por Rafael Menegueti
Foo Fighters - Wasting Light |
Se existe uma
pessoa no rock atual capaz de lançar um trabalho sem o risco de fracassar, essa
pessoa é Dave Grohl. E tem sido assim desde “Nevermind”, com o Nirvana. Depois do fim do grupo de Seattle, Dave
seguiu seu próprio caminho e fundou o Foo Fighters, e com ele lançou seis
álbuns de estúdio, sendo um deles duplo, um álbum acústico ao vivo e uma
coletania. Sem contar os projetos paralelos, como o Probot e o a sua
participação no Queens of the Stone Age.
Depois de tudo
isso, seria possível imaginar que o sétimo álbum de inéditas do Foo Fighters
pudesse não ter o mesmo fôlego de sempre. Mas estamos falando de Dave Grohl. E
esse cara não cansa do sucesso. “Wasting
Light” chegou as lojas em 2011 com uma sonoridade capaz de fazer qualquer
questionador do rock atual pensar mais um pouco antes de dizer “o rock morreu”.
Com sua mania de
sempre buscar algo diferente para adicionar ao seu trabalho, Dave decidiu que o
disco seria inteiramente gravado na sua garagem. Desse modo ele sabia que o
trabalho seria o mais tranqüilo possível, e fluiria bem, pois estaria perto de
sua família. E ele estava certo. Basta ouvir o álbum e perceber que a banda
esta afiada. A adição das guitarras de Pat Smear, de volta a banda como membro
fixo, deu ainda mais peso ao som, que passou a ter três guitarras ao invés de
duas. Mais um desafio de Dave aos padrões normais do rock atual.
Chamar Butch
Vig, com quem ele havia trabalhado na gravação do álbum “Nevermind” do Nirvana em 1991, para produzir o disco foi outro
acerto. Com ele o ambiente de gravações foi mais leve ainda, afinal é sempre
mais fácil de se trabalhar com quem já se conhece.
Foo Fighters: sempre acertando em cheio! |
Como se não
bastasse isso tudo ainda há as participações especiais. Como a de Krist
Novoselic, ex-baixista do Nirvana, tocando baixo e acordeão em “I Should Have Know”. E também do
lendário Bob Mould, do Hüsker Dü, cantando e tocando guitarra em “Dear Rosemary”.
Com todos esses
elementos fica impossível não se surpreender mais uma vez com o novo trabalho
do Foo Fighters. Depois de mais de quinze anos de estrada, eles conseguiram
mais uma vez. E se você ainda não sabia como fazer pra que uma banda durasse
tanto tempo se mperder o fôlego, agora você já sabe. Basta seguir o exemplo de
Dave Grohl.
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