terça-feira, 7 de julho de 2015

Os grandes lançamentos de 1995

Por Rafael Menegueti

Uma matéria do site Alternative Nation, publicada ontem, me chamou a atenção para algo interessante. Tratava do ano de 1995 e de como algumas bandas e artistas tornaram ele um dos mais marcantes na historia da música. Foram inúmeros hits memoráveis e discos importantes lançados em 1995, em vários estilos musicais. E tudo isso completa 20 anos em 2015. Por isso irei agora relembrar alguns dos principais lançamentos de grandes bandas que chegam à casa de duas décadas de lançamento esse ano, bem sucedidos ou em alguns casos nem tanto assim.

Foo Fighters – Foo Fighters: O disco de estreia da banda de Dave Grohl, que viria a se tornar uma das maiores do rock atual, completou 20 anos nesse último dia 4. À época, Dave trabalhou sozinho no disco. Foi a forma que ele escolheu pra seguir em frente após a morte de Kurt Cobain e o fim do Nirvana. Seu maior medo era ficar marcado como a “banda do ex-baterista do Nirvana”, mas o sucesso de seu disco de estreia espantou esse rótulo. E saber que todo esse trabalho, enérgico e inspirado, surgiu apenas de Dave Grohl torna o resultado ainda mais louvável.

A capa do debut do Foo Fighters
Smashing Pumpkins – Mellon Collie and the Infinite Sadness: Depois do grande sucesso que foi “Siamese Dream” (1993), havia grande expectativa para o sucessor do álbum que elevou o Smashing Pumpkins ao status mundial. E Billy Corgan decidiu ser ousado e ambicioso ao produzir um disco duplo, com composições que punham ênfase hora em arranjos de piano ou mais acústicos, hora em peso e agressividade. “Mellon Collie and the Infinite Sadness” foi muito bem sucedido na sua intensão de ser um disco marcante e único, representando ao lado de “Siamese Dream” a fase do auge criativo do grupo.

A bela capa de Mellon Collie, do Smashing Pumpkins
Alice In Chains – Alice In Chains: um ano após a morte de Kurt Cobain, era vísivel que o grunge já não era mais o mesmo. Enquanto varias bandas iam aos poucos sumindo de cena, outros estilos começavam a entrar em evidencia e ganhar popularidade, como o nu metal, por exemplo. O Alice In Chains lançava seu disco homônimo, e começava a tomar o mesmo rumo. Mas talvez exatamente por isso esse disco tenha tomado a importância que tomou. Esse foi o último trabalho de inéditas da banda com Layne Staley. O músico já estava iniciando o seu processo de reclusão, resultado de seu intenso vício em heroína. Staley compôs a maior parte das letras do disco, apenas os singles “Grind”, “Heaven Beside You” e “Over Now” são de autoria de Jerry Cantrell, o que resultou em um trabalho muito mais depressivo e lento, sendo o disco mais sombrio já feito pela banda.

Oasis – (What’s The Story) Morning Glory: Cruzando o oceano atlântico, nas terras britânicas, o britpop ganhava cada vez mais força na sempre fervente cena musical inglesa. De Manchester, o Oasis foi um dos maiores nomes desse movimento. E com seu segundo disco a banda influenciou muita gente que viria depois. Sem falar que nele estão alguns dos maiores hits da banda, incluindo “Wonderwall”, considerado uma das maiores músicas lançadas em toda a década. Vale lembrar a rivalidade com o Blur, que tambem lançou um bom disco, “The Great Escape”, no mesmo ano, e protagonizaram assim a famosa “batalha dos hits”, ao lançarem um single de seus álbuns no mesmo dia, 14 de agosto.

Os integrantes do Silverchair em 1995
Silverchair – Frogstomp: Enquanto o rock alternativo começava a evoluir após a onda grunge, algumas bandas ainda surgiam com influências claras e evidentes no estilo, era o post-grunge. Alem de nomes como Bush, Collective Soul (ambas também lançaram discos em 1995), entre outras, um grupo australiano também se destacaria no movimento. A diferença era que se tratava de uma banda formada por garotos de apenas 15 anos. O Silverchair entrou de cabeça na cena com seu debut, “Frogstomp”, chamando atenção com uma sonoridade pesada e composições instrumentalmente impressionantes para a idade deles. As letras até eram rasas, mas não dá pra se esperar letras profundas e revolucionárias de três adolescentes sem qualquer experiência de vida. Mesmo assim, o resultado sonoro era potente e alçou a banda ao estrelato.

Red Hot Chili Peppers – One Hot Minute: Em 1995, o Red Hot Chili peppers não era mais o mesmo que havia conquistado o mundo com seu ótimo “Blood Sugar Sex Magic”. A banda californiana havia perdido pela primeira vez o guitarrista John Frusciante, e confiou em Dave Navarro, do Jane’s Addiction, o papel de gravar as guitarras de seu novo álbum. Anthony Kiedis havia retomado seu vício em drogas depois de um período sóbrio, e o disco que veio com tudo foi bem mais obscuro e melancólico. O disco não teve muito sucesso comercial, mas é inegável que a banda conseguiu um trabalho bem diferente e audacioso em relação a toda a sua discografia já lançada até então.

Red Hot Chili Peppers em estúdio
Deftones – Adrenaline: O primeiro disco do Deftones é outro importante lançamento de 1995. A banda de metal alternativo de Sacramento começava ali a sua trajetória influente dentro de um estilo novo na música pesada. O grande trunfo do grupo foi a insistência, já que de inicio o álbum não foi tão bem sucedido de cara. Mas conforme a banda ia excursionando e investindo no trabalho, ele foi ganhando popularidade e atraindo fãs que fizeram o sucesso desse trabalho acontecer.

A capa de Adrenaline
Outros lançamentos importantes de 1995:

Radiohead - The Bends: Segundo disco de uma das maiores e mais influentes bandas alternativas britânicas

Blind Melon – Soup: Segundo e último trabalho da banda com o vocalista Shannon Hoon, que morreria pouco tempo depois.

No Doubt – Tragic Kingdom: O terceiro disco da banda popularizou o ska com letras melancólicas inspiradas no fim do relacionamento de Gwen Stefani e do baixista Tony Kanal, e levou a banda ao sucesso mundial.

Ramones – Adios Amigos!: Disco de despedida de uma das maiores bandas punk da história. Só por isso já é histórico.

Mad Season – Above: Álbum do supergrupo grunge formado por Layne Staley e Mark Lanegan (Scraming Trees).

2 comentários:

  1. década de 90 foi magica , e em 95 quanto disco bom , não vivi as décadas de 60,70,80, mas posso falar com orgulho que vivi a de 90 que também foi especial

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    1. Bacana, cara. Década de 90 realmente teve muita coisa legal. Abraço

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