Durante o mês de Janeiro, o
Riff Virtual está de férias. Nesse período, estaremos reprisando algumas de
nossas melhores matérias. A partir de 1 de Fevereiro estaremos de volta com
matérias inéditas. Obrigado pelo apoio. Rock On!
Por Rafael Menegueti
O Nightwish é pagina virada na vida da sueca Anette Olzon. Após sua polêmica e confusa saída da banda, em 2012, ela finalmente lança seu primeiro álbum solo, deixando pra trás sua imagem ligada à banda finlandesa. “Shine” é totalmente diferente do que os fãs do Nightwish ouviram de Anette durante sua passagem nos vocais do grupo.
O disco mostra uma cantora bem apegada ao lado melódico, caminhando entre um som mais rock alternativo e passagens mais pop. Bem distante do metal sinfônico ao qual todo mundo se acostumou em ouvi-la. Logo na primeira faixa, “Like A Shadow Inside My Head”, é possível ver essa nova abordagem da cantora. Ela parece bem mais a vontade com esse estilo.
Anette tem uma excelente voz, e o disco está bem a sua cara. Leve, suave e bem produzido, com faixas cativantes e boas letras. “Lies”, primeiro single tirado desse trabalho, é um ótimo exemplo do novo estilo que Anette trás às suas músicas. A sonoridade meio alternativa, meio gótica me lembra bastante outra grande banda desse gênero, o The Gathering. Alias, imagino que esse estilo seja muito subestimado, pois são inúmeros os exemplos de ótimos artistas com essa proposta que não recebem a atenção que mereceriam.
Voltando a falar de “Shine”, o disco tem faixas que chamam a atenção pelos arranjos sinfônicos também, casos de “Hear Me” e “Invincible”, por exemplo. Em faixas como “Falling” e “Shine” a cantora investe em momentos um pouco mais rock n’roll, um pouco mais animados do que a melodia que atravessa quase todo o disco. E Anette mostra que a força de sua voz está mesmo em coisas mais simples do que o metal.
Anette está bem à vontade com seu novo estilo em Shine |
O folk é uma das influencias mais claras desse disco, algo facilmente observado em canções como “Moving Away” e “Floating”, que tem ritmos bem interessantes. O disco como um todo é bem coeso e radiofônico, o que creio ser um enorme acerto da cantora, que leva jeito para isso. “One Million Faces” trás ao disco o momento “balada ao piano” que ele pedia. Talvez essa seja a única faixa que lembra um pouco o que ela fazia no Nightwish, mas mesmo assim, ainda bem distante. O disco fecha com a bela “Watching Me From Afar”, uma das faixas mais fortes do disco, elevada justamente pela voz de Anette.
Os fãs do Nightwish que gostavam dela deverão se sentir satisfeitos com o resultado. E os que não gostavam deveriam ouvir também, quem sabem assim parem de bobagens e reconheçam o talento da sueca. O disco pode não ser uma grande obra prima, mas é agradável, simples e, sem dúvida, coloca a cantora em um estilo o qual parece ser bem mais a praia dela. Vale a pena conferir.
Nota: 8,5/10
Status: relaxante
Faixas:
1. Like A Show Inside My Head
2. Shine
3. Floating
4. Lies
5. Invincible
6. Hear Me
7. Falling
8. Moving Away
9. One Million Faces
10. Watching Me From Afar
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