quinta-feira, 12 de maio de 2016

Dorothy – Dorothy (2014):





Por Davi Pascale

Hoje, resolvi comentar de outro EP. Só que dessa vez não é um registro de covers. Pelo contrário, trata-se do primeiro registro de um grupo de L.A. que atende pelo nome de Dorothy. O grupo está para lançar seu primeiro disco em Junho, que receberá o nome de Rock Is Dead. Embora só tenham lançado um EP, os caras já estão causando um certo burburinho na imprensa internacional.

Formado por Dorothy Martin (voz), Zac Morris (bateria), Gregg Cash (baixo) e DJ Black (guitarra), a banda faz um som sujo, visceral e cheio de atitude. Dorothy costuma brincar nas entrevistas dizendo “Basicamente, fazemos músicas que Beavis & Butt-Head gostariam de ouvir”. Em 2014, mesmo ano em que lançaram esse EP, o grupo foi listado pela Rolling Stone dos EUA entre os 50 novos artistas que mereceriam sua atenção.

O grupo foi criado para a cantora. Os produtores Mark Jackson e Ian Scott ficaram impressionados com a voz da menina e resolveram criar uma banda para ela. A dupla é muito conhecida por trabalhar na área de rap e já produziram nomes como Snoop Dogg e Ice Cube. Os rapazes resolveram utilizar a sua escola para a produção do disco. Resolveram inserir alguns efeitos, resolveram brincar com programação de bateria, inserir palmas e coisas do tipo. 

Grupo é apontado como uma grande promessa. Vocalista é o destque.

O resultado, contudo, não é superficial e nem conta com a vibe new-metal, como alguns possam imaginar. Pelo contrário, a sonoridade nos remete à grupos como White Stripes e Black Keys. Com guitarras bem influenciadas por anos 70, uma vibe meio bluesy, uns riffs meio jimmypagewannabe.

Dorothy Martin é realmente o grande destaque. Tem um timbre bem legal, conta com uma voz forte, sem soar esganiçado. “Gun In My Hand” é uma boa faixa para sentirmos o potencial da garota. Focando em gaitas, violões e uma bateria fazendo apenas marcação, a voz ganha bastante destaque na canção. DJ Black é outro grande destaque. O rapaz demonstra que é bom de riff. “Wild Fire” traz um riff bem na onda do Led Zeppelin, enquanto “After Midnight” soa com se o White Stripes resolvesse ter montado uma banda por completo.

As palmas aparecem em quase todo o disco, mas funciona bem. Cria um efeito interessante. Ainda não ouvi a banda ao vivo. Não sei dizer ainda se mandam bem em cima dos palcos, mas por todo o estardalhaço que vêm causando, diria que a banda promete. Ficarei esperto com o lançamento do debut. Assim que tiver acesso ao disco, escreverei por aqui. Vamos ver se correspondem às expectativas. O EP é excelente. Nenhuma faixa descartável. Recomendado à fas de Royal Blood e Jack White.

Nota: 9,0 / 10,0
Status: Excelente

Faixas:
      01)   After Midnight
      02)   Wild Fire
      03)   Wicked Ones
      04)   Gun In My Hand  
      05)   Bang Bang Bang

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