Por Davi Pascale
Michael Sweet e George Lynch,
dois dos melhores músicos da década de 80, se unem para a criação de um disco.
O resultado não poderia ser diferente. Um dos melhores álbuns que ouvi
recentemente. Sem brincadeira!
Quem acompanha nosso blog há um
tempo, já ouviu falar desses dois rapazes. Já escrevi sobre outros trabalhos
deles por aqui. George Lynch ganhou fama ao lado do Dokken e também esteve à
frente de um (ótimo) grupo chamado Lynch Mob. Michael Sweet é a voz do
Stryper, um dos maiores nomes do rock cristão. E uma das maiores vozes daquela
geração, sem exageros! Quem duvidar, escute o álbum Against The Law (Stryper) e repare no estrago que o garoto faz.
Há alguns artistas que quando
resolvem fazer esse tipo de projeto, saem gravando tudo sozinhos. Esse
não é o caso por aqui. A bateria e o baixo ficaram por conta de Brian Tichy e
James Lomenzo, respectivamente. Ou seja, a cozinha do Pride & Glory
(projeto que o guitarrista Zakky Wylde teve nos anos 90). Acho que não preciso
perder meu tempo dizendo o quão bem tocado e cantado é o disco. Com músicos
desse nível, é chover no molhado. O que surpreende aqui é a
qualidade das composições. Não que a carreira dos músicos seja ruim. Longe
disso. Ambos, possuem trabalhos extremamente memoráveis, mas fazia tempo que
não lançavam um disco tão forte quanto este.
Em alguns momentos, o disco nos
remete aos seus antigos projetos. “The Wish”, que abre o álbum, irá agradar aos
fãs do vocalista. Essa música poderia ter sido gravada pelo Stryper facilmente.
Tanto linha de voz quanto a levada de bateria é a cara dos rapazes. Assim, como
a canção “Time Will Tell” e a pesada “Recover”, onde Sweet explora seus famosos
agudos no refrão. “Dying Rose” e “Rescue Me”, por outro lado, trazem aquele
hard rock com clara influência de blues, que se tornou marca do Lynch Mob. Se
me dissessem que “Dying Rose” era uma sobra dos primeiros álbuns do grupo,
acreditaria.
George Lynch e Michael Sweet unem as forças e lançam trabalho inspirado |
“Me Without You” é aquela balada
meio down, um sentimento parecido com o de “Alone Again” (Dokken). Mas não se
preocupe. O álbum é, na maior parte do tempo, pesado e bem pra cima. Outra que
nos lembra o grupo que Mr. Scary fez parte nos anos 80 é a faixa-título. Marcada
por aquele riff de guitarra cadenciado, acompanhado de uma levada de bateria
com bumbo-duplo no melhor estilo Van Halen. Uma construção parecida à de “Erase
The Slate”. Já “September”, que retrata
os ataques de 2001, começa com um lick de guitarra claramente influenciado por “Wasted
Years” (Iron Maiden), antes de se tornar em um hard mid-tempo. “Divine” e “Hero-Zero”
também estão entre os grandes destaques do disco.
Com uma mixagem moderna, os
músicos não estão tentando reviver o passado, mas em diversos momentos, como já
puderam perceber pela resenha, nos remetem aos seus tempos de glória. Quem é fã
dos caras, pode ir sem medo. Quem nunca ouviu falar, aproveite a internet para
conhecê-los. Dá para ouvir o disco no Spotify na faixa.
Nota: 9,0/10,0
Status: Inspirado
Faixas:
01) The
Wish
02) Dying
Rose
03) Love
Stays
04) Time
Will Tell
05) Rescue
Me
06) Me
Without You
07) Recover
08) Divine
09) September
10) Strength
In Numbers
11) Hero-Zero
12) Only
To Rise
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