Por Davi
Pascale
Um dos grandes nomes do new metal
lança novo álbum e demonstra que ainda tem lenha para queimar. Sem contar com a
presença de dois integrantes importantes, os caras saem de cabeça erguida de
uma das situações mais delicadas que um artista pode encontrar.
Perder um integrante é sempre
complicado para uma banda. Em um grupo, o resultado de sua sonoridade vem da
junção das influencias que cada músico traz. Quando uma pessoa sai fora, é
comum notarmos algumas diferenças e algumas pessoas dizendo que a banda não soa
a mesma. A coisa piora ainda mais quando esse integrante está entre os
preferidos de seus admiradores. Para substituí-lo você precisa encontrar alguém
que se dê bem com os demais musicos, que esteja disposto a suar a camisa
pelo grupo, que consiga reproduzir o que o outro fazia, ter um estilo que se
encaixe na sonoridade do conjunto e que seja carismático. É a tal tarefa
impossível. Imagine agora perder dois caras importantes de uma só vez. É
exatamente isso que o Slipknot está atravessando.
A primeira perda foi o baixista
Paul Gray. O rapaz morreu no dia 21 de Junho de 2010, vitima de uma overdose de
morfina e fentanil. Foram encontradas varias cápsulas no quarto onde foi
encontrado seu corpo. A notícia teve impacto não apenas para sua esposa Brenna,
que estava esperando uma criança na época, como para a banda que perdia o cara
que era uma das forças criativas dentro do grupo. No final do ano passado, mais
uma bomba. Joey Jordison estava abandonando o Slipknot. Não somente sua bateria
era um dos pilares da banda, como seus fãs, os famosos maggots, tinham o rapaz
como um dos integrantes favoritos ao lado de Corey Taylor e Shawn “Clown”
Crahan. Conseguiriam os músicos a sobreviver
à todo esse caos?
The Gray Chpater marca a estreia de dois novos integrantes |
Nas entrevistas, os músicos disseram que o novo disco seria uma mistura
de Iowa com Subliminal Verses. Seus dois discos mais bem sucedidos. Faz
sentido. Quem está atravessando uma barra pesada dessas, a melhor coisa é não
inventar modas. Pelo menos, até se estabilizarem novamente. “Sarcastrophe”, “AOV”,
“Skeptic”, “Lech”, “Nomadic”, “Custer” e “The Negative One” trazem a porradaria
costumeira. Vocal rasgado, bateria agressiva. Outras como “Goodbye”, “Killpop”
trazem uma sonoridade mais calma, porém ainda sombria. “The Devil In I” é a
famosa faixa pesada, porém comercial que sempre estiveram em seus álbuns, como
aconteceu em “Left Behind”, por exemplo. Não me assusta ter sido a
escolhida para ganhar um videoclipe. O disco, em essência, traz a agressividade
de Iowa com o lado melódico de Subliminal Verses.
Os músicos insistem em não anunciar o nome de seus novos integrantes
(honestamente, não sei para que essa frescura), mas os nomes de Jay Weiberg e
Alex Venturella já foram confirmados. E os caras se saíram bem. O baixo está bem
evidente e a bateria matadora. O baterista mescla momentos de maior
agressividade com levadas mais cadenciadas, assim como Jordison fazia. As
letras são bem influenciadas pela morte do baixista, como não poderia deixar de
ser. Depois de 6 anos sem lançar um trabalho, os mascarados do Slipknot fizeram
valer a espera. Só esperamos que não demorem mais 6 anos para lançar a
sequencia.
Status:Pesado e sombrio
Nota: 8,0 / 10,0
Faixas:
01)
XIX
02)
Sarcastrophe
03)
AOV
04)
The Devil
In I
05)
Killpop
06)
Skeptic
07)
Lech
08)
Goodbye
09)
Nomadic
10)
The One That Kills The Least
11)
Custer
12)
Be Prepared For Hell
13)
The Negative One
14)
If Rain Is What You Want
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