quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Jorn Lande & Trond Holter - Dracula: Swing of Death (2015):





Por Davi Pascale

Jorn Lande se aventura novamente em uma opera rock. Contando dessa vez com a presença do talentoso Trond Holter, musico entrega álbum teatral e empolgante.

Trond Holter é famoso por ser o guitarrista da banda Wig Wam, banda que recria a sonoridade glam dos anos 80. Uma proposta parecida com a do Steel Panther, só que menos escrachado. Quem não conhece, vale dar uma checada no CD Wigwamania. Jorn já passou por uma tonelada de bandas e projetos. Embora muitos gostem de dizer que seus discos são fracos, o norueguês já entregou discaços ao lado do Ark, Snakes, Allen/Lande, Masterplan e também em sua carreira-solo. 

Em relação à sua voz, todos são unânimes que se trata de uma das melhores vozes que surgiram na cena hard/heavy contemporânea. Ok, ele busca inspirações gritantes em Ronnie James Dio e David Coverdale, mas seu alcance é algo impressionante e cria algumas linhas vocais bem empolgantes. E isso pode ser comprovado, mais uma vez, em Swing of Death.

A ideia do disco é ser uma ópera-rock. A história gira em torno do famoso conto Dracula de Bram Stoker. Jorn é o personagem principal. Ou seja, o Dracula. A garota foi interpretada pela Lena Floitmoen. Nem todos irão curtir seu timbre, que é bem fino, mas sem dúvidas é uma boa cantora. 

Holter também fez um grande trabalho. Criou ótimos riffs e solos bem inspirados. Quem quiser dar uma checada no que é capaz basta ouvir a faixa instrumental “True Love Through Blood”. Vale mencionar que a dupla ficou responsável pela criação de todo o material. Tanto dos arranjos quanto das letras. Sem ajuda externa. No instrumental, contaram com as mãos de Per Morten Bergseth na bateria (Fracture), Catalin Popa nos violinos, Cornelia Tihon na flauta de pã e Bernt Jansen, colega de Trond no Wig Wam, nas 4 cordas.

O disco é bem legal, e como esperado foca no lado hard/heavy. Os arranjos são teatrais e variados. Cada musica vai trazendo uma novidade. A faixa “Hands Of Your God”, com uma pegada mais arrastada e sombria, é a mais fraca do disco. Portanto, insista na audição. A pesada “Walking On Water” já demonstra toda a potencia vocal de Jorn no explosivo refrão. “Swing Of Death” tem um ‘q’ de Alice Cooper. Lena se sobressai em “Save Me” e “Under The Gun”. A dinâmica é bem variada. Nem todas as canções começam o som na cara. Algumas começam devagar para explodir depois. Como é o caso de “Masquerade Ball”.

Ou seja, esse é um disco para você ouvir com calma, prestando atenção nos detalhes dos arranjos, acompanhando as letras. Jorn canta quase todo o tempo para cima, muitas vezes remetendo ao Dio. Nenhum grande espanto para quem o acompanha de perto. Essa não é a primeira vez que participa de um álbum do gênero. O músico já participou de álbuns do Ayreon, Avantasia e Nostradamus. Portanto, já sabia exatamente o que fazer.

Embora seja uma ópera-rock, o CD não é longo. Em torno de 45 minutos. Portanto, não é um trabalho cansativo. Pelo contrário, quase nem se sente o tempo passar. Entre seus grandes momentos estão “Walking On Water”, “Swing Or Death”, “Save Me”, “River of Tears” e “Into The Dark”. Vale uma audição!

Nota: 8,0 / 10,0
Status: Bem feito

Faixas:
      01)   Hands Of Your God
      02)   Walking On Water
      03)   Swing Of Death
      04)   Masquerade Ball
      05)   Save Me
      06)   River Of Tears
      07)   Queen of the Dead
      08)   Into The Dark
      09)   True Love Through Blood (Instrumental)  
      10)   Under The Gun

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