Por Davi Pascale
Vira e mexe, nos deparamos com shows históricos à preço de banana nos
mercados, lojas de conveniência e até mesmo megastores. O fato desses
lançamentos não terem apoio do artista principal, nem de sua gravadora, faz com que muitos fãs fiquem com um pé atrás na hora de
adquiri-los. Lançado pela Movieplay em 2007, e facilmente encontrado ainda
hoje, esse vídeo é um dos poucos registros ao vivo da primeira fase do Blondie
e torna-se aquisição obrigatória para seus fãs.
Aquisição obrigatória não apenas por ser um dos shows da fase inicial, mas também por ser um dos últimos shows da fase inicial. A apresentação foi exibida na época pela HBO para o público norte-americano e teve lançamento em VHS. Incrível, não ter sido lançado oficialmente em DVD. É verdade que o grupo não atravessava seu melhor período, mas ainda assim era uma boa performance. Sem contar que esse é aquele show meio cult. Todo mundo sabe que existe, conhece, quer ter e não encontra, saca?
Como disse, estavam em um período delicado. A banda atravessava crises internas, seus dois últimos álbuns – Autoamerican e The Hunter – não haviam tido o êxito que esperavam e sua cantora, a playmate Debbie Harry (exatamente. Você não entendeu errado. Ela foi coelhinha da Playboy) começava a ganhar asas. Já havia lançado seu primeiro álbum solo (o bom, Kookoo) e já era tratada como destaque do conjunto pela mídia.
A situação fica nítida enquanto assistimos o vídeo. Debbie Harry é de longe, a mais animada do grupo. Dança, sensualiza mexendo nos cabelos, rebolando, enquanto outros músicos (inclusive seu marido e líder da banda, Chris Stein) parecem mais distantes, mais abalados. O que não é uma surpresa, uma vez que a gira não estava sendo um sucesso. A tour, inclusive, foi encurtada e teve vários shows cancelados. Como curiosidade, vale citar que o grupo Duran Duran era número de abertura em várias apresentações.
Aquisição obrigatória não apenas por ser um dos shows da fase inicial, mas também por ser um dos últimos shows da fase inicial. A apresentação foi exibida na época pela HBO para o público norte-americano e teve lançamento em VHS. Incrível, não ter sido lançado oficialmente em DVD. É verdade que o grupo não atravessava seu melhor período, mas ainda assim era uma boa performance. Sem contar que esse é aquele show meio cult. Todo mundo sabe que existe, conhece, quer ter e não encontra, saca?
Como disse, estavam em um período delicado. A banda atravessava crises internas, seus dois últimos álbuns – Autoamerican e The Hunter – não haviam tido o êxito que esperavam e sua cantora, a playmate Debbie Harry (exatamente. Você não entendeu errado. Ela foi coelhinha da Playboy) começava a ganhar asas. Já havia lançado seu primeiro álbum solo (o bom, Kookoo) e já era tratada como destaque do conjunto pela mídia.
A situação fica nítida enquanto assistimos o vídeo. Debbie Harry é de longe, a mais animada do grupo. Dança, sensualiza mexendo nos cabelos, rebolando, enquanto outros músicos (inclusive seu marido e líder da banda, Chris Stein) parecem mais distantes, mais abalados. O que não é uma surpresa, uma vez que a gira não estava sendo um sucesso. A tour, inclusive, foi encurtada e teve vários shows cancelados. Como curiosidade, vale citar que o grupo Duran Duran era número de abertura em várias apresentações.
Capa do compacto de "Island of Lost Souls", musica que estava sendo trabalhada na época |
Embora fosse uma mulher bonita, Debbie Harry não era somente mais um
rostinho bonito. A moça realmente cantava bem. E isso fica nítido nessa
performance. Sem contar que ela foi influência direta para vários grandes nomes
de cena pop e da cena rock. Podemos citar, sem medo de errar, nomes como No
Doubt, Paula Toller, Cardigans e até mesmo, Madonna. O grupo também contava com bons músicos, com destaque para o baterista Clem Burke, que tocava com vontade. Falharam,
contudo, ao interpretar “Start Me Up” dos Rolling Stones. Amo Stones e gosto
muito do Blondie, mas fica aquela sensação de estar faltando algo, sem contar
que o teclado de James Destri não caiu bem nessa música.
As outras 10 faixas são do repertório do conjunto. 3 de seu até então mais recente álbum The Hunter e 7 clássicos. E nessas, se saem muito bem. Os arranjos são muito bem executados. Passam pelos seus principais hits como “Heart of Glass”, “Call Me” e “Hanging On The Telephone”. Claro que pela apresentação não estar na integra, faltam músicas como “Rip Her to Shreds” e “X Offender”. Do álbum de 1982, mandaram o single “Island of The Lost Souls” (a tentativa de compor uma nova “The Tide Is High”) e as boas “Danceway” e “War Child”. Gostaria de ter assistido eles tocarem “English Boys”, escrita em homenagem ao John Lennon que havia sido assassinado em Dezembro de 1980. Mas não rolou...
Durante quase uma hora o grupo nos apresenta o melhor de seu famoso caldeirão de pop, rock, new wave, disco, funk e reggae. Todos esses ingredientes estão juntos, misturados. E é justamente esse inusitada fusão que os transforma em um grupo único. Na esperança para que saia mais algum show dessa primeira fase. Gostaria muito de assistir alguma apresentação da tour do Eat To The Beat. Quem sabe um dia aparece por aí...
As outras 10 faixas são do repertório do conjunto. 3 de seu até então mais recente álbum The Hunter e 7 clássicos. E nessas, se saem muito bem. Os arranjos são muito bem executados. Passam pelos seus principais hits como “Heart of Glass”, “Call Me” e “Hanging On The Telephone”. Claro que pela apresentação não estar na integra, faltam músicas como “Rip Her to Shreds” e “X Offender”. Do álbum de 1982, mandaram o single “Island of The Lost Souls” (a tentativa de compor uma nova “The Tide Is High”) e as boas “Danceway” e “War Child”. Gostaria de ter assistido eles tocarem “English Boys”, escrita em homenagem ao John Lennon que havia sido assassinado em Dezembro de 1980. Mas não rolou...
Durante quase uma hora o grupo nos apresenta o melhor de seu famoso caldeirão de pop, rock, new wave, disco, funk e reggae. Todos esses ingredientes estão juntos, misturados. E é justamente esse inusitada fusão que os transforma em um grupo único. Na esperança para que saia mais algum show dessa primeira fase. Gostaria muito de assistir alguma apresentação da tour do Eat To The Beat. Quem sabe um dia aparece por aí...
Nota: 8,0/10,0
Status: Apresentação clássica
Faixas:
01)
Rapture
02)
Island Of
The Lost Souls
03)
Danceway
04)
The Tide
Is High
05)
Heart of
Glass
06)
Hanging on
the Telephone
07)
Dreaming
08)
One Way Or
Another
09)
War Child
10)
Start Me
Up
11)
Call Me
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