Por Davi
Pascale
The Darkness chega ao seu quarto
disco em ótima forma. Last Of Our Kind
traz todos os velhos elementos que seus fãs procuram. Contando com a
participação de Emily Dolan Davies na bateria, os músicos parecem não deixar se
abater pelos problemas internos.
Todo esse drama que o grupo vem
vivendo é típico no rock n roll. Os caras lançaram um ótimo álbum de estréia,
criaram um puta estardalhaço, lançaram um segundo disco bacana e se separaram.
Retornaram, baterista saiu, baterista entrou, baterista saiu de novo, cantor abusando de drogas e bebida. Nada
disso é novidade dentro desse universo, infelizmente! E o auê continua. A recém-chegada Emily não
está mais no grupo. Quem está nas baquetas agora é Rufus Taylor, filho
de Roger Taylor (Queen).
Musicalmente, embora tenha
algumas novas características, a sonoridade típica dos caras foi mantida. O que
temos aqui não é um grupo buscando uma nova identidade. E sim, dando um passo
adiante. Várias pessoas torcem o nariz para o grupo por conta de uma postura
mais escrachada, principalmente nos clipes. Na verdade, os caras são o que um bom grupo de rock deveria
ser. Barulhento, direto e despretensioso. E essas características continuam
intactas.
Os caras entregaram um álbum de
hard rock, no melhor sentido da expressão. “Open Fire” nos remete à The Cult. Sério mesmo! Repare no
trabalho de guitarra e tente não se lembrar de “She Sells Sanctuary” ou “Rain”.
Aliás, o trabalho de guitarra é um grande destaque do disco. “Mudslide” traz
aqueles riffs de guitarra meio funkeados que Joe Perry tanto adora, enquanto “Hammer
& Tongues” traz um riff meio blueseiro à la Stones.
Nova baterista já está fora do grupo |
A bateria continua direta, reta,
com fortes influências de AC/DC. Justin Hawkins continua explorando seus
famosos falsetes. Amados por uns, odiados por outros. “Roaring Waters” e “Mighty Wings” apostam na sonoridade rock de
arena. “Last Of Our Kind” é aquela faixa com ar de hit. Talvez sua nova “I Believe In a Thing Called
Love”? O único senão ficou com o encerramento com a balada “Conqueror”. Honestamente,
teria encerrado o álbum com uma música mais para cima, deixando os ouvintes tão
empolgados quanto nos acordes iniciais do disco. Sim, o novo single “Barbarian”
é pesado e empolgante. As influências de Queen continuam intactas, perceptíveis em diversas vocalizações.
O disco foi produzido por Dan
Hawkins, guitarrista e irmão do cantor Justin Hawkins e, o rapaz, não
decepcionou. Last Of Our Kind tem de
tudo para deixar o fã do Darkness mais do que feliz. Provavelmente, seu melhor
trabalho desde Permission to Land.
Nota: 9,0 /
10,0
Status:
Inspirado
Faixas:
01) Barbarian
02) Open Fire
03) Last Of Our Kind
04) Roaring Waters
05) Wheels Of The Machine
06) Mighty Wings
07) Mudslide
08) Sarah o Sarah
09) Hammer & Tongs
10) Conquerors
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