Por Davi Pascale
No final do ano passado foi lançado o novo álbum do Stryper. Contando
com sua formação original, o disco é o primeiro trabalho de inéditas desde Murder By Pride (2009). Certamente o
melhor que eles lançaram desde seu retorno em 2005. E olha que eu gosto
bastante do polêmico Reborn. Não há
dúvidas de que a espera valeu...
Quando os rapazes retornaram à ativa lançando o já citado Reborn, muitos torceram o nariz. A
ideia de apostarem em uma sonoridade mais moderna não agradou aos seguidores.
Até mesmo os shows, aparentemente, sofreram com isso. Lembro que os assisti
nessa época, em sua primeira passagem pelo país, e a casa estava longe de estar
lotada. Uma pena porque os caras deram um puta show. Tocaram a maioria de seus
clássicos. E Michael Sweet estava cantando muito. E o disco não era ruim nem de
longe. Haviam várias canções inspiradíssimas. Mas vamos retornar ao novo
material que é o que interessa.
Para gravar o novo trabalho utilizaram a velha forma de irem à um estúdio
afastado e passar alguns dias com todos os integrantes juntos dedicando-se
exclusivamente ao disco. Normalmente quando os artistas possuem esse tipo de atitude,
costumam retornar com resultado positivo. E aqui não foi diferente. Os caras
entregaram um álbum empolgante e linear. Falando não no sentido de arranjos,
mas de qualidade.
Muitas das velhas características estão de volta. As guitarras dobradas,
os gritos (oras rasgados, oras em falsete), linhas vocais incrivelmente
harmoniosas. Aliás, o vocal do cara ainda está extremamente forte. Mesmo os momentos mais modernos devem agradar aos fãs mais xiitas,
pois eles não estão muito distantes da sonoridade do álbum Truth de Michael Sweet que é um trabalho que a galera costuma
curtir.
Novo álbum traz música com titulo em espanhol |
No DVD que acompanha o álbum, o cantor comenta que optou por esse título
porque queria algo que remetesse ao disco mais popular da banda, To Hell With The Devil. Essa nostalgia
está presente não apenas na concepção, mas também no trabalho de guitarras e
nos backing vocals. “Marching Into The Battle” foi uma que logo que ouvi me
remeteu à sonoridade que tinham nos anos 80. E quando assisti o documentário,
logo após a audição do CD, vi que estava certo. Afinal, os músicos comentam que
essa é uma faixa perdida do Stryper, que tocavam no início do grupo, mas nunca
haviam gravado. Michael comenta que a compôs aos 16 anos de idade.
Embora não tenham arrastado multidões em sua primeira visita ao Brasil
(na última não sei como foi porque, infelizmente, perdi), os músicos são muito
conhecidos pelo público da America Latina em geral. Já comentaram, inclusive,
sobre a vontade de gravarem um álbum todo em espanhol. Enquanto não ousam nesse
aspecto, dão uma pequena palhinha no refrão da canção “Te Amo”. E apesar do
nome, não é uma canção melosa.
Mas há sim um momento mais calmo com a faixa “The One” que o rapaz
escreveu em homenagem à sua atual esposa, Lisa. Esse é mais um dos momentos que nos remete
ao Truth. Alguns trechos da linha
vocal me remeteu bastante à “Blue Bleeds Trough”. Mas ao contrário de canções como "Honestly", essa nova balada não tem como base o piano. E, sim, a guitarra.
Outra característica que retornou foi o famoso cover. O mais lembrado entre os fãs é “Shining Star”, presente em Against the Law. A escolhida da vez foi “Jesus Is Just Alright”. Aqui no Brasil é muito conhecida na voz do Doobie Brothers. Aquele conjunto que cantava “Listen to the Music”, manja? O instrumental foi bastante modificado, mas ficou bem legal. O Stryper é uma banda de White Metal ( ou rock cristão, como preferirem) portanto as letras são, em sua maioria, em cima do velho testamento. Mas não se preocupe, são muito fáceis de compreender. Como o próprio Michael Sweet diz, as mensagens são bem diretas. Não há necessidade de ser um expert da bíblia para compreende-las. E também são bem escritas. Vocês não irão ouvir frases como "Erguei as mãos, louvar a Deus". É mais profundo do que isso. Quem deixar de ouvir o disco por conta disso, só poderei lamentar. Melhor disco que ouvi nos últimos tempos. Mesmo!
Outra característica que retornou foi o famoso cover. O mais lembrado entre os fãs é “Shining Star”, presente em Against the Law. A escolhida da vez foi “Jesus Is Just Alright”. Aqui no Brasil é muito conhecida na voz do Doobie Brothers. Aquele conjunto que cantava “Listen to the Music”, manja? O instrumental foi bastante modificado, mas ficou bem legal. O Stryper é uma banda de White Metal ( ou rock cristão, como preferirem) portanto as letras são, em sua maioria, em cima do velho testamento. Mas não se preocupe, são muito fáceis de compreender. Como o próprio Michael Sweet diz, as mensagens são bem diretas. Não há necessidade de ser um expert da bíblia para compreende-las. E também são bem escritas. Vocês não irão ouvir frases como "Erguei as mãos, louvar a Deus". É mais profundo do que isso. Quem deixar de ouvir o disco por conta disso, só poderei lamentar. Melhor disco que ouvi nos últimos tempos. Mesmo!
Nota: 9,0 / 10,0
Status: Empolgante
Faixas:
01)
Revelation
02)
No More
Hell to Pay
03)
Saved By
Love
04)
Jesus Is
Just Alright
05)
The One
06)
Legacy
07)
Marching
Into The Battle
08)
Te Amo
09)
Stocks
& Stones
10)
Water Into
Wine
11)
Sympathy
12)
Renewed
DVD:
01)
Documentário
02)
Sympathy
Videoclip
03)
No More Hell To Pay Videoclip
Nenhum comentário:
Postar um comentário