terça-feira, 4 de agosto de 2015

Pvris - White Noise (2014)

Por Rafael Menegueti

Pvris - White Noise
Uma das grandes novidades do rock americano, o Pvris (pronuncia-se Paris) lançou seu primeiro disco em novembro do ano passado. O grupo vem chamando atenção e conquistando espaço desde 2013, quando começaram a participar da Warped Tour, nos EUA. Nessa semana a banda foi confirmada como abertura do Bring Me The Horizon, em turnê que ocorrerá em outubro na América do Norte.

O som do grupo é uma mistura de post-hardcore, na linha de nomes como Paramore, Flyleaf e Tonight Alive, e rock alternativo, com elementos de eletrônica e pop, que deixam a fórmula da banda bem moderna e atual. Outras influências de sua música, citadas pela própria vocalista e guitarrista Lynn Gunnelfsen, estão no hip-pop e em nomes como Ellie Goulding. Só com isso já é possível imaginar a variedade de estilos que a banda investe no seu debut.

O disco é curtinho, a maioria das músicas possuem melodias pop carregadas pela bateria e formam um synth-rock bem radiofônico. A música que abre o disco, “Smoke”, é envolvente e introduz bem o ouvinte ao som da banda. O single “St. Patrick” tem uma levada animada e sonoridade bem pop, enquanto “My House”, outro single que vem em seguida, soa mais angustiada e tem mais pegada nas guitarras. “Holy” é focada nos sintetizadores e tem ritmo cativante e uma letra excelente. A faixa título, “White Noise”, é talvez a com maior apelo pop do disco, soando um pouco mais comum, mas ainda consistente. Em “Fire”, a banda volta a usar um pouco mais de sua pegada post-hardcore. Já “Eyelids” é bem alternativa e industrial.

O trio Pvris é natural de Lovell, Massachusetts
Se aproximando do fim do disco, a banda apresenta uma de suas melhores canções com “Mirrors”, uma boa mistura de elementos eletrônicos, com a bateria ditando o andamento da faixa. Mas talvez a melhor canção do disco seja mesmo “Ghosts”, com bom uso das guitarras e levada roqueira que garantem uma faixa bem enérgica. O disco se encerra com “Let Them In”, e você nem percebe, de tão fluente que é a audição desse trabalho. Essa faixa que encerra o álbum é outra bem agitada, talvez a mais próxima do inicio mais agressivo que a banda mostra em seu primeiro EP ("Paris", de 2013), onde a banda ainda não fazia uso dessa sonoridade mais abrangente, preferindo um post-hardcore mais cru e direto.

Me agradou muito a sonoridade e estilo das composições da banda. A evolução que eles apresentaram nesse álbum de estréia, com relação ao seu primeiro EP, pra mim é um grande ponto a favor deles. O resultado é um trabalho despretensioso e simples, porém moderno e sincero. O trio é composto por músicos competentes (vale informar que a banda usa baterista contratado nas turnês) e com criatividade suficiente pra serem apontados como uma das boas promessas do rock atual. Se mantiverem a pegada, tem tudo pra vingar ainda mais.


Nota: 8,5/10
Status: Atual e agradável

Faixas:
1. Smoke
2. St. Patrick
3. My House
4. Holy
5. White Noise
6. Fire
7. Eyelids
8. Mirrors
9. Ghosts
10. Let Them In

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