Por Davi
Pascale
Scott Weiland está de volta! Em
seu primeiro trabalho após sua saída do Stone Temple Pilots, o rapaz entrega um
álbum de rock sólido buscando novas referências. Com uma boa banda de apoio e
sonoridade variada, cantor agrada em nova empreitada.
Encrenca parece ser seu nome do
meio. Embora Blaster esteja bem
legal, o trabalho mal saiu e o rapaz se vê em uma posição super delicada. Seu
guitarrista, Jeremy Brown, foi encontrado morto no dia 30 de Março. Um dia
antes do lançamento do disco. “Ficamos preocupados quando à tarde Jeremy não
apareceu para o ensaio de um show que faríamos à noite. Uma hora depois, a
família de Jeremy nos informou que havia falecido. Estou em choque!”, declarou
o cantor em post oficial na ocasião. A causa da morte não foi revelada e abala
o grupo, já que o rapaz ajudou bastante na criação do novo material.
As performances de Weiland são
sempre uma incógnita. Sendo um cantor extremamente carismático, tanto pode
estar em forma e entregar uma performance espetacular e enérgica quanto subir
ao palco totalmente maluco, fora de si, por conta de seus vícios. No estúdio,
entretanto, a história é outra. Dono de uma boa voz, sempre entregou trabalhos
bem resolvidos. E aqui não é diferente. Se você está com medo de ouvir o novo
disco por conta daquela apresentação do Texas que caiu no Youtube, pode ir sem
medo. O trabalho vocal de Scott está excelente.
Cantor dá a volta por cima em novo álbum |
Mas não espere nada na linha de Core ou do Purple. Weiland não fez um álbum nostálgico. Há poucos momentos do
novo trabalho que nos remetem à sonoridade grunge que invadiu as rádios no
início dos anos 90. “Bleed Out” é uma que nos remete ao som do tal movimento de
Seattle. Mas conta com uma cara mais Nirvana do que STP. “Way She Moves” nos
remete um pouco ao grupo que o tornou famoso, mais precisamente à fase de Tiny Music... Songs From The Vatican Gift Shop.
Blaster é um álbum variado. “Parachute” e “Modzilla” contam com uma
pegada meia hard rock, enquanto “Circles” é uma balada country. O clássico “20th
Century Boy” do T-Rex traz um ar de festa e descontração. “Blue Eyes” e “Hotel
Rio” parecem terem sido criadas na medida certa para tocarem nas rádios, enquanto
“White Lightning” traz aquela sonoridade suja, arrastada, mas ainda com um “q”
de blues, com um espírito meio Jack White. “Beach Pop”, é uma canção power-pop e
me remeteu ao Blondie em alguns trechos.
Com uma sonoridade meio garage
rock, meio 70´s, Scott Weiland se utiliza de alguns velhos elementos de
projetos anteriores para buscar a identidade de seu novo grupo. Se por um lado
não chega aos pés de seus primeiros álbuns do Stone Temple Pilots ou à estréia
do Velvet Revolver, por outro traz um material bem superior aos seus discos
solos e aos trabalhos mais recentes do grupo que tinha ao lado dos irmãos De
Leo. Pode ir sem medo!
Nota: 8,0/10.0
Status: Sólido
Faixas:
01) Modzilla
02) Way
She Moves
03) Hotel
Rio
04) Amethyst
05) White
Lightning
06) Blue
Eyes
07) Bleed
Out
08) Youth
Quake
09) Beach
Pop
10) Parachute
11) 20th
Century Boy
12) Circles
12) Circles
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