e 'Brasil'). A pegada aqui é outra. Tem um ‘q’ de Motorhead, de
Black Sabbath...
Grupo paulista atravessa seu melhor momento |
Muito dessa influência Sabbath
aparece por conta dos vocais de Rogerio, altamente influenciados por Ronnie
James Dio. Parece que a família toda ouvia o baixinho. Para quem não sabe, além
de ser lembrado por sua curta passagem ao lado do lendário Golpe de Estado, o
vocal é muito lembrado por ser irmão de outro grande cantor do rock brazuca:
Nando Fernandes (Cavalo Vapor, Hangar). Escute o refrão de “Mojo” e tente não
se lembrar de Dio. E a influência não para por aí, “Arrastando Correntes” tem
um arranjo bem nos moldes do grupo de Tony Iommi.
Contando com a ajuda de Marcello
Pompeu e Heros Trench (Korzus) na produção, o CD ganhou uma sonoridade pesada e
encorpada. Tenho certeza que a dupla ficou feliz ao notar a influencia do
thrash em faixas como “Esporro” e “Pragas Urbanas”. Sem contar com nenhuma
baladinha sequer, o álbum apresenta pouco mais de 30 minutos de porradaria, onde minha preferida é a festiva “Let´s Blow”. As letras falam sobre as pragas
que infestam a sociedade atualmente: violência desenfreada, impunidade,
hipocrisia, manipulação...
Os caras acertaram em cheio nesse novo trabalho. Melhor disco do grupo e um dos melhores discos brasileiros desse ano. Ouçam!
Nota: 8,5 / 10,0
Status: pra ouvir no último volume!
Faixas:
01) Máquina
02) Fuga
03) Pragas
Urbanas
04) Esporro
05) Arrastando
Correntes
06) Mojo
07) Let´s
Blow
08) Thrash
n´ Roll
09) Fantasma
09) Fantasma
Melhor banda nacional nos últimos dez anos. Sem mais.
ResponderExcluirBacana. Obrigado pelo comentário.
ExcluirEssa banda representa pra caralhooo!! Essa banda é muito boa mesmo cara.
ResponderExcluirTambém gosto bastante.
Excluirmuito foda!!!!
ResponderExcluirSim, puta banda.
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