Por Davi Pascale
Grupo chega ao segundo álbum com uma pegada mais voltada ao hard rock.
Com letras falando sobre sexo, drogas e provocando principios religiosos, Pretty Reckless entrega
um ótimo álbum. Vale a pena deixar o preconceito de lado e conferir.
Várias pessoas possuem um preconceito com essa banda pelo fato de ser
liderada por Taylor Momsen, a atriz de Gossip
Girl, mas a verdade é que a menina construiu uma ótima banda e tem uma ótima voz. Sei que,
muitas vezes, quando alguém que não é do ramo da música se arrisca à gravar um
disco, o resultado tende a ser pavoroso, mas esse não é o caso aqui. As melhores experiências que vi até agora foram a da atriz Juliette Lewis e dessa garota.
Esqueça aquela garotinha inocente de Grinch. Taylor assumiu o papel da roqueira cheia de atitudes, sem
medo de explorar sua sensualidade e de cantar sobre sexo. Como se fosse uma
versão moderna da Lita Ford. Pode até ser um personagem (ainda mais que iniciou sua carreira como atriz), mas é fato que esses artistas que se envolvem
em polêmicas são sempre interessantes. Não deixa de ser uma maneira de fortalecer o
rock (já que passam a aparecer sempre na mídia), além de serem interessantes de
se acompanhar. Que o diga Axl Rose, os irmãos Gallagher ou até mesmo Marilyn
Manson. Até quem não gostava do seu som, gostava de ler sobre a história de Axl
atirar cadeira do prédio, do integrante do Oasis que esmurrou um fotografo ou
sobre o Marilyn Mason ter queimado uma bíblia na festa da MTV. E a garota
parece adorar uma polêmica.
Cantora aparece nua em videoclip |
A primeira surge por conta do nudismo. Tanto na arte da capa (sim, é a cantora) quanto no videoclipe de “Heaven Knows”. Depois, uma nova polêmica. Em “Follow You Down”, temos um som de um falso orgasmo interpretado por Jenna Haze (ex-atriz pornô). A letra? Um pedido para que um rapaz a siga até uma floresta para uma noite de sexo. As letras, em sua maioria, questionam varios valores. Falam sobre se divertir sem culpa, sobre não dar importância aos dogmas impostos pela sociedade. Então vou ao inferno pelas minhas atitudes? Ótimo, é assim que sou e não quero mudar em nada. Esse é o espírito por trás das letras. Tudo aquilo que as igrejas condenam estão aqui: o sexo, as drogas, as festas. Na faixa-titulo, ela escreve como se estivesse confessando seus pecados, mas no final demonstra que não está nem aí para isso. O título não poderia ser mais provocativo, nem mais acertivo.
Em seu debut Light Me Up, os músicos demonstravam uma forte influência de grunge nos arranjos. Aqui, a influência aparece em muito menor escala. Apostam em uma sonoridade mais hard rock, porém mantendo uma mixagem moderna. A ideia deles não é reproduzir a sonoridade dos anos 70 como ocorre em grupos como Airbourne e The Answer, por exemplo.
Quando estavam gravando Going To Hell, o estudio foi atingido pelo furacão Sandy e os musicos tiveram que concluir as gravações em outro estudio, além de terem perdido o equivalente à 500.000 dólares em equipamento. Parece que a situação deixou os músicos mais furiosos. Depois de excursionarem ao lado de Guns n Roses e Marylin Manson, sua popularidade cresceu muito. Cresceu tanto que a garota declarou estar abandonando a carreira de atriz para se concentrar unicamente na carreira de cantora. Taylor, seja bem vinda. O rock n roll estava mesmo precisando de um pouquinho de atitude...
Nota: 8,0 / 10,0
Status: hard rock moderno
Faixas:
01)
Follow Me
Down
02)
Going to
Hell
03)
Heaven
Knows
04)
House On a
Hills
05)
Sweet
Things
06)
Dear
Sister
07)
Absolution
08)
Blame Me
09)
Burn
10)
Why´d You Bring a Shotgun To
The Party
11)
Fucked Up World
12)
Waiting For a Friend
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