Por Davi Pascale
O supergroup Unisonic chega ao
seu segundo álbum. Formado por Dennis Ward (Pink Cream 69), Kai Hansen (Gamma
Ray), Mandy Meyer (Krokus), Kosta Zafiriou (Pink Cream 69) e o cultuadíssimo
Michael Kiske (Helloween), o grupo aposta em um álbum de power metal e deve agradar aos fãs do gênero.
Ele bem que tentou, mas não
conseguiu. Michael Kiske, responsável pelos vocais do clássico Keeper of the Seven Keys e influência
direta para 10 entre 10 dos vocalistas do que é chamado de metal melódico
(inclusive, o brasileiro Andre Mattos), tentou se afastar do heavy metal. Dizia
que não queria mais ser visto como vocalista de metal. Gravou álbuns distantes
do gênero, buscando, muitas vezes, uma sonoridade mais pop, inclusive. De nada
adiantou sua fúria. Seus álbuns solos passaram batidos, sendo consumidos
somente por aqueles que eram seus fãs de carteirinha. Somente quando retornou à
cena com o projeto Unisonic é que voltou a chamar a atenção.
Um dos motivos de maior
celebração entre seus seguidores é que o tal projeto juntava-o novamente ao seu
ex-companheiro de Helloween, Kai Hansen. O guitarrista, ao contrário de Kiske,
nunca negou o heavy metal e criou outra banda que também se tornou referência no segmento: o Gamma Ray. Por isso, muitos podem ficar desapontados ao notarem que o
músico praticamente não participa do processo de composição do álbum, já que na
ocasião estava ocupado com a criação do novo álbum do Gamma Ray. O principal
compositor desse trabalho é o baixsta Dennis Ward.
Dennis Ward se destaca como principal compositor e Michael Kikse demonstra voz intacta |
Ward também é responsável pela
produção do álbum. Sem duvidas, uma escolha acertada. O rapaz é um produtor
experiente. Está careca de saber como um álbum de heavy metal deve soar.
Durante seus anos atrás de uma mesa de som, produziu bandas como House Of
Lords, Primal Fear e até mesmo o grupo brasileiro Angra. O álbum traz uma
sonoridade pesada, porém extremamente bem definida. Som praticamente perfeito.
Uma das principais criticas de Michael
Kiske em relação ao metal era sua associação exacerbada à temas mais pesados como o satanismo. Também não agradava a idéia de não
poder sair do senso comum. Dos fãs e imprensa especializada reclamarem quando
se tenta algo diferente. Realmente o músico foi massacrado quando lançou o Chameleon ao lado do grupo que o tornou
famoso e principalmente seu projeto Supared (já na sua fase solo), mas o novo álbum não apresenta modernidades, não. Uma alegria para seus fãs, mas um pouco contraditório em relação às suas falas. Light of Dawn é um trabalho típico de power metal, ao contrário do álbum de estreia que trazia uma maior influência do hard rock.
Faixas como "Your Time Has Come", "Find Shelter" e "For The Kingdom" poderiam terem sido gravadas por grupos como Helloween, Stratovarius e até mesmo Angra. Contam com aquela construção tipica de bateria veloz, guitarras harmoniosas e vocais pegajosos. Faixas como "Throne of The Dawn" e "Manhunter" já apostam em uma sonoridade mais cadenciada. O momento hard está presente na divertida "Not Gonna Take Anymore", enquanto as baladas aparecem em "Blood", "When The Deed Is Done" e na faixa de encerramento "You And I" (não, não é a do Scorpions). A prova de que Kiske não perdeu suas influencias pop, já que o refrão é nitidamente chupado da balada "Sailing" do cantor Rod Stewart. Os fãs mais afoitos podem correr atrás da versão europeia que conta com a excelente "Judgement Day" e traz um final muito mais digno. Kiske continua com sua voz intacta e várias canções são impactantes. Apesar da pisada de bola em "You And I", é um dos melhores álbuns que ouvi nos últimos anos dentro desse gênero.
Nota: 8,0 / 10,0
Status: Power metal inspirado
Faixas:
01) Venite 2.0
02) Your Time Has Come
03) Exceptional
04) For The Kingdom
05) Not Gonna Take Anymore
06) Night Of The Long Knives
07) Find Shelter
08) Blood
09) When The Deed Is Done
10) Throne Of The Dawn
11) Manhunter
12) You And I
13) Judgement Day (Bonus Versão Europeia)
Faixas como "Your Time Has Come", "Find Shelter" e "For The Kingdom" poderiam terem sido gravadas por grupos como Helloween, Stratovarius e até mesmo Angra. Contam com aquela construção tipica de bateria veloz, guitarras harmoniosas e vocais pegajosos. Faixas como "Throne of The Dawn" e "Manhunter" já apostam em uma sonoridade mais cadenciada. O momento hard está presente na divertida "Not Gonna Take Anymore", enquanto as baladas aparecem em "Blood", "When The Deed Is Done" e na faixa de encerramento "You And I" (não, não é a do Scorpions). A prova de que Kiske não perdeu suas influencias pop, já que o refrão é nitidamente chupado da balada "Sailing" do cantor Rod Stewart. Os fãs mais afoitos podem correr atrás da versão europeia que conta com a excelente "Judgement Day" e traz um final muito mais digno. Kiske continua com sua voz intacta e várias canções são impactantes. Apesar da pisada de bola em "You And I", é um dos melhores álbuns que ouvi nos últimos anos dentro desse gênero.
Nota: 8,0 / 10,0
Status: Power metal inspirado
Faixas:
01) Venite 2.0
02) Your Time Has Come
03) Exceptional
04) For The Kingdom
05) Not Gonna Take Anymore
06) Night Of The Long Knives
07) Find Shelter
08) Blood
09) When The Deed Is Done
10) Throne Of The Dawn
11) Manhunter
12) You And I
13) Judgement Day (Bonus Versão Europeia)
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