Por Davi Pascale
Resolvi retomar a série onde
retrato sobre alguns filmes ligados ao rock. Já escrevi sobre vários dos meus
preferidos, mas revirando minha estante de filmes, notei que ainda há mais
alguns que merecem um texto em nossa página. Dessa vez, resolvi escrever sobre
um que dividiu opiniões, mas que sempre gostei muito; o RockStar.
Embora fictício, é bem realista. Rockstar fala sobre um jovem que venera
uma banda, Steel Dragon, ao ponto de seguir à risca o que seus músicos fazem,
de criar uma banda cover copiando por A+B todos os detalhes. Um belo dia, o garoto
é convidado à integrar a banda. Aceita o cargo e logo sua ilusão cai por terra.
Não demora muito para que note
que a realidade não tem nada a ver ao mar-de-rosas idealizado em sua mente de
fã. O rapaz descobre que o vocalista, até então seu maior ídolo, não era
exatamente aquilo que imaginava. Assume o posto, mas não tem liberdade dentro da banda, se vê atuando como um funcionário qualquer.
Muitos dizem que a história foi
inspirada no Judas Priest. Ripper Owens, antes de assumir o posto de vocalista
do Judas, cantava em uma banda cover. Rob Halford é homossexual, assim como
Bobby Beers. Realmente, há muitas similaridades, mas não é a mesma história.
Quando Owens assumiu o lugar de Halford, o cantor estava fora há quase um ano.
Aqui, o rapaz entra no meio da turnê. O cantor do Judas seguiu carreira no heavy metal, o cantor do filme mudou seu estilo. Tanto visual, quanto musical. Se bem que dizem que essas mudanças
ocorreram porque o Judas Priest havia ameaçado processar a Warner, caso o nome
do grupo fosse citado no longa ou caso escrevessem um filme sobre eles sem
permissão. Os músicos queriam controlar a história e a Warner, ao que tudo
indica, negou.
Filme conta com Mark Wahlberg e Jennifer Aniston |
Polêmicas à parte, o filme é
muito bem feito e conta com a presença de grandes astros do rock. Steel Dragon,
no filme, é formado pelo baixista Jeff Pilson (Dokken), pelo guitarrista Zakky
Wylde (Ozzy Osbourne, Black Label Society), e pelo baterista Jason Bonham
(Black Country Communion). A Blood Pollution, a tal banda cover, é
formada pelo guitarrista Nick Catanese (Black Label Society), o baterista Blas
Elias (Slaughter) e o baixista Brian Vander Ark (Verve Pipe). Também há
aparições de Stephan Jenkins (Third Eye Blind), Ralph Saenz (Steel Panther) e
Myles Kennedy (Alter Bridge, Slash).
Do lado dos astros do cinema,
temos dois nomes bem populares aqui no Brasil: Mark Wahlberg (Planeta dos
Macacos, Saída de Mestre) e a lindíssima Jennifer Aniston (Friends). Mark se
saiu muito bem no papel. Para quem conhece seu passado é até estranho
assisti-lo interpretando um cantor de heavy metal. A primeira vez que ouvi
falar sobre o rapaz foi quando liderava o grupo Marky Marky And The Funky
Bunch, apostando em uma mistura de rap e dance music. Nunca o imaginaria em um
papel desses. E o cara interpretou direitinho.
O filme retrata sobre o dia-a-dia
de uma banda grande. Mostra todos os podres existentes por trás de um grande
artista. As noitadas, as bebedeiras, as drogas, o ego, as falsas expectativas, a ideia do dinheiro acima de tudo. Será que é exatamente isso o que o garoto buscava? Filme divertidíssimo. Recomendado à todos os amantes do rock n roll!!!
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