Por Davi Pascale
Banda de hard rock cristã brilha
em álbum de covers criado em 2011. Ao contrário do que possam imaginar,
tracklist não foca bandas gospel.
Regravar canções clássicas,
bandas clássicas, é sempre algo complicado. Como essas musicas já estão em
nosso DNA, muitas vezes, a comparação acaba sendo inevitável. E artistas
endeusados costumam ter fãs xiitas. É impressionante o que vi de gente malhando
esse álbum na época. E muito injustamente, diga-se de passagem.
O pessoal do Stryper sempre mandou bem. Oz Fox sempre foi um guitarrista de primeiro time. E
Michael Sweet sempre impressionou no trabalho vocal. O que esse cara canta em
discos como In God We Trust e Against The Law não é brincadeira. Sem
querer desmerecer os demais instrumentistas, que também são muito competentes,
os dois sempre foram, para mim, o diferencial do grupo.
Algo que sempre foi questionado no
Stryper é sobre o quão fiel eles são aos princípios religiosos. Muitos os
acusam de estarem nessa apenas por dinheiro. Esse rolo todo ganhou força
justamente quando lançaram o Against The
Law. Como os álbuns anteriores haviam conseguido emplacar algumas músicas
na MTV da época, eles tentaram fazer um álbum sem contar com letras cristãs
para ampliar seu publico. E a atitude não foi bem vista entre seus seguidores.
Essas pessoas, certamente,
ficaram inconformadas novamente com esse álbum. Existem grandes bandas dentro do universo white
metal. Alguns exemplos: Guardian, Bride, Whitecross, King´s X, Holy Soldier... Mas
esse não é o foco do disco. Aliás, não temos nenhuma canção nessa pegada aqui. Pelo
contrário, resolveram homenagear grandes nomes do rock n roll como Scorpions,
Black Sabbath, Kiss, Iron Maiden, Ozzy Osbourne, Deep Purple. E o resultado final
é excelente.
Como disse anteriormente, os
caras são excelentes músicos. O material é incrivelmente bem executado. E, como
disse, Michael Sweet é um puta cantor. Na minha opinião, está entre os melhores
da atualidade. O cara só pegou pedrada e se saiu muito bem. De boa, cantar Rob
Halford, Bruce Dickinson, Ronnie James Dio, não é tarefa para qualquer um e o
rapaz fez bonito.
Os arranjos, na maior parte do
tempo, se mantêm fieis aos originais. Por vez ou outra, ganham um pouco mais de
peso, mas nada a ponto de deixar o ouvinte revoltado. Há alguns momentos em que
eles deram uma ousada, como em “Shout It Out Loud” (Kiss), onde mudaram a palhetada
da guitarra e “Over The Mountain”, onde criaram um novo solo, mas nada que faça
neguinho ficar salivando, dizendo ‘que absurdo’. Aliás, o solo de “Over The
Mountain” ficou bem interessante. É claro que não supera o original,
mas ficou bonito.
Os grandes destaques do disco
ficam por conta de “Set Me Free” (Sweet), “Lights Out” (Ufo), “On Fire” (Van
Halen), “Blackout” (Scorpions) e a inédita “God”. Hard rock poderosíssimo que
conta com um ótimo refrão e uma pegada meia 80´s. Quem curtia os primeiros LP´s
do conjunto, irá se identificar com esse som. Discaço!!!!
Nota: 9,0 /
10,0
Status:
Divertido e empolgante
Faixas:
01) Set Me Free (Sweet)
02) Blackout (Scorpions)
03) Heaven And Hell (Black Sabbath)
04) Lights Out (Ufo)
05) Carry On Wayward Son (Kansas)
06) Highway Star (Deep Purple)
07) Shout It Out Loud (Kiss)
08) Over The Mountain (Ozzy Osbourne)
09) The Trooper (Iron Maiden)
10) Breaking The Law (Judas Priest)
11) On Fire (Van Halen)
12) Immigrant Song (Led Zeppelin)
13) God (Stryper)
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