Por Rafael
Menegueti
Metal - A Headbangers Journey (2005) |
Para quem quer
conhecer um pouco mais sobre a historia do metal, não apenas em relação à música
em si, mas levando em consideração todo o universo que o cerca, o trabalho do
diretor canadense Sam Dunn é mais do que obrigatório. Esse sociólogo e músico
de 40 anos já produziu inúmeros trabalhos sobre o estilo, inclusive o documentário
Iron Maiden: Flight 666, sobre a longa e extensa turnê mundial da banda. Mas os
trabalhos que o fizeram ficar famoso no meio foram os documentários sobre a
historia do gênero que já citei.
“Metal – A Headbangers
Journey” foi o primeiro trabalho dele. Nasceu, segundo o próprio, da sua
vontade de explorar e documentar a cultura do heavy metal, que desde a adolescência
o conquistou. O resultado de seu esforço é um dos mais completos e
interessantes materiais sobre o estilo que se tem conhecimento.
Sam circula
o mundo atrás das origens do estilo, desde Birmingham, onde surgiu o Black
Sabbath, precursores do estilo, até as sombrias florestas norueguesas, onde o black
metal assustou o mundo na década de 90. Sam também definiu nele uma famosa “arvore
genealógica”, com a evolução e definição dos inúmeros gêneros e vertentes do
metal. Abordando a relação da música com a sociedade, a juventude, a religião,
a sexualidade e a violência, Sam disseca o heavy metal ao mesmo tempo que busca
provar que o estilo é incompreendido e subestimado pelas pessoas que não o
conhecem.
O documentarista e músico canadense Sam Dunn |
Para
conseguir tal resultado, ele conseguiu entrevistas com ícones e pessoas que influenciaram
e revolucionaram a historia do rock e do metal, como Ronnie James Dio, Bruce
Dickinson, Tony Iommi, Lemmy Kilmister e Alice Cooper. Outras entrevistas se
provaram ainda mais surpreendentes e polemicas, casos dos noruegueses do
Mayhem, de Gaahl, Tom Araya (Slayer) e Dee Snider (Twisted Sister). Esse ultimo
falando principalmente sobre a caça que o metal sofreu durante muito tempo
pelas autoridades pelo seu tom rebelde e libertino.
Tanta
informação e historia não só fizeram desse documentário uma aula sobre o gênero
para qualquer um que quisesse conhecê-lo, como ainda abriu espaço para abordar
ainda mais o tema, em outras continuações como o também excelente “Global Metal”,
documentário onde ele circula por locais onde o metal aparece com uma
in=mprovavel e surpeendente força, apesar de diferenças culturais tão
gritantes, como Índia, Japão, China e Brasil. E é sobre isso que eu falarei
mais amanhã aqui no blog.
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