sábado, 8 de agosto de 2015

Música Comentada: Smashing Pumpkins - 1979

Por Rafael Menegueti

O Smashing Pumpkins na época de "Mellon Collie"
Em meio as grandes canções que o rock alternativo eternizou nos idos dos anos 90, algumas seguem inesquecíveis como clássicos definitivos daquela época. O Smashing Pumpkins foi um dos principais nomes naquela década, e seu álbum “Mellon Collie and the Infinite Sadness” trouxe alguns dos melhores hits da banda, como “Tonight Tonight”, “Bullet With Butterfly Wings” e “Zero”. Mas, na minha opinião, a faixa mais marcante desse trabalho é mesmo “1979”.

A faixa quase ficou de fora do disco, tendo sido a última a ser escrita e com o produtor Flood quase descartando a versão inicial apresentada. Corgan reescreveu a canção às pressas e reapresentou ao produtor, que decidiu incluí-la no álbum. A melodia, que consiste em um loop de um sample da voz de Corgan com uma batida na bateria como base, é a principal marca da faixa, que fala sobre a transição da adolescência para a fase adulta com uma ótica bem própria da geração Y.

Outra coisa que tornou a canção marcante foi o seu videoclipe. A historinha dos jovens cometendo pequenos delitos e aproveitando a juventude fez do vídeo um dos favoritos dos fãs. Uma curiosidade sobre ele é que uma parte dele precisou ser refeita pois um membro da produção acidentalmente deixou a fita no teto do carro antes de sair dirigindo, perdendo ela na estrada. O membro da equipe responsável pela trapalhada precisou ficar segurando uma placa que dizia “fitas perdidas, recompensamos por elas”, no centro da cidade (sem sucesso). Essa situação foi parodiada no videoclipe de “Perfect”, que também serve como uma continuação para os personagens apresentados em “1979”.


Shakedown 1979, cool kids never have the time
On a live wire right up off the street
You and I should meet

Junebug skipping like a stone
With the headlights pointed at the dawn
We were sure we'd never see an end to it all

And I don't even care to shake these zipper blues
And we don't know just where our bones will rest to dust, I guess
Forgotten and absorbed into the earth below

Double cross the vacant and the bored
They're not sure just what we have in the store
Morphine city slippin' dues, down to see that...

We don't even care, as restless as we are
We feel the pull in the land of a thousand guilts
And poured cement, lamented and assured
To the lights and towns below
Faster than the speed of sound
Faster than we thought we'd go
Beneath the sound of hope

Justine never knew the rules
Hung down with the freaks and the ghouls
No apologies ever need be made
I know you better than you fake it, to see that...

The street heats the urgency of now
As you see there's no one around

Um balanço de 1979, a garotada sempre na correria
Gastando energia pela vizinhança
Você e eu esbarramos por aí

As aleluias saltam como bolinhas de gude
Com os faróis apontados pra alvorada
Tinhamos certeza que tudo aquilo nunca acabaria

E eu nem me importo com a melancolia das mudanças
E a gente nem sabe onde os nossos ossos virarão pó, eu suponho
Esquecidos e absorvidos pela terra aos nossos pés

Sacanear os ociosos e os entediados
Eles nem imaginam o que temos pra eles
A cidade da morfina cobra suas taxas, até perceber que...

A gente nem se importa, inquietos como somos
Sentimos a influência da terra das mil culpas
E do cimento derramado, lamentado e garantido
Para as luzes e cidades lá embaixo
Mais rápido que a velocidade do som
Mais rápido do que a gente jamais imaginou
Cobertos pelo som da esperança

Justine nunca conheceu regras
Se juntou aos loucos e doentes
Nenhuma desculpa precisa ser dada
Eu te conheço melhor do que você finge, pra ver que...

A rua ferve com a urgência do momento
Como você vê, não há mais ninguém por perto

Nenhum comentário:

Postar um comentário