A
equipe do blog Riff Virtual se encontra de férias. Retomaremos nossas
atividades no dia 20 de Janeiro. Enquanto essa data não chega, trazemos para
vocês alguns de nossos melhores posts. Recordar é viver. Confira!
Por Rafael Menegueti
Controversa e misteriosa, o Ghost é mais uma daquelas bandas que provocam “debates” entre os admiradores do rock e metal ao redor do mundo. Muitos não cansam de bradar por ai o quanto detestam o som desse sexteto sueco cujos integrantes tem suas identidades mantidas em segredo. Outros defendem a banda que, quando foi elogiada por nomes como Dave Grohl, ganhou status de cult. Fato que só aumentou a bronca daqueles que os odeiam.
Eu particularmente acho que esse pessoal reclama demais. O som do Ghost não é algo inovador e revolucionário, mas também está longe de ser o lixo que seus haters teimam em apontar. Quem ouve logo identifica a forte influencia de Black Sabbath, assim como de rock psicodélico e varias vertentes de rock clássico, principalmente dos anos 70. Pra ser sincero, nem sei se dá pra chamar o Ghost de metal. O visual e temática ocultista/satanista que a banda ostenta falam mais nesse sentido que a música. Mas isso pra mim faz mais parte do contexto artístico, da mística por trás deles. Puro marketing, e bem feito, diga-se de passagem.
Nos dois primeiros discos da banda podíamos conferir algumas faixas bem interessantes, e que ajudaram a impulsionar a popularidade deles. A banda lança agora “Meliora”, seu terceiro disco, novamente fazendo uso de seus velhos costumes. "Outro" vocalista comanda os atos (só o personagem muda, o cantor é o mesmo, caso não saiba). Papa Emeritus III tem um timbre que me agrada, e nesse álbum ele ousa um pouco mais na personalidade de sua voz.
Papa Emeritus III e os Nameless Ghouls |
“Meliora” agrada em muitos quesitos. É um disco direto, simples e rápido. As composições mostram climas e direções variadas. O primeiro single “Cirice” já havia me impressionado muito quando ouvi. Considero uma das canções mais fortes de toda o repertorio da banda, daquelas que dá vontade de voltar e ouvir de novo. A faixa “Spirit”, que abre o disco, é bem marcada pelo estilo da banda, mas aparenta ter mais cor e vida. O álbum inteiro segue nesse clima.
Varias faixas são marcantes por um ou outro elemento que se destacam nelas. A levada de “From the Pinnacle To The Pit”, a delicadeza de “He Is”, o peso de “Mummy Dust”, o ritmo envolvente de “Majesty”, o peso na medida certa de “Absolution”, e o encerramento com a melodia simples e agradável de “Deus In Absentia”, formam o conjunto de virtudes desse bom álbum do Ghost. A banda pode não ser genial, mas tem competência suficiente pra ser um nome interessante no rock mundial, que precisa mais do que nunca de boas direções. Se o pessoal que insiste em reclamar não enxergar isso, o problema que seja só deles
Nota: 8/10
Status: Bem elaborado
Faixas:
01. Spirit
02. From The Pinnacle To The Pit
03. Cirice
04. Spöksonat
05. He Is
06. Mummy Dust
07. Majesty
08. Devil Church
09. Absolution
10. Deus In Absentia
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