quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Retrospectiva: O Melhor de 2014


     O ano de 2014 chega ao fim. Para nós, do Riff Virtual, foi um ano de muitas conquistas. Esperamos que para você leitor, também! Não poderíamos encerrar o ano sem fazer um retrospecto daquilo que mais nos chamou a atenção. Por contar com poucos redatores (apenas 2 na verdade), optamos por fazer um único post com as escolhas de cada um. Também elegemos juntos 5 discos que acreditamos não terem recebido a atenção que mereciam e 5 historias um tanto bizarras que marcaram o útltimo ano. Esperamos que vocês tenham curtido nossos posts e que continuem nos acompanhando em 2015. Boas festas à todos!


  Por Rafel Menegueti:

               
    Exodus – Blood In Blood Out



O que dizer de uma das maiores bandas de thrash metal da história? O Exodus voltou fazendo jus a sua importância no metal com um disco arrasador. Blood In Blood Out conta com o retorno do vocalista Steve “Zetro” Souza e as participações especias de Kirk Hammet do Metallica e Chuck Billy do Testament.



Machine Head – Bloodstone & Diamonds

 

Pesado, agressivo e com uma produção e arranjos impecáveis, o Machine Head nos presenteou em 2014 com um disco tão bom quanto o de sua estreia, no longínquo ano de 1994. Com faixas que demonstram a perfeita mistura de groove e thrash metal, e Robb Flynn destruindo nos vocais, esse disco é uma verdadeira obra prima. Que ano para o thrash metal, não?


Epica – The Quantum Enigma

  

Indo para os lados do metal sinfônico europeu, não poderíamos deixar de falar do Epica. The Quantum Enigma segue a mesma formula dos outros discos da banda, mas é impressionante como a capacidade criativa deles faz com que cada disco tenha uma sonoridade e vida própria. Com faixas bem trabalhadas, misturando estilos, arranjos sinfônicos excelentes, vocais potentes e uma tendência ao metal progressivo, o Epica conseguiu um álbum grandioso e potente. Simone Simons, Mark Jansen e companhia estão mais uma vez de parabéns.



Arch Enemy – War Eternal

 


A estréia de Alissa White-Gluz no Arch Enemy foi em grande estilo. A vocalista canadense pode até não ter conseguido conquistar 100% dos fãs da época de Angela Gossow (sempre tem as “viúvas choronas”), mas é inegável que ela conseguiu ser uma substituta a altura. War Eternal já um marco na história do grupo de death metal sueco. Até porque, não poderia se esperar outra coisa de um disco composto por uma cara como Michael Amott: faixas grandiosas e com solos de guitarra incríveis.



Delain - The Human Contradiction: 

 


Essa banda entra na lista por ser uma das que mais cresceram no cenário do metal sinfônico nos últimos anos. Com uma sonoridade que une melodias cativantes, refrões empolgantes e o peso necessário, conseguiram em The Human Contradiction fazer um disco acessível e vibrante. A vocalista Charlotte Wessels é uma das vozes mais diferenciadas da nova geração do metal com vocais femininos, e as guitarras de Timo Somers trazem o peso e a energia para tornar o Delain uma das melhores e mais criativas bandas da atualidade, com um som totalmente despretensioso e inovador.


Menção Honrosa:

Detonator e as Musas do Metal – Metal Folclore: Podem pensar o que quiserem, mas pra mim, Bruno Sutter é um gênio ao conseguir unir metal e humor de maneira tão inteligente e criativa. Com o primeiro disco de Detonator após o fim do Massacration, ele conseguiu mostrar que sua formula ainda pode render muito. Metal Folclore é divertido ao abordar o folclore brasileiro como tema, com músicas bem feitas e com uma criatividade que chega até o encarte do disco, feito como um álbum de figurinhas. E parece que finalmente o povo está entendendo a proposta de Sutter e dando ao seu trabalho o sucesso que ele merece.




Por Davi Pascale:

Além de escrever com o Rafael aqui no Riff Virtual, também colaboro com o Consultoria do Rock. Dentro de alguns dias, o site estará publicando uma lista minha com os dez melhores álbuns do ano. Nossa idéia, aqui no blog, sempre foi fazer um Top 5. Para não ficar repetitivo, selecionei  5 discos que não entraram na outra lista. Confira a seguir:


Unisonic – Light of Dawn 


O grupo que está prestes a se apresentar no Monsters of Rock brasileiro fez um dos grandes álbuns do ano. Tendo à sua frente os ex-Helloween, Kai Hansen (atual Gamma Ray) e Michael Kiske, o trabalho marca o retorno dos músicos ao estilo que os consagrou, o power metal. Com faixas inspiradas e trabalho vocal matador, entregam aos fãs aquilo que esperam. Vocais melódicos, bateria veloz, música pesada e com brilho. Esperando ansiosamente por seu show.


Gamma Ray – Empire Of The Undead

 


Esse foi um bom ano para Kai Hansen. Afinal, seu grupo principal também se destacou na cena com o lançamento de mais um ótimo álbum. A gravação ocorreu em circunstâncias não muito alegres (afinal, o estúdio do musico sofreu um incêndio nesse período), mas o resultado final não foi abalado. O músico mantém suas origens, entregando um álbum claramente inspirado em Judas Priest, Iron Maiden e Helloween (essa por motivos óbvios) em 10 faixas matadoras.


Titãs – Nheengatu

 


Depois de passar muitos anos tentando manter o publico conquistado com o sucesso de seu álbum Acústico, os Titãs voltam a fazer o que sabem de melhor. Reduzido agora à um quarteto, o grupo retorna à sua sonoridade clássica com letras remetendo à fome, corrupção, falta de segurança e até mesmo pedofilia. Tudo isso, utilizando-se do seu tom critico e, por vezes, debochado que marcou o auge do conjunto. Ótimo retorno.


Foo Fighters – Sonic Highways

 

Muitos têm se queixado do novo disco do Foo Fighters. Eu curti. Ao contrario de Wasting Light, que foi gravado na garagem de Ghrol, o novo trabalho foi gravado em diferentes cidades dos Estados Unidos. Contando com músicos convidados, a idéia era absorver o que cada cidade tinha para oferecer. Com isso, muitos esperavam que o grupo viesse com uma sonoridade distinta, o que não ocorreu (daí, o motivo das críticas). As composições, por outro lado, são muito boas. Taylor Hawkins continua arrebentando na bateria. Grohl continua sendo bom para criar refrãos. Bom disco!


Accept – Blind Rage


Não gosto da presença de palco de Mark Tornillo, já nos álbuns não tem como se queixar. Sua voz se encaixou bem no estilo do Accept. Em Blind Rage, a essência do grupo é mantida. Bateria eficaz, guitarra com ótimos riffs, vocais gritados. Faixas como “Dark Side Of My Heart” e “Trail of Tears” nos remetem à fase clássica da banda. 

Revelação Internacional: Blues Pills
Revelação Nacional: Far From Alaska



Por Riff Virtual


Você não ouviu, mas precisa conferir:

Hurtsmile – Retrogrenade: O segundo disco da nova banda de Gary Cherone (Extreme) passou meio batido pra muita gente, o que é uma pena. Realizado através do sistema de crowd-founding, o disco é fantástico e tem vários momentos que remetem ao grupo que o deixou mundialmente famoso como “Rock n Roll Cliche”, “Big Government” e “Sing a Song”. Outro grande destaque é “Where Do We Go From Here” com forte influencia de Led Zeppelin. Vale conferir...

Vanderberg´s Moonkings - Vandenberg´s Moonkings: outro nome conhecido está de volta, mas esperava um auê maior. Adrian Vanderberg (ex-guitarrista do Whitesnake) voltou com banda nova e um trabalho absolutamente matador. Hard rock de primeira linha com guitarra e vocal falando alto. O disco ainda traz uma releitura de “Sailing Ships” com ninguém mais, ninguém menos do que David Coverdale nos vocais. Como ninguém se ligou nisso, não sei.

Kobra and the Lotus - High Priestess: Terceiro e melhor disco dessa banda canadense de heavy metal liderada pela excelente vocalista Kobra Paige. O álbum alcançou posições altas nas paradas internacionais e mostra uma banda afiada, pesada e com muita personalidade.

Mayan - Antagonise: Esse é o projeto paralelo de Mark Jansen e outros membros do Epica, que lançou seu segundo disco em janeiro desse ano. Excelente trabalho, com faixas complexas e bem trabalhadas, vocais diversificados e a qualidade característica das composições de Jansen.

Lyriel - Skin & Bones: Fizemos uma resenha desse álbum aqui e insistimos, essa banda lançou seu melhor trabalho esse ano. Esse é o quinto disco dessa banda alemã de symphonic/folk metal e tem a dose perfeita de peso, melodia e refrões cativantes em um trabalho muito bem produzido.


As 5 maiores bizarrices do ano:

1. Babymetal

O Japão é capaz de proporcionar coisas estranhas, mas nada se compara a essa banda que dividiu mais opiniões que Avenged Sevenfold e Slipknot juntos. O Brasil está começando a descobrir do que se trata, mas na Europa já são o assunto do momento. Trata-se de um grupo de metal composto por três garotas adolescentes entre 15 e 17 anos, que cantam e dançam coreografias mais semelhantes ao tradicional J-pop, acompanhadas por uma banda de apoio extremamente pesada. Os vocais são sofríveis, mas há quem goste por causa do instrumental nervoso. O primeiro disco saiu esse ano e é a piada (ou pesadelo) do momento para uns, e a sensação do ano para outros. Vai entender...

2. Festival Zombie Ritual

Não se sabe exatamente o que aconteceu, mas esse tradicional festival de metal extremo que ocorreu em Santa Catarina tentou alçar vôos maiores e acabou sendo um fiasco. Muita gente comparou ao pesadelo do Metal Open Air. A diferença é que esse festival já tinha ocorrido com sucesso em outros anos, mas com line-ups menos ousados. Diversos cancelamentos (Destruction, Venom, Carcass, Brujeria, entre outros) e uma certeza: não adianta tentar dar um passo maior do que a perna. Mais uma vez, a imagem do Brasil se mancha na cena musical por conta de problemas desse tipo.

3. Phil Rudd dando vexame

Esse ano foi bastante movimentado para o AC/DC. A saída de Malcolm Young por problemas de saúde e o lançamento do novo disco "Rock or Bust" dividiram os noticiários com as bizarrices do baterista Phil Rudd. Preso por posse de drogas e acusado de tentar contratar um assassino para matar duas pessoas (acusação que foi retirada posteriormente), o músico chamou atenção pelas esquisitices envolvendo drogas e prostitutas e declarações polêmicas recentemente, que não foram poucas...

4. Meet & Greet da Avril Lavigne

Essa foi foda. Não tenho nada contra Meet & Greet (já fiz um com o Kiss) e nem contra a Avril Lavigne, mas a história foi tão bizarra que até artistas internacionais (como a cantora italiana Cristina Scabbia – Lacuna Coil) comentaram o caso. Durante o Meet and Greet no Brasil, os fãs foram avisados que não poderiam se aproximar muito da cantora na hora da foto. Na verdade, varias pessoas foram afastadas na hora do retrato. Uma situação, no mínimo, constrangedora. Opa, mas Meet & Greet não é exatamente para aproximar fã e artista? Se a garota se considera um ser intocável, um ser superior e não gosta de aproximação, para que fazer Meet & Greet? Deveria ter devolvido o dinheiro da garotada...

5. Bebê tocando Pantera na bateria

Bizarro, porém engraçado. Wyatt, um garotinho de apenas 8 meses aparece em um vídeo tocando “5 Minutes Alone” do Pantera. Claro, ele não estava tocando nada. Estava no colo do pai o tempo todo... Mesmo assim, o vídeo tornou-se um viral na internet e levou o pequeno garoto, com o seu primeiro kit de bateria (o “A Vulgar Display of Cuteness”) à televisão para uma apresentação no Jimmy Kimmel Live. Um talk show de grande audiência. Uma espécie de Jô Soares dos Estados Unidos. Pela primeira vez na vida um vídeo com musica do Pantera foi considerado fofo.

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