Por Davi Pascale
Ace Frehley resolve
revisitar suas raízes em seu novo álbum. Disco conta com a participação de
grandes nomes do rock, entre eles um velho parceiro da banda que o tornou
mundialmente famoso. Trabalho extremamente honesto e empolgante.
Há quem não goste, mas sempre
considerei Ace Frehley não somente o melhor guitarrista do Kiss, como um dos
grandes guitarristas do rock. Ok, não é um virtuose. Mas é um músico cheio de
personalidade, excelente para criar riffs e solos. Um cara que tem uma magia em
volta.
Bah... Mas esse é um disco de
covers, não é? Sim, mas o rapaz imprimiu sua marca em cada canção. As músicas
não foram modificadas ao ponto de ficarem irreconhecíveis, nem de serem
consideradas modernas, mas Ace não se preocupou em reproduzir nota por nota. Especialmente, nos solos. Tocou à
sua maneira. E ficou matador! O cara está arregaçando na guitarra. Um
solo melhor do que o outro. Fazia tempo que não o via tão inspirado. Na parte vocal? Ace sendo Ace. Quem gosta do seu estilo de cantar, ficará satisfeito. Quem não gosta, não mudará de opinião.
Como já era de se esperar, as músicas
focam os anos 60. Cream, Rolling Stones, Jimi Hendrix... Os anos 70, período em
que atingiu a popularidade, também não foram esquecidos. Resgata aqui sons de
Led Zeppelin, Thin Lizzy e de sua antiga banda, o Kiss. Duas já eram manjadas. “Parasite”
e “Cold Gin” são clássicos do quarteto mascarado que costumam pintar em seus
shows solo. A grande surpresa
aqui é “Rock n´ Roll Hell” de Creatures
Of The Night. Álbum em que aparece na capa, mas não chegou a gravar.
Dá uma dica aqui de como seria o disco com ele. Já é a segunda vez que ele nos surpreende. Em Trouble Walkin´ o rapaz fez uma (boa) gravação de "Hide Your Heart" (Hot In The Shade). O resultado da música do Creatures? Excelente! Ainda acho que o vocal de Gene casa melhor na música, mas o trabalho de guitarra está matador! Rock n roll na veia.
Paul Stanley volta a gravar com Ace Frehley 18 anos depois |
As músicas não foram reinventadas, mas ganharam uma dose extra de peso. Origins é um álbum bem empolgante. Conta com uma sonoridade bem viva. Soa como se os músicos estivessem tocando dentro do seu quarto. Em algumas faixas, contou com convidados especiais. Dentre esses, vale destacar Slash (sim, esse mesmo) em “Emerald”, o vocal de Scott Coogan (músico da sua banda de apoio) em “Bring It On Home” e Paul Stanley em uma ótima interpretação de “Fire And Water”. Paul não ficou imitando Paul Rodgers. Deu uma cara dele e ficou sensacional.
Talvez alguns reclamem do set
escolhido, por serem canções óbvias, mas a ideia aqui não era resgatar
obscuridades e, sim, demonstrar um pouquinho as suas influências, mostrar quem foram seus heróis e se
divertir um pouco, por que não? As faixas escolhidas são consideradas clássicos
do rock. Algo sempre divertido
de ouvir, certo? Em Origins Vol. 1, Ace Frehley dá uma aula de guitarra
e de rock n´roll. Ouça e no talo!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Nota: 10,0 / 10,0
Status: Divertido
e empolgante
Faixas:
01) White Room (Cream)
02) Street Fighting Man (Rolling Stones)
03) Spanish Castle Magic c/ John 5 (Jimi
Hendrix)
04) Fire And Water c/ Paul Stanley
(Free)
05) Emerald c/ Slash (Thin Lizzy)
06) Bring It On Home (Led Zeppelin)
07) Wild Thing c/ Lita Ford (The Troggs)
08) Parasite c/ John 5 (Kiss)
09) Magic Carpet Ride (Steppenwolf)
10) Cold Gin c/ Mike McCready (Kiss)
11) Til The End Of The Day (Kinks)
12) Rock And Roll Hell (Kiss)
12) Rock And Roll Hell (Kiss)
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