Por Davi Pascale
Imagens: Divulgação
Reinaldo Canato (Uol) - Foto Show
Brian May e Roger Taylor retornam
ao Brasil para mais uma série de apresentações. Ao lado do vice-campeão do reality American Idol, músicos relembraram hits
de diversos períodos de sua trajetória. Com show respeitoso, emocionaram os
fãs. Os ingressos estavam esgotados!
.
Quem compareceu ao Ginásio do Ibirapuera nessa
quarta-feira se deleitou com uma super apresentação dos músicos do Queen. Esse
tipo de show sempre provocará polêmicas. Concordo com quem diz que Queen sem
Freddie Mercury não é Queen. O rapaz, além de ser a voz da banda, tinha um
carisma inacreditável e era uma das almas criativas dentro do grupo.
Entretanto, acho que os músicos acertam ao colocarem os vocalistas convidados
(primeiro, Paul Rodgers e agora, Adam Lambert) como uma atração à parte. Eles
não estão lá substituindo Freddie, estão lá ajudando a manter o legado
de Freddie vivo.
Outro acerto é não pegarem
vocalistas clones. Paul Rodgers, por exemplo, já era dono de uma carreira
respeitável antes de se juntar aos rapazes. O rapaz já tinha sido vocalista
principal de grupos icônicos como Free e Bad Company. Grupos que são
conhecimento obrigatório para quem se diz fã de rock dos anos 60 e 70. E ao se
juntar à dupla Brian May e Roger Taylor, o rapaz manteve seu visual e seu
estilo. Adam Lambert, embora não tenha o mesmo passado de Rodgers, vai pelo
mesmo caminho, o garoto deu sua assinatura no espetáculo. E apresenta um
diferencial em relação ao cantor anterior. Ele consegue manter o ar de
teatralidade que Freddie tinha. E, mais uma vez, sem imitar o icônico cantor do
Queen. Tudo bem, ele se inspirou no
passado dos rapazes, mas definitivamente ele não o copiou.
A apresentação começou dentro do
horário previsto: 22h! Logo de cara, os músicos emendaram 3 hits do Queen: “One
Vision”, “Stone Cold Crazy” e “Another One Bites The Dust”. Inicialmente, o som
estava mal equalizado, mas depois melhorou. O único senão é que o volume do
baixo estava baixíssimo durante todo o espetáculo e isso prejudicou o impacto
de canções como “Another One Bites The Dust” e “Under Pressure”. Canções onde o
instrumento é super presente.
Cantor passou pela prova de fogo |
Desde o início do espetáculo,
ficou nítido que a escolha por Lambert foi acertada. O garoto tem uma ótima
presença de palco (sim, Freddie era melhor, mas o garoto é realmente acima da
média) e é dono de um ótimo alcance. Sejamos sensatos, não é tarefa fácil cantar
Queen. E já vi muita gente com mais tempo de estrada que o garoto passar
vergonha tentando interpretar uma canção dos rapazes. Na primeira parte da
apresentação, se destacou em “Killer Queen”, “I Want to Break Free” e “Somebody
to Love”.
A segunda parte do show é onde os
músicos Brian May e Roger Taylor tomam a frente do espetáculo. “Love of My Life”
foi cantada por May e contou com a participação de todo o ginásio durante toda
a canção. Antes da música, o guitarrista fez questão de comentar a importância
da faixa no país e até arriscou algumas frases em português com o público. Foi
o primeiro momento onde Freddie apareceu dando uma palhinha no telão. Na sequência,
tivemos “39” interpretadas no pequeno palco montado no meio do público e “These
Are The Days of Our Lives” com Roger Taylor cantando.
Brian May demonstrou que não foi
afetado pela idade. Continua com a mesma técnica, a mesma segurança, a mesma
disposição e a mesma afinação. A única mudança é seus cabelos cada vez mais
brancos. Roger Taylor, embora não tenha mais o mesmo fôlego do passado, segurou
bem a sua função e ajudou a manter o nível do show lá em cima. Ao lado dos
músicos, estavam no palco um baixista contratado, um tecladista contratado (não,
Lambert não toca piano e violão como Freddie fazia) e o filho de Roger Taylor
na percussão e bateria. Sim, o garoto realizou um duelo de baterista junto à
seu pai e interpretou “Tie Your Mother Down” junto com o conjunto.
A fase final veio com mais hits. “I Want It All”, “Radio Gaga”, “Crazy Little Thing Called Love”, “The Show Must Go On” e “Bohemian Rhapsody” fizeram a alegria dos presentes.Nessa última, Freddie voltou a aparecer no telão cantando um trecho da música. O bis ficou por conta da clássica dobradinha de “We Will Rock You” e “We Are The Champions”, onde o garoto interpretou com a famosa coroa na cabeça. Após 2h 20 minutos, os fãs saíram felizes e emocionados. Ficou comprovado que a música que construíram ao lado de Freddie Mercury é eterna e que essa reunião nada mais é do que uma grande celebração. Se repetirem essa noite o que fizeram em São Paulo, a primeira noite da nova edição do Rock in Rio será histórica. Quem tiver oportunidade, assista. Nem que seja pelo televisor.
A fase final veio com mais hits. “I Want It All”, “Radio Gaga”, “Crazy Little Thing Called Love”, “The Show Must Go On” e “Bohemian Rhapsody” fizeram a alegria dos presentes.Nessa última, Freddie voltou a aparecer no telão cantando um trecho da música. O bis ficou por conta da clássica dobradinha de “We Will Rock You” e “We Are The Champions”, onde o garoto interpretou com a famosa coroa na cabeça. Após 2h 20 minutos, os fãs saíram felizes e emocionados. Ficou comprovado que a música que construíram ao lado de Freddie Mercury é eterna e que essa reunião nada mais é do que uma grande celebração. Se repetirem essa noite o que fizeram em São Paulo, a primeira noite da nova edição do Rock in Rio será histórica. Quem tiver oportunidade, assista. Nem que seja pelo televisor.
Assisti ao show de Porto Alegre! Adam realmente surpreendeu, e, embora esteja a quilômetros de distância de Mercury, ficou na mesma distância de "fazer feio" perante ao público! Muito bom mesmo!
ResponderExcluirBrian e Roger são lendas vivas da música, e provaram isso mais uma vez, além de toda a parte cênica do espetáculo ser estupefaciente.
Excelente show, um dos melhores a que já compareci na vida! E parabéns pela resenha!
Obrigado, Micael. Também gostei muito do show de SP. Achei que o garoto segurou muito bem a bomba. Tarefa dificílima!
Excluir