Por Davi Pascale
Fotos: Twitter Richie Kotzen
Extreme Facebook Page
Extreme retorna ao país depois de
mais de 20 anos sem dar as caras por aqui. Quem compareceu ao HSBC ontem, teve
a oportunidade de presenciar uma noite especial. Com uma apresentação de 2
horas e meia de duração, os músicos esbanjaram simpatia e fizeram uma
apresentação enérgica e nostálgica.
O evento iniciou às 20:30h com o
guitarrista norte-americano Richie Kotzen. Dono de uma longa trajetória, o
rapaz já é figurinha carimbada em nosso país. Assim como o guitarrista da banda
principal, o músico se destacou cedo. Embora nunca tenha tido um enorme
destaque na grande mídia (o mais perto que chegou disso foi quando substituiu
C.C. DeVille no Poison quando o grupo ainda contava com um grande prestígio), o
rapaz é bem conhecido entre os fãs de música, especialmente dos virtuoses.
Fez sua apresentação típica.
Acompanhado apenas de um baixista e de um baterista, Kotzen roubou a cena com
um show repleto de feeling e técnica. Com o setlist focado em sua (ótima)
carreira solo, demonstrou, mais uma vez, que além de ser um grande guitarrista
e ótimo performer, é também um ótimo cantor. Seu show durou pouco – apenas 1
hora – mas chamou a atenção daqueles que já haviam chegado ao local. O músico
saiu bastante aplaudido do palco. No set, não faltaram canções como “Go Faster”,
“Remember” e “Doin´ What The Devil Says To Do”.
Richie Kotzen foi bem recebido pela platéia |
Com apenas 10 minutos de atraso,
o grupo de Boston subiu ao palco com a música que abre seu mais famoso álbum, Pornograffitti, “Decadence Dance”. O
Extreme esteve em nosso país em 1992, no extinto Hollywood Rock, justamente no final da tour desse álbum. Hoje, os
músicos vivem uma realidade bem diferente. Na época, estavam no auge do sucesso
com músicas nas rádios, clipes na MTV e capas de revistas. Mesmo não desfrutando
mais de toda a atenção da mídia que tiveram em outras épocas, os rapazes
tocaram para casa cheia.
Comemorando 25 anos do álbum em
questão, a primeira parte da apresentação foi voltada ao disco. Já tem um tempo
que alguns músicos têm optado por executar um disco na integra no palco. E foi
exatamente isso que eles fizeram. Os músicos tocaram todas as canções do LP, na
ordem original. Músicas como “Get The Funk Out”, “Pornograffitti” e “Li´l Jack
Horny” animaram os presentes. Os hits “More Than Words” e “Hole Hearted” foram
cantadas uníssono pela platéia.
Os músicos demonstraram estar em
plena forma. Nuno Bettencourt demonstrou o porquê de toda a babação de ovo em
cima dele. Pat Badger chama a atenção não apenas por seu baixo preciso, mas por
seus ótimos backings. Kevin Figueiredo, junto com os rapazes desde 2008, provou
ter sido a escolha correta para o grupo. Gary Cherone também fez bonito. Atualmente
com 53 anos de idade, demonstrou estar com enorme disposição correndo de um
lado pro outro e fazendo todas suas acrobacias. Embora seja questionado
enquanto vocalista, o rapaz se saiu bem na parte vocal também. Não estava
distante do que apresenta nos discos, não. Nascido em Portugal, Nuno arriscou algumas palavras em português com o público, visivelmente feliz.
Músicos compensaram a espera |
Depois de uma pequena pausa, os
rapazes retornaram para relembrar canções de seus outros álbuns. Não faltaram
clássicos como “Rest In Peace”, “Kid Ego” e “Play With Me”. A banda demonstrou
estar extremamente entrosada, driblando ,inclusive, alguns problemas técnicos.
Durante o show, os músicos elogiaram a platéia diversas vezes e se desculparam
por terem demorado tanto para retornar ao país. A
noite se encerrou ao som de “Cupid´s Dead” (III Sides To Every Story). Certamente, os músicos fizeram a esperar
valer. Os músicos seguem agora para o Rio de Janeiro e encerram sua turnê brasileira em Porto Alegre. Quem tiver a oportunidade, confira, vale a pena!
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