Por Rafael Menegueti
Delain - The Human Contradiction |
Como
prometido ontem, é hora de conhecer mais sobre o novo trabalho da banda de
metal sinfonico holandesa Delain, “The Human Contradiction”. O disco estava
previsto para ser lançado em 4 de abril, mas as músicas vazaram na internet na
semana passada. Para quem já ouviu, e também para os que ainda não ouviram,
aqui vão as minhas impressões sobre esse novo álbum.
O disco
abre com uma das músicas mais potentes já lançadas pela banda, “Here Come The
Vultures”. A faixa tem um ótimo riff pesado e conta com um refrão que agrada na
primeira audição. É daquele tipo de música que gruda na cabeça, mas de um jeito
positivo. “Your Body Is A Battleground”, que conta com a participação do
parceiro de longa data Marco Hietala, vem em seguida com uma sonoridade
cativante e uma letra que fala sobre a necessidade humana de viver a base de
substancias artificiais e como isso se transformou em uma enorme e lucrativa
industria.
Alias, o
disco discorre exatamente sobre questões relacionadas a natureza humana nos
tempos atuais. Ele foi inspirado por uma trilogia da autora norte-americana Octavia
Butler, chamada “Lilith’s Brood”, segundo a vocalista Charlotte Wessels
descreveu em uma entrevista, “uma historia pós-apocaliptica, onde o fato de a
humanidade não ter durado se explica pelas duas mais contraditórias qualidades
humanas: o fato de sermos uma espécie inteligente e hierárquica. (...) A partir
daí a idéia de que certas qualidades seriam melhores do que outras criou varias
dualidades (homens e mulheres, negros e brancos, humanos e não humanos etc.) que
ajudam em nossa auto destruição”.
Alem do característico
peso nas canções, a melodia também é um elemento predominante em faixas como “My
Masquerade” e “Sing to Me”, onde a voz de Charlotte ganha um tom mais sensual,
onde a proposta das músicas é bem mais emotiva, embora elas não sejam baladas. As
guitarras de Timo Somers provam ser um grande elemento nesse disco, criando
levadas cativantes e solos precisos ao que as canções pedem.
O quarto álbum do grupo foi produzido pelo próprio Martjin Westerholt |
As
paticipações de George Oosthoek e Alissa White-Gluz também são outro destaque. Ambos,
com seus característicos vocais guturais, acrescentaram a pegada mais agressiva
que o Delain havia deixado de lado em “We Are The Others”. Em “Tell Me,
Mechanist”, George parece ainda mais entrosado com o estilo das músicas do que
quando ele participou de “Lucidity”. Já Alissa, alem de seus “grunts”, também fez
backing vocals na excelente “The Tragedy of The Commons”, que encerra o disco.
O material
presente no CD bônus promete alegrar bastante os fãs. Alem de mais duas ótimas
faixas, a balada “Scarlet” e a “pop-metal” “Don’t Let Go”, ainda podemos
conferir varias faixas ao vivo, entre elas “April Rain” e a nova “My Mascarade”,
e duas versões orquestrais, para “Sing to Me” e “Your Body Is A Battleground”.
E nem preciso dizer que o disco superou minhas expectativas, e deve levar o
Delain a um novo patamar entre as bandas do gênero.
Nota: 10/10
Status:
Perfeito
Faixas:
1. "Here Come the Vultures"
2. "Your Body Is a Battleground" (featuring Marco
Hietala)
3. "Stardust"
4. "My Masquerade"
5. "Tell Me, Mechanist" (featuring George Oosthoek)
6. "Sing to Me" (featuring Marco Hietala)
7. "Army of Dolls"
8. "Lullaby"
9. "The Tragedy of the Commons" (featuring Alissa
White-Gluz)
Digipak Bonus Disc
10. "Scarlet"
11. "Don't Let Go"
12. "My Masquerade (Live)"
13. "April Rain (Live)"
14. "Go Away (Live)"
15. "Sever (Live)"
16. "Stay Forever (Live)"
17. "Sing to Me (Orchestra Version)"
18. "Your Body Is a Battleground (Orchestra Version)"
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