Por Davi
Pascale
Banda britânica faz seu primeiro
trabalho com novo guitarrista. Com uma sonoridade mais direta, deve escapar das
críticas que sofreram com o conceitual Nostradamus. Longe de ser um clássico, mas certamente divertido, deve agradar aos fãs, embora a qualidade de gravação deixe a desejar.
Muitos comemoraram a volta de Rob
Halford e o lançamento de Angel of
Retribution. Eu fiquei dividido com a volta de Halford e me frustrei com o
álbum de retorno. Dividido porque embora tenha começado a ouvir Priest com
Halford, gostava muito de Ripper Owens. Achava que seu estilo casava como uma
luva (bom... ele cantava em uma banda cover do Priest, né?) e gosto muito do já
citado Jugulator. Canções como “Blood
Stained”, “Burn In Hell” e “Abductors” tocaram sem parar no meu CD player. Sem
contar no showzaço que fez com a banda no Credicard Hall na tour de divulgação
do (fraco) Demoliton. Por outro lado, não dá
para falar que fiquei desapontado com a volta de Rob Halford porque ele sempre
esteve entre meus cantores favoritos de metal. Que o diga War of Words do Fight que trazia um trabalho vocal absurdo.
Agora... Angel of Retribution e Nostradamus achei discos não mais do
que bacanas. Não eram ruins, mas longe daquilo que esperava de uma banda como o
Judas Priest. Não atingiram minhas expectativas.
Redeemer of Souls traz muito da sonoridade clássica do Priest. A
bateria contagiante de Scott Travis, o baixo marcante de Ian Hill, os riffs típicos
de Glenn Tipton e o vocal inconfundível de Rob Halford. Richie Faulkner, que
entrou substituindo K.K. Downing, se encaixou bem ao grupo. Seu estilo não descaracterizou a sonoridade da banda e ainda trouxe sangue novo. Entretanto, a mixagem me frustrou um pouco. As canções são muito
boas, mas achei o som abafado e a bateria sem brilho. Certamente com uma
mixagem melhor, causaria mais impacto.
Redeemers of Souls é o primeiro trabalho com o guitarrista Richie Faulkner |
Muitos têm questionado o vocal de
Halford. É até compreensível. O cara já está com 62 anos e a maioria dos
cantores de sua geração tem demonstrado cansaço na voz. Mas a verdade é que ele
se saiu muito bem. Suas linhas vocais estão no estilão dele e os (poucos)
agudos soam agradáveis. Claro que não dá para comparar com a potência vocal que
tinha na época de “Into the Pit” ou “Painkiller”, mas não decepciona. Foi
esperto de não criar muitas linhas vocais com a voz lá em cima, o que poderia
prejudicá-lo na hora de sair em turnê.
“Dragonaut” inicia a festa com
uma sonoridade agressiva típica da banda com Scott intercalando bumbo duplo com
uma levada mais simples. Outra que é marcada pela bateria é a pesadaça “Metalizer”.
O clima 80´s está presente em diversos momentos do álbum. Seja em “Sword of
Damocles” com sua guitarra à la Iron Maiden, seja na faixa-titulo cujo refrão
poderia muito bem fazer parte de algum disco do Helloween. Os grandes
destaques, contudo, ficam com “March of the Damned” e “Battle Cry”. Já a
decepção fica com a sonolenta “Beginning of the End”.
Redeemers of Souls não se iguala à trabalhos clássicos como Screaming For Vengeance, British Steel ou Hell Bent For Leather, mas satisfaz. Espero que no próximo trabalho cuidem melhor do tratamento de áudio. Tenho certeza que com um som mais definido, o impacto seria maior. Várias músicas devem crescer nas apresentações...
Redeemers of Souls não se iguala à trabalhos clássicos como Screaming For Vengeance, British Steel ou Hell Bent For Leather, mas satisfaz. Espero que no próximo trabalho cuidem melhor do tratamento de áudio. Tenho certeza que com um som mais definido, o impacto seria maior. Várias músicas devem crescer nas apresentações...
Nota: 7,5 / 10,0
Status: Ótimas composições com produção à desejar
Faixas:
01) Dragonaut
02) Redeemer
of Souls
03) Halls
of Valhalla
04) Swords
of Damocles
05) Marh
of the Damned
06) Down
In Flames
07) Hell
& Back
08) Cold
Blooded
09) Metalizer
10) Crossfire
11) Secrets
of the Dead
12) Battle
Cry
13) Beginning
of The End
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