Por Davi Pascale
Andy Summers narra sua história
na música e seus tempos no The Police. Baseado em sua autobiografia, filme
mostra cenas de bastidores e fotos tiradas pelo músico.
One Train Later: A Memoir é o livro que Andy Summers lançou há 10
dez anos. E foi baseado nele que todo o roteiro da película foi criado. O
guitarrista conta sobre sua infância, suas primeiras bandas, como conheceu
Sting e Stewart Copeland. Como o trio foi formado.
O The Police foi um grande
estouro no final dos anos 70 e boa parte dos anos 80. Várias músicas nas
rádios, discos e mais discos vendidos, turnês mundiais disputadíssimas... Como é bem comum nesse tipo de situação, a
banda logo sofreu um desgaste e seu vocalista começou a querer construir uma
carreira solo. No auge do sucesso, a banda se desfez.
Demorou anos, décadas, para que
os músicos se reunissem. O longa mistura imagens da reunião de 2007 com imagens
de arquivo de época. Flashes de shows, apresentações de televisão, entrevistas,
imagens de bastidores. Diversas imagens bem interessantes que devem emocionar
seus velhos fãs.
Andy narra seu começo na música. Conta
sobre seus tempos no hoje cultuado Dantalion´s Chariot, uma banda psicodélica de
vida curtíssima, sua breve participação no Eric Burdon & The Animals, o
fato de ter sido cogitado para se juntar aos Rolling Stones. Foram várias bolas
na trave até que finalmente atingisse o estrelato.
A situação para o músico não era
fácil. Com quase 30 anos nas costas, não via sua carreira deslanchar. Fala
sobre suas mudanças de cidade, sua dificuldade em sobreviver fazendo música, em pagar suas contas.
A questão da polêmica separação é
retratada meio que por cima, o músico não entra em muitos detalhes, mas há
alguns depoimentos bem interessantes. Como, por exemplo, a razão de terem se
aventurado no universo punk no início de sua trajetória, a primeira versão de
Roxanne que nasceu inspirada no ritmo da bossa nova, sua percepção de quando e
como Sting começou a se afastar, etc etc etc.
Can´t Stand Losing You não é um documentário tradicional. Não temos
depoimentos dos outros músicos, nem de produtores, nem de jornalistas, nem de
outros artistas, nem nada do tipo. É simplesmente a visão de Andy Summers sobre
sua trajetória. Especialmente, nos seus anos com o The Police.
Andy sempre gostou de tirar
retratos. Alguns anos atrás chegou até a criar uma exposição exibindo uma
amostra dessas imagens. No filme, são exibidas algumas fotografias criadas pelo
rapaz. São fotos de todos os tipos. De bastidores, das estradas, dos músicos,
das garotas nuas. Há algumas imagens curiosas. O momento mais curioso do filme,
contudo, não é uma foto e, sim um vídeo do musico adentrando um karaokê. Não
vou entrar em detalhes para não estragar a surpresa, mas a cena é sensacional.
Não me recordo de ter visto esse DVD para vender nas lojas aqui do Brasil, mas o material pode ser conferido legendado no Netflix. Quem for fã da banda ou do músico em questão vale dar uma checada. Interessante...
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