quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Grandes Lançamentos: Foo Fighters – Wasting Light

por Rafael Menegueti
Foo Fighters - Wasting Light
Se existe uma pessoa no rock atual capaz de lançar um trabalho sem o risco de fracassar, essa pessoa é Dave Grohl. E tem sido assim desde “Nevermind”, com o Nirvana. Depois do fim do grupo de Seattle, Dave seguiu seu próprio caminho e fundou o Foo Fighters, e com ele lançou seis álbuns de estúdio, sendo um deles duplo, um álbum acústico ao vivo e uma coletania. Sem contar os projetos paralelos, como o Probot e o a sua participação no Queens of the Stone Age.

Depois de tudo isso, seria possível imaginar que o sétimo álbum de inéditas do Foo Fighters pudesse não ter o mesmo fôlego de sempre. Mas estamos falando de Dave Grohl. E esse cara não cansa do sucesso. “Wasting Light” chegou as lojas em 2011 com uma sonoridade capaz de fazer qualquer questionador do rock atual pensar mais um pouco antes de dizer “o rock morreu”.

Com sua mania de sempre buscar algo diferente para adicionar ao seu trabalho, Dave decidiu que o disco seria inteiramente gravado na sua garagem. Desse modo ele sabia que o trabalho seria o mais tranqüilo possível, e fluiria bem, pois estaria perto de sua família. E ele estava certo. Basta ouvir o álbum e perceber que a banda esta afiada. A adição das guitarras de Pat Smear, de volta a banda como membro fixo, deu ainda mais peso ao som, que passou a ter três guitarras ao invés de duas. Mais um desafio de Dave aos padrões normais do rock atual.

Chamar Butch Vig, com quem ele havia trabalhado na gravação do álbum “Nevermind” do Nirvana em 1991, para produzir o disco foi outro acerto. Com ele o ambiente de gravações foi mais leve ainda, afinal é sempre mais fácil de se trabalhar com quem já se conhece.

Foo Fighters: sempre acertando em cheio!
Como se não bastasse isso tudo ainda há as participações especiais. Como a de Krist Novoselic, ex-baixista do Nirvana, tocando baixo e acordeão em “I Should Have Know”. E também do lendário Bob Mould, do Hüsker Dü, cantando e tocando guitarra em “Dear Rosemary”.

Com todos esses elementos fica impossível não se surpreender mais uma vez com o novo trabalho do Foo Fighters. Depois de mais de quinze anos de estrada, eles conseguiram mais uma vez. E se você ainda não sabia como fazer pra que uma banda durasse tanto tempo se mperder o fôlego, agora você já sabe. Basta seguir o exemplo de Dave Grohl.


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