Por Rafael Menegueti
Uma matéria do site Alternative Nation, publicada ontem,
me chamou a atenção para algo interessante. Tratava do ano de 1995 e de como
algumas bandas e artistas tornaram ele um dos mais marcantes na historia da
música. Foram inúmeros hits memoráveis e discos importantes lançados em 1995,
em vários estilos musicais. E tudo isso completa 20 anos em 2015. Por isso irei
agora relembrar alguns dos principais lançamentos de grandes bandas que chegam à
casa de duas décadas de lançamento esse ano, bem sucedidos ou em alguns casos
nem tanto assim.
Foo Fighters – Foo Fighters: O disco de estreia da banda
de Dave Grohl, que viria a se tornar uma das maiores do rock atual, completou
20 anos nesse último dia 4. À época, Dave trabalhou sozinho no disco. Foi a
forma que ele escolheu pra seguir em frente após a morte de Kurt Cobain e o fim
do Nirvana. Seu maior medo era ficar marcado como a “banda do ex-baterista do
Nirvana”, mas o sucesso de seu disco de estreia espantou esse rótulo. E saber
que todo esse trabalho, enérgico e inspirado, surgiu apenas de Dave Grohl torna
o resultado ainda mais louvável.
A capa do debut do Foo Fighters |
Smashing Pumpkins – Mellon Collie and the Infinite
Sadness: Depois do grande sucesso que foi “Siamese Dream” (1993), havia grande
expectativa para o sucessor do álbum que elevou o Smashing Pumpkins ao status
mundial. E Billy Corgan decidiu ser ousado e ambicioso ao produzir um disco duplo,
com composições que punham ênfase hora em arranjos de piano ou mais acústicos,
hora em peso e agressividade. “Mellon Collie and the Infinite Sadness” foi
muito bem sucedido na sua intensão de ser um disco marcante e único, representando
ao lado de “Siamese Dream” a fase do auge criativo do grupo.
A bela capa de Mellon Collie, do Smashing Pumpkins |
Alice In Chains – Alice In Chains: um ano após a morte de
Kurt Cobain, era vísivel que o grunge já não era mais o mesmo. Enquanto varias
bandas iam aos poucos sumindo de cena, outros estilos começavam a entrar em
evidencia e ganhar popularidade, como o nu metal, por exemplo. O Alice In
Chains lançava seu disco homônimo, e começava a tomar o mesmo rumo. Mas talvez
exatamente por isso esse disco tenha tomado a importância que tomou. Esse foi o
último trabalho de inéditas da banda com Layne Staley. O músico já estava
iniciando o seu processo de reclusão, resultado de seu intenso vício em
heroína. Staley compôs a maior parte das letras do disco, apenas os singles “Grind”,
“Heaven Beside You” e “Over Now” são de autoria de Jerry Cantrell, o que
resultou em um trabalho muito mais depressivo e lento, sendo o disco mais
sombrio já feito pela banda.
Oasis – (What’s The Story) Morning Glory: Cruzando o
oceano atlântico, nas terras britânicas, o britpop ganhava cada vez mais força
na sempre fervente cena musical inglesa. De Manchester, o Oasis foi um dos
maiores nomes desse movimento. E com seu segundo disco a banda influenciou
muita gente que viria depois. Sem falar que nele estão alguns dos maiores hits
da banda, incluindo “Wonderwall”, considerado uma das maiores músicas lançadas
em toda a década. Vale lembrar a rivalidade com o Blur, que tambem lançou um
bom disco, “The Great Escape”, no mesmo ano, e protagonizaram assim a famosa “batalha
dos hits”, ao lançarem um single de seus álbuns no mesmo dia, 14 de agosto.
Os integrantes do Silverchair em 1995 |
Silverchair – Frogstomp: Enquanto o rock alternativo
começava a evoluir após a onda grunge, algumas bandas ainda surgiam com
influências claras e evidentes no estilo, era o post-grunge. Alem de nomes como
Bush, Collective Soul (ambas também lançaram discos em 1995), entre outras, um
grupo australiano também se destacaria no movimento. A diferença era que se tratava
de uma banda formada por garotos de apenas 15 anos. O Silverchair entrou de
cabeça na cena com seu debut, “Frogstomp”, chamando atenção com uma sonoridade
pesada e composições instrumentalmente impressionantes para a idade deles. As
letras até eram rasas, mas não dá pra se esperar letras profundas e revolucionárias
de três adolescentes sem qualquer experiência de vida. Mesmo assim, o resultado
sonoro era potente e alçou a banda ao estrelato.
Red Hot Chili Peppers – One Hot Minute: Em 1995, o Red
Hot Chili peppers não era mais o mesmo que havia conquistado o mundo com seu
ótimo “Blood Sugar Sex Magic”. A banda californiana havia perdido pela primeira
vez o guitarrista John Frusciante, e confiou em Dave Navarro, do Jane’s
Addiction, o papel de gravar as guitarras de seu novo álbum. Anthony Kiedis havia
retomado seu vício em drogas depois de um período sóbrio, e o disco que veio
com tudo foi bem mais obscuro e melancólico. O disco não teve muito sucesso
comercial, mas é inegável que a banda conseguiu um trabalho bem diferente e
audacioso em relação a toda a sua discografia já lançada até então.
Red Hot Chili Peppers em estúdio |
Deftones – Adrenaline: O primeiro disco do Deftones é
outro importante lançamento de 1995. A banda de metal alternativo de Sacramento
começava ali a sua trajetória influente dentro de um estilo novo na música
pesada. O grande trunfo do grupo foi a insistência, já que de inicio o álbum
não foi tão bem sucedido de cara. Mas conforme a banda ia excursionando e
investindo no trabalho, ele foi ganhando popularidade e atraindo fãs que
fizeram o sucesso desse trabalho acontecer.
A capa de Adrenaline |
Outros lançamentos importantes de 1995:
Radiohead - The Bends: Segundo disco de uma das maiores
e mais influentes bandas alternativas britânicas
Blind Melon – Soup: Segundo e último trabalho da banda
com o vocalista Shannon Hoon, que morreria pouco tempo depois.
No Doubt – Tragic Kingdom: O terceiro disco da banda
popularizou o ska com letras melancólicas inspiradas no fim do relacionamento de
Gwen Stefani e do baixista Tony Kanal, e levou a banda ao sucesso mundial.
Ramones – Adios Amigos!: Disco de despedida de uma das maiores
bandas punk da história. Só por isso já é histórico.
década de 90 foi magica , e em 95 quanto disco bom , não vivi as décadas de 60,70,80, mas posso falar com orgulho que vivi a de 90 que também foi especial
ResponderExcluirBacana, cara. Década de 90 realmente teve muita coisa legal. Abraço
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