Por Davi Pascale
O Lynch Mob acaba de lançar mais
um trabalho pelo selo Frontiers.
Depois de idas e vindas, parece que o grupo veio para ficar. Rebel deve agradar os fãs da banda
mantendo a sonoridade hard costumeira, agora, com uma dose extra de peso.
Desde que retornaram à ativa com
o EP Sound Mountain Sessions (2012), o
quarteto vem mantendo uma regularidade nos lançamentos de uma forma que nunca havia ocorrido em sua carreira. Infelizmente, a troca de lineups
continua. Se bem que os músicos envolvidos nesse novo álbum devem agradar aos
fãs. Brian Tichy substitui Scott Coogan.
Em seu currículo, estão trabalhos ao lado de Derek Sherinian, Billy Idol, Gilby
Clarke, além de ter sido parto do Pride & Glory (trio capitaneado por Zakk
Wylde). Para as 4 cordas, no lugar de Kevin Baltes, temos Jeff Pilson, músico que
acompanhava George Lynch no Dokken. Oni Logan continua comandando os vocais.
As características principais do
som deles continuam intactas. Oni Logan continua cantando para cima, linhas
extremamente melódicas. George Lynch continua com seus solos técnicos. Aquela
pegada mais funkeada, meio blueseira, também dá as caras por aqui. Entretanto,
o grupo está com uma sonoridade um pouco mais pesada, um pouco mais suja.
Graças à mixagem moderna de Chris “The Wizard” Collier.
Faixas como “Between The Truth And Lie”, “Jelly
Roll” e “War” apostam em sua sonoridade clássica e poderiam estar no setlist de
seus dois primeiros álbuns (ainda os favoritos dos fãs). “Pine Tree Avenue” traz
um hard rock mais funkeado. Uma mistura entre Extreme e Badlands. “Kingdom of
Slaves” traz uma influencia de heavy metal nos arranjos. A frase de guitarra
nos versos e a bateria arrastada nos remetem ao velho Sabbath. A balada “The
Ledge” traz uma forte influência de 70´s.
George Lynch e Oni Logan seguem em frente com Lynch Mob |
De um modo geral, o que temos são
os rapazes dando uma atualizada na sua velha sonoridade. Algo que fica
perceptível em faixas como “Automatic Fix” e “Testify”. Embora o timbre das
guitarras esteja um pouco mais sujo do que o de costume, não demora para que
nos lembremos dos tempos de “Hell Child” e “Jungle of Love”. A exceção é “Sanctuary”
que está mais para Dokken nos tempos de Shadowlife
do que para Lynch Mob. Mesmo assim, a faixa é ótima.
Existem muitos grupos que quando
retornam à ativa, não conseguem manter o brilho de outrora. Essa máxima,
certamente não vale para o Lynch Mob. Ainda que Wicked Sensation ainda seja meu álbum favorito do grupo
californiano, não dá para reclamar da qualidade de seus ótimos discos. Mais uma
vez, os músicos nos brindam com um álbum cativante e empolgante. Discaço!
Nota: 8,0/10
Status: Empolgante
Faixas:
01) Automatic
Fix
02)
Between
The Truth And a Lie
03)
Testify
04)
Sanctuary
05)
Pine
Tree avenue
06)
Jelly
Roll
07)
Dirty
Money
08)
The
Hollow Queen
09)
The
Ledge
10)
Kingdom
of Slaves
11) War
11) War
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