Por Rafael Menegueti
O sexteto sueco Amaranthe: dividindo opiniões na cena metal |
A banda
sueca Amaranthe é uma das grandes revelações do metal atual. Mas nem todos
pensam assim. Com um estilo mais comercial de fazer música, a banda gera reações
diversas entre os ouvintes e fãs do gênero. Enquanto uns curtem a ousadia no
som do grupo, outros o acham mais uma jogada de gravadora para atrair público e
vender discos. Honestamente, penso que há um pouco dos dois no meio. Ao mesmo
tempo em que o grupo me agrada por possuir uma proposta diferente e ousada,
misturando metal com musica pop e elementos eletrônicos, não consigo deixar de
pensar que exista uma certa influencia de terceiros para que a banda possua
esse ar comercial que muitos adoram criticar. Eu particularmente não vejo nada
de errado nisso. Para entender melhor o grupo, que acaba de anunciar seu
terceiro disco para outubro, confiram uma breve analise de seus dois primeiros
trabalhos já lançados:
Amaranthe
(2011)
O primeiro álbum
da banda ilustra bem o que a banda propõe. Faixas pesadas, mas que são
enfeitadas com arranjos feitos por teclados e sintetizadores. O dos seis
integrantes, três são vocalistas, cada um colocando uma característica diferente
ao som da banda. Jake E é a voz masculina limpa, com um estilo mais próximo de
bandas de rock mais populares do que para o metal, mas que casa bem com a
banda. Andy Solvestrom faz os vocais guturais, que dão um peso maior a música,
e ajudam a quebrar a aparecia de metal pop das canções do grupo. E Elize Ryd se
mostra como o maior talento do grupo, com seu excelente vocal, digno de fazer
sucesso em qualquer estilo. As músicas da banda são agradáveis e fáceis de
ouvir. Em seu primeiro trabalho a banda mostra que tem talento para compor, e é
inovadora e atual. Deixou em seu debut a expectativa do que podeira vir depois.
Se eles conseguiriam fazer um segundo trabalho do mesmo nível.
The Nexus
(2013)
Se o
Amaranthe já gerou polêmica com seu primeiro trabalho, com o segundo não seria
diferente. Até porque a banda escolheu não mexer no time que estava ganhando. Lançou
um disco que é a perfeita continuação de sua proposta, sem grandes mudanças. Seguem
sendo ingredientes do som do grupo a mistura entre o peso e acessibilidade do
pop. Muitos sintetizadores e riffs de guitarra ousados e agressivos. Sem falar
no contraste de estilos dos vocais, outra marca da banda. O disco mostra um
avanço em relação ao primeiro nas composições. A banda parece mais madura, mais
habituada à própria proposta. Isso deixou as músicas ainda mais legais. Um
disco que definitivamente provou o potencial da banda, e chutou pra escanteio a
idéia de que eles seriam uma banda passageira.
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