quarta-feira, 16 de março de 2016

The Unguided – Lust and Loathing (2016)

Por Rafael Menegueti

The Unguided - Lust and Loathing
A cada novo lançamento, o The Unguided consegue se distanciar mais das comparações do passado de seus integrantes no Sonic Syndicate. O grupo surgiu após a gradual ruptura de três importantes membros da banda anterior, os vocalistas Roland Johansson e Richard Sjunnesson, e o guitarrista Roger Sjunnesson. A intenção deles era voltar a fazer um som que eles planejavam no Sonic Syndicate, mas que não conseguiam por conta do controle que a gravadora impunha sobre eles. Agora, no terceiro álbum de estúdio do The Unguided, Lust and Loathing, é fácil perceber que a banda foi além disso.

A começar pela temática das músicas. O grupo deixou de lado as letras pessoais e simples e passou a criar historias conceituais de ficção científica para ilustrar sua sonoridade. A fórmula musical remete aos primeiros anos de Sonic Syndicate. Riffs agressivos, mistura de vocais gritados (Richard) e limpos (Roland), com refrães incrivelmente melódicos e arranjos de teclado e sintetizadores. Mas se você espera muita inovação a partir disso, aqui não é o caso. Com uma mistura de death melódico, metalcore e groove metal moderna e que apela bem com o público mais jovem, o álbum é praticamente igual aos outros dois primeiros.

Os membros do The Unguided
Isso é ruim? Não. A banda é coesa e tem capacidade pra fazer composições interessantes. Do mesmo jeito que os dois primeiros álbuns são pesados e possuem músicas bem empolgantes, Lust and Loathing não deixa por menos. Abre com a boa Enraged, que possui um nome bastante adequado ao som da banda. The Worst Day (Revisited) dá um banho de melodia e é uma das mais fortes canções do disco. As faixas seguintes mantêm a boa e intensa pegada do grupo, e o disco encontra um novo pico em Black Eyed Angel e Operation: E.A.E. Nas duas últimas canções do disco, Boneyard e Hate (and Other Triumphs), a banda não deixa o ritmo agressivo cair, entregando assim um disco bem equilibrado, sem os altos e baixos que costumamos ver às vezes.

Ainda há quatro faixas bônus, duas delas versões ao vivo de canções mais antigas, e outras duas, chamadas Mercy e Judgement, que já haviam sido lançadas sozinhas em um EP no ano passado, e soam exatamente como as outras. O The Unguided pode até não fazer questão de se renovar a cada lançamento, mas não dá pra ignorar que seu som é potente e é muito mais evoluído do que nos tempos em que seus principais integrantes formavam o Sonic Syndicate. A banda sueca é uma das boas investidas daqueles que curtem um som moderno e atual, sem o preconceito que às vezes encontramos pela mistura de tantos elementos.


Nota: 9/10
Status: explosivo

Faixas:
01. Enraged
02. The Worst Day (Revisited)
03. King Of Clubs
04. Heartseeker
05. Photobs Grip
06. Black Eyed Angel
07. Operation: E.A.E.
08. Boneyard
09. Hate (And Other Triumphs)
10. Mercy (Bonus Track)
11. Judgment (Bonus Track)
12. Betrayer Of The Code (Live)
13. Phoenix Down (live) (Não presente em algumas versões)

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