Por Davi Pascale
Jorn Lande se aventura novamente
em uma opera rock. Contando dessa vez com a presença do talentoso Trond Holter,
musico entrega álbum teatral e empolgante.
Trond Holter é famoso por ser o
guitarrista da banda Wig Wam, banda que recria a sonoridade glam dos anos 80.
Uma proposta parecida com a do Steel Panther, só que menos escrachado. Quem não
conhece, vale dar uma checada no CD Wigwamania.
Jorn já passou por uma tonelada de bandas e projetos. Embora muitos gostem de
dizer que seus discos são fracos, o norueguês já entregou discaços ao lado do
Ark, Snakes, Allen/Lande, Masterplan e também em sua carreira-solo.
Em relação à sua voz, todos são
unânimes que se trata de uma das melhores vozes que surgiram na cena hard/heavy
contemporânea. Ok, ele busca inspirações gritantes em Ronnie James Dio e David
Coverdale, mas seu alcance é algo impressionante e cria algumas linhas vocais
bem empolgantes. E isso pode ser comprovado, mais uma vez, em Swing of Death.
A ideia do disco é ser uma
ópera-rock. A história gira em torno do famoso conto Dracula de Bram Stoker. Jorn é o personagem principal. Ou seja, o
Dracula. A garota foi interpretada pela Lena Floitmoen. Nem todos irão curtir
seu timbre, que é bem fino, mas sem dúvidas é uma boa cantora.
Holter também fez um grande
trabalho. Criou ótimos riffs e solos bem inspirados. Quem quiser dar uma
checada no que é capaz basta ouvir a faixa instrumental “True Love Through
Blood”. Vale mencionar que a dupla ficou responsável pela criação de todo o
material. Tanto dos arranjos quanto das letras. Sem ajuda externa. No
instrumental, contaram com as mãos de Per Morten Bergseth na bateria
(Fracture), Catalin Popa nos violinos, Cornelia Tihon na flauta de pã e Bernt
Jansen, colega de Trond no Wig Wam, nas 4 cordas.
O disco é bem legal, e como
esperado foca no lado hard/heavy. Os arranjos são teatrais e variados. Cada
musica vai trazendo uma novidade. A faixa “Hands Of Your God”, com uma pegada mais
arrastada e sombria, é a mais fraca do disco. Portanto, insista na audição. A
pesada “Walking On Water” já demonstra toda a potencia vocal de Jorn no
explosivo refrão. “Swing Of
Death” tem um ‘q’ de Alice Cooper. Lena se sobressai em “Save Me” e “Under
The Gun”. A dinâmica é bem variada. Nem todas as canções começam o som na cara.
Algumas começam devagar para explodir depois. Como é o caso de “Masquerade Ball”.
Ou seja, esse é um disco para
você ouvir com calma, prestando atenção nos detalhes dos arranjos, acompanhando
as letras. Jorn canta quase todo o tempo para cima, muitas vezes remetendo ao
Dio. Nenhum grande espanto para quem o acompanha de perto. Essa não é a
primeira vez que participa de um álbum do gênero. O músico já participou de
álbuns do Ayreon, Avantasia e Nostradamus. Portanto, já sabia exatamente o que fazer.
Embora seja uma ópera-rock, o CD
não é longo. Em torno de 45 minutos. Portanto, não é um trabalho cansativo.
Pelo contrário, quase nem se sente o tempo passar. Entre seus grandes momentos estão “Walking On
Water”, “Swing Or Death”, “Save Me”, “River of Tears” e “Into The Dark”. Vale
uma audição!
Nota: 8,0 /
10,0
Status: Bem
feito
Faixas:
01) Hands Of Your God
02) Walking On Water
03) Swing Of Death
04) Masquerade Ball
05) Save Me
06)
River
Of Tears
07)
Queen of the Dead
08)
Into The Dark
09) True Love Through Blood
(Instrumental)
10)
Under The Gun
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