O ano de 2014 chega ao fim. Para nós, do Riff
Virtual, foi um ano de muitas conquistas. Esperamos que para você leitor,
também! Não poderíamos encerrar o ano sem fazer um retrospecto daquilo que mais
nos chamou a atenção. Por contar com poucos redatores (apenas 2 na verdade),
optamos por fazer um único post com as escolhas de cada um. Também elegemos
juntos 5 discos que acreditamos não terem recebido a atenção que mereciam e 5 historias um tanto
bizarras que marcaram o útltimo ano. Esperamos que vocês tenham curtido nossos
posts e que continuem nos acompanhando em 2015. Boas festas à todos!
Por Rafel Menegueti:
Por Rafel Menegueti:
O que dizer de uma das maiores bandas de thrash metal da história? O Exodus voltou fazendo jus a sua importância no metal com um disco arrasador. Blood In Blood Out conta com o retorno do vocalista Steve “Zetro” Souza e as participações especias de Kirk Hammet do Metallica e Chuck Billy do Testament.
Pesado, agressivo e com uma produção e arranjos
impecáveis, o Machine Head nos presenteou em 2014 com um disco tão bom quanto o
de sua estreia, no longínquo ano de 1994. Com faixas que demonstram a perfeita
mistura de groove e thrash metal, e Robb Flynn destruindo nos vocais, esse
disco é uma verdadeira obra prima. Que ano para o thrash metal, não?
Indo para os lados do metal sinfônico europeu, não poderíamos deixar de falar do Epica. The Quantum Enigma segue a mesma formula dos outros discos da banda, mas é impressionante como a capacidade criativa deles faz com que cada disco tenha uma sonoridade e vida própria. Com faixas bem trabalhadas, misturando estilos, arranjos sinfônicos excelentes, vocais potentes e uma tendência ao metal progressivo, o Epica conseguiu um álbum grandioso e potente. Simone Simons, Mark Jansen e companhia estão mais uma vez de parabéns.
A estréia de Alissa White-Gluz no Arch Enemy foi em grande estilo. A vocalista canadense pode até não ter conseguido conquistar 100% dos fãs da época de Angela Gossow (sempre tem as “viúvas choronas”), mas é inegável que ela conseguiu ser uma substituta a altura. War Eternal já um marco na história do grupo de death metal sueco. Até porque, não poderia se esperar outra coisa de um disco composto por uma cara como Michael Amott: faixas grandiosas e com solos de guitarra incríveis.
Essa banda entra na lista por ser
uma das que mais cresceram no cenário do metal sinfônico nos últimos anos. Com
uma sonoridade que une melodias cativantes, refrões empolgantes e o peso
necessário, conseguiram em The Human Contradiction fazer um disco acessível e
vibrante. A vocalista Charlotte Wessels é uma das vozes mais diferenciadas da
nova geração do metal com vocais femininos, e as guitarras de Timo Somers
trazem o peso e a energia para tornar o Delain uma das melhores e mais
criativas bandas da atualidade, com um som totalmente despretensioso e
inovador.
Menção
Honrosa:
Detonator e as Musas do Metal –
Metal Folclore: Podem pensar o que quiserem, mas pra mim, Bruno Sutter é um
gênio ao conseguir unir metal e humor de maneira tão inteligente e criativa.
Com o primeiro disco de Detonator após o fim do Massacration, ele conseguiu
mostrar que sua formula ainda pode render muito. Metal Folclore é divertido ao
abordar o folclore brasileiro como tema, com músicas bem feitas e com uma
criatividade que chega até o encarte do disco, feito como um álbum de
figurinhas. E parece que finalmente o povo está entendendo a proposta de Sutter
e dando ao seu trabalho o sucesso que ele merece.
Por Davi Pascale:
Além de escrever com o Rafael aqui no Riff Virtual, também colaboro com
o Consultoria do Rock. Dentro de alguns dias, o site estará publicando uma
lista minha com os dez melhores álbuns do ano. Nossa idéia, aqui no blog,
sempre foi fazer um Top 5. Para não ficar repetitivo, selecionei 5 discos que não entraram na outra lista. Confira a seguir:
Unisonic – Light of Dawn
O grupo que está prestes a se apresentar no Monsters of Rock brasileiro
fez um dos grandes álbuns do ano. Tendo à sua frente os ex-Helloween, Kai
Hansen (atual Gamma Ray) e Michael Kiske, o trabalho marca o retorno dos
músicos ao estilo que os consagrou, o power metal. Com faixas inspiradas e
trabalho vocal matador, entregam aos fãs aquilo que esperam. Vocais melódicos,
bateria veloz, música pesada e com brilho. Esperando ansiosamente por seu show.
Esse foi um bom ano para Kai Hansen. Afinal, seu grupo principal também
se destacou na cena com o lançamento de mais um ótimo álbum. A gravação ocorreu
em circunstâncias não muito alegres (afinal, o estúdio do musico sofreu um
incêndio nesse período), mas o resultado final não foi abalado. O músico mantém
suas origens, entregando um álbum claramente inspirado em Judas Priest, Iron
Maiden e Helloween (essa por motivos óbvios) em 10 faixas matadoras.
Depois de passar muitos anos tentando manter o publico conquistado com o
sucesso de seu álbum Acústico, os Titãs voltam a fazer o que sabem de melhor.
Reduzido agora à um quarteto, o grupo retorna à sua sonoridade clássica com
letras remetendo à fome, corrupção, falta de segurança e até mesmo pedofilia.
Tudo isso, utilizando-se do seu tom critico e, por vezes, debochado que marcou
o auge do conjunto. Ótimo retorno.
Muitos têm se queixado do novo disco do Foo
Fighters. Eu curti. Ao contrario de Wasting Light, que foi gravado na
garagem de Ghrol, o novo trabalho foi gravado em diferentes cidades dos Estados
Unidos. Contando com músicos convidados, a idéia era absorver o que cada cidade
tinha para oferecer. Com isso, muitos esperavam que o grupo viesse com uma
sonoridade distinta, o que não ocorreu (daí, o motivo das críticas). As
composições, por outro lado, são muito boas. Taylor Hawkins continua
arrebentando na bateria. Grohl continua sendo bom para criar refrãos. Bom
disco!
Accept – Blind Rage
Não gosto da presença de palco de Mark Tornillo, já nos álbuns não tem como se queixar. Sua voz se encaixou bem no estilo do Accept. Em Blind Rage, a essência do grupo é mantida. Bateria eficaz, guitarra com ótimos riffs, vocais gritados. Faixas como “Dark Side Of My Heart” e “Trail of Tears” nos remetem à fase clássica da banda.
Revelação Internacional: Blues Pills
Revelação Nacional: Far From Alaska
Por Riff Virtual
Você não ouviu, mas precisa conferir:
Hurtsmile – Retrogrenade: O segundo disco
da nova banda de Gary Cherone (Extreme) passou meio batido pra muita gente, o
que é uma pena. Realizado através do sistema de crowd-founding, o disco é
fantástico e tem vários momentos que remetem ao grupo que o deixou mundialmente
famoso como “Rock n Roll Cliche”, “Big Government” e “Sing a Song”. Outro
grande destaque é “Where Do We Go From Here” com forte influencia de Led
Zeppelin. Vale conferir...
Vanderberg´s Moonkings - Vandenberg´s
Moonkings: outro nome conhecido está de volta, mas esperava um auê maior.
Adrian Vanderberg (ex-guitarrista do Whitesnake) voltou com banda nova e um
trabalho absolutamente matador. Hard rock de primeira linha com guitarra e
vocal falando alto. O disco ainda traz uma releitura de “Sailing Ships” com
ninguém mais, ninguém menos do que David Coverdale nos vocais. Como ninguém se
ligou nisso, não sei.
Kobra and the Lotus - High Priestess:
Terceiro e melhor disco dessa banda canadense de heavy metal liderada pela
excelente vocalista Kobra Paige. O álbum alcançou posições altas nas paradas
internacionais e mostra uma banda afiada, pesada e com muita personalidade.
Mayan - Antagonise: Esse é o projeto
paralelo de Mark Jansen e outros membros do Epica, que lançou seu segundo disco
em janeiro desse ano. Excelente trabalho, com faixas complexas e bem
trabalhadas, vocais diversificados e a qualidade característica das composições
de Jansen.
Lyriel - Skin & Bones: Fizemos uma
resenha desse álbum aqui e insistimos, essa banda lançou seu melhor trabalho
esse ano. Esse é o quinto disco dessa banda alemã de symphonic/folk metal e tem
a dose perfeita de peso, melodia e refrões cativantes em um trabalho muito bem
produzido.
As 5 maiores bizarrices do ano:
1. Babymetal
O Japão é capaz de proporcionar coisas estranhas,
mas nada se compara a essa banda que dividiu mais opiniões que Avenged
Sevenfold e Slipknot juntos. O Brasil está começando a descobrir do que se
trata, mas na Europa já são o assunto do momento. Trata-se de um grupo de metal
composto por três garotas adolescentes entre 15 e 17 anos, que cantam e dançam
coreografias mais semelhantes ao tradicional J-pop, acompanhadas por uma banda
de apoio extremamente pesada. Os vocais são sofríveis, mas há quem goste por causa
do instrumental nervoso. O primeiro disco saiu esse ano e é a piada (ou
pesadelo) do momento para uns, e a sensação do ano para outros. Vai entender...
2. Festival Zombie Ritual
Não se sabe exatamente o que aconteceu, mas esse
tradicional festival de metal extremo que ocorreu em Santa Catarina tentou
alçar vôos maiores e acabou sendo um fiasco. Muita gente comparou ao pesadelo
do Metal Open Air. A diferença é que esse festival já tinha ocorrido com
sucesso em outros anos, mas com line-ups menos ousados. Diversos cancelamentos
(Destruction, Venom, Carcass, Brujeria, entre outros) e uma certeza: não
adianta tentar dar um passo maior do que a perna. Mais uma vez, a imagem do
Brasil se mancha na cena musical por conta de problemas desse tipo.
3. Phil Rudd dando vexame
Esse ano foi bastante movimentado para o AC/DC. A
saída de Malcolm Young por problemas de saúde e o lançamento do novo disco
"Rock or Bust" dividiram os noticiários com as bizarrices do baterista
Phil Rudd. Preso por posse de drogas e acusado de tentar contratar um assassino
para matar duas pessoas (acusação que foi retirada posteriormente), o músico
chamou atenção pelas esquisitices envolvendo drogas e prostitutas e declarações
polêmicas recentemente, que não foram poucas...
4. Meet & Greet da Avril Lavigne
4. Meet & Greet da Avril Lavigne
Essa foi foda. Não tenho nada contra Meet &
Greet (já fiz um com o Kiss) e nem contra a Avril Lavigne, mas a história foi
tão bizarra que até artistas internacionais (como a cantora italiana Cristina
Scabbia – Lacuna Coil) comentaram o caso. Durante o Meet and Greet no Brasil,
os fãs foram avisados que não poderiam se aproximar muito da cantora na hora da
foto. Na verdade, varias pessoas foram afastadas na hora do retrato. Uma situação,
no mínimo, constrangedora. Opa, mas Meet & Greet não é exatamente para
aproximar fã e artista? Se a garota se considera um ser intocável, um ser
superior e não gosta de aproximação, para que fazer Meet & Greet? Deveria
ter devolvido o dinheiro da garotada...
5. Bebê tocando Pantera na bateria
Bizarro, porém engraçado. Wyatt, um garotinho de
apenas 8 meses aparece em um vídeo tocando “5 Minutes Alone” do Pantera. Claro,
ele não estava tocando nada. Estava no colo do pai o tempo todo... Mesmo assim,
o vídeo tornou-se um viral na internet e levou o pequeno garoto, com o seu
primeiro kit de bateria (o “A Vulgar Display of Cuteness”) à televisão para uma
apresentação no Jimmy Kimmel Live. Um talk show de grande audiência. Uma
espécie de Jô Soares dos Estados Unidos. Pela primeira vez na vida um vídeo com
musica do Pantera foi considerado fofo.
Massa esse blog.... curto demais!
ResponderExcluirMuito obrigado. Continue nos acompanhando...
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