Por Davi Pascale
Sebastian Bach chega ao seu
terceiro disco de inéditas. Em seu novo álbum, aposta em uma sonoridade pesada
e moderna. Contando com ótimos músicos de apoio, o vocalista entrega trabalho
inspirado para quem não vive do passado.
O que mais tenho lido por aí é
que o disco é fraco, que as vendas estão baixas e não poderiam ser diferentes.
Honestamente? Não tenho a mínima idéia de como estão as vendas porque não
trabalho nem para o Sebastian, nem para a Frontiers. E também não acho que
venda esteja diretamente relacionada à qualidade. Se isso fosse verdade, Lucas
Lucco e Valeska Popozuda seriam artistas incríveis. Entretanto, musicalmente
falando, Give ´Em Hell é um puta
disco. Bem tocado, bem cantado, bem arranjado, bem produzido.
Contudo, para apreciá-lo, é
necessário ter algo em mente: ele não pertence mais ao Skid Row. Você não
encontrará aqui aqueles arranjos alegres de “Big Gun” e “Here I Am”, nem
aquelas baladas chorosas no estilo de “In A Darkened Room”. Se é isso que você
espera, passe longe. O novo trabalho, se tivesse que relacionar com algo do
Skid Row seria com o Subhuman Race.
Com sonoridade mais sombria, afinação lá embaixo, vocal rasgado. Mesmo assim,
como disse anteriormente, a mixagem aponta para algo mais moderno.
Ex-Skid Row entrega álbum pesado e moderno |
E, esse encontro com uma
sonoridade mais atual, acredito que tenha sido proposital. Afinal, embora traga
velhos conhecidos da sua geração como Steve Stevens (Billy Idol) e Duff Mckagan
(Guns n´ Roses), também aposta em nomes como John 5 (Marilyn Manson, Rob Zombie),
Devin Bronson (Avril Lavigne), além da produção de Bob Marlette (Seether, Black
Stone Cherry). O baterista continua
sendo Bobby Jarzombek, mais conhecido por seu trabalho ao lado do Riot e de
Halford. Ou seja, pelos nomes escolhidos, tudo me leva a crer que ele já tinha
em mente essa pegada mais moderna, quase industrial por oras.
O Skid Row ficou conhecido por
suas baladas. Há algumas delas aqui, mas nenhuma que prometa se tornar o novo
hino do rapaz. Embora costume gostar de suas baladas, achei elas o ponto baixo
desse disco. Os grandes destaques ficam mesmo por conta de porradarias como “Hell
Inside My Head”, “Harmony”, “Temptation” e “Taking Back Tomorrow”. Há ainda uma
curiosa versão de “Rock n´ Roll Is a Vicious Game” do April Wine que quebra um
pouco o clima do disco com uma sonoridade mais classic rock.
Sua voz não tem mais a força que
tinha em Slave To The Grind, mas não
decepciona. Ao menos, em disco. Quem curtiu o trabalho vocal que fez em Angel Down e Kicking And Screaming, tem de tudo para curtir o trabalho vocal
desse disco. Esqueça as criticas negativas que você tem lido por aí e dê uma
chance ao disco. Particularmente, achei um trabalho incrivelmente bem feito e
superior ao Kicking And Screaming,
do qual não me lembro de ter lido críticas tão pesadas...
Nota: 8,5 / 10,0
Status: pesado e moderno
Faixas:
01) Hell
Inside My Head
02) Harmony
03) All
My Friends Are Dead
04) Temptation
05) Push
Away
06) Dominator
07) Had
Enough
08) Gun
To a Knife Fight
09)
Rock
n Roll Is a Vicious Game
10)
Taking
Back Tomorrow
11)
Diesengaged
12)
Forget
You
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