Por
Rafael Menegueti
Cradle of Filth - Hammer of the Witches |
Dani Filth também parece bem confortável em suas
composições. O músico já está mais do que habituado ao estilo que ele dissemina
com o CoF. A longa estrada e discografia da banda formam uma colcha de retalhos
de varias influências dentro do metal extremo sobre a qual a banda passeia.
Thrash metal, metal gótico, black metal, death melódico e muita velocidade
fazem parte do contexto criado pela banda ao longo dos anos, e do qual eles
abusam em “Hammer of the Witches”.
Já tem um tempo que a banda faz parte daquele time do “ame
ou odeie” do metal. Mas parece que Dani Filth não se importa nem um pouco com
isso, visto que nesse novo trabalho ele segue firme com sua intensão de fazer
metal extremo sem se prender aos rumos que os outros acham que a banda deve
seguir. Furioso e ácido, o disco é uma apanhado de riffs estridentes,
carregados por linhas de bateria diretas e uma atmosfera criada pelos teclados e,
eventualmente, a voz de Lindsay Lovecraft que tornam as harmonias das canções
algo menos cansativo do que seria se fosse porrada o tempo todo.
A banda está com a formação reformulada nesse novo trabalho |
Uma linha que começa a ser traçada por “Yours
Immortally...”, faixa que já abre com a veloz agressividade dos riffs criados
pela banda e o tradicional grito agudo estridente de Dani Filth, mais uma vez
usado à exaustão aqui. A banda faz bom uso de passagens que por hora focam em
riffs extremamente velozes e pesados, com trechos mais harmônicos com uso mais
elaborado de escalas e orquestração. O clima sombrio característico de algumas
das melhores criações do grupo também se faz presente, em faixas como “Enshrined
In Crematoria”, “Blackest Magick In Practice” e “Hammer of the Witches”, uma
das melhores do álbum, por exemplo. Outras faixas bem destacadas no disco são o
single “Right Wing of the Garden Triptych”, que apresenta algumas passagens bem
interessantes, e a insana “Onward Christian Soldiers”.
Os solos de guitarra são diretos e sem muito rodeio,
provando que a ênfase esta mesmo nas levadas rápidas e potentes, que tornam a
audição do disco muito atrativa quem curte o peso sem muito exibicionismo técnico
o tempo todo. O disco se encerra com uma faixa instrumental orquestrada, “Blooding
the Hounds of Hell”, muito carregada pelo som do órgão e coral, que soa como um
alívio auditivo depois dos mais de 50 minutos quase ininterruptos de caos e
brutalidade que compõem o disco. Cradle of Filth é isso, ame você ou odeie.
Nota: 9/10
Status: Brutal e furioso
Faixas:
01. Walpurgis Eve
02. Yours Immortally…
03. Enshrined In Crematoria
04. Deflowering The Maidenhead, Displeasuring The Goddess
05. Blackest Magick In Practice
06. The Monstrous Sabbat (Summoning The Coven)
07. Hammer Of The Witches
08. Right Wing Of The Garden Triptych
09. The Vampyre At My Side
10. Onward Christian Soldiers
11. Blooding The Hounds Of Hell
12. King Of The Woods (Bonus Digipak)
13. Misericord (Bonus Digipak)
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