Avenged Sevenfold - Hail to the King |
Ok, vamos
lá. Avenged Sevenfold. A banda que mais gera brigas e bate-bocas em todo o cenário
do heavy metal (talvez até de todo o rock) mundial. Por quê? Simples. Eles são
aquele caso “ame ou odeie”. Uma banda que, ao mesmo tempo em que é extremamente
elogiada e apontada como o futuro do metal por uns, é insultada, massacrada e
tida como copiadora por outros.
Mas,
afinal, o que o Avenged Sevenfold fez pra que isso ocorresse? Talvez nem eles
mesmos saibam. Conheci a banda por acaso, quando vi um vídeo deles no Youtube,
da música “Afterlife”. Na época eles ainda não eram tão famosos como hoje em
dia, mas já tinham sua história (e também seus haters). O fato é que, desde que
eu conheci o grupo, muita coisa mudou. Eles ficaram mais famosos, mudaram a
sonoridade pra algo mais maduro, perderam o baterista The Rev e, com isso,
ganharam combustível para compor canções fortes em um disco todo voltado ao
trágico episódio (Nightmare, de 2010). Mas depois disso eles precisavam provar
que estavam seguido em frente, de cabeça erguida.
Hail to the
King chegou às lojas em agosto de 2013. Chegou causando um tremendo alvoroço,
em vários sentidos. Pra quem gosta deles foi mais do que positivo. É pesado,
bem mais do que qualquer antecessor. Tem riffs extremamente marcantes, com uma
pegada clássica de heavy metal. Synyster Gates e Zacky Vengeance continuam com
uma perfeita combinação de solos e ritmos. Os vocais de M. Shadows continuam
bons, na linha dos outros trabalhos mais recentes. Destaques para a faixa
titulo e Doing Time, ambas bem estruturadas. As linhas de bateria são o único
ponto mais fraco. Os fãs sentem falta da versatilidade e técnica de The Rev.
Arin Ilejay não é ruim, apenas não tem a mesma técnica que o batera original.
De resto, o disco não podia ter feito mais jus à evolução que a banda vem
demonstrando em seus trabalhos.
E aqueles
que não gostam deles vieram logo com os ataques. Antes era o visual, que
parecia “emo” (alguém ainda lembra deles?). Agora que eles estão mais maduros e
essa conversa de “emos” não cola mais, eles precisavam achar um outro motivo
pra pegar no pé dos caras, certo? Pois bem, eles acharam. Agora eles são
acusados de tentar copiar outras bandas, mais especificamente o Metallica. Pra
eles, “Hail to the King” não passa de uma cópia do “Black Album”, de 1991. Mas
o único argumento é de que as musicas “lembram” Sad But True ou Wherever I May
Roam.
Lembram?
Usar outra banda como referencia não é copiar, chama-se influencia. Não é
cópia. Seria se as músicas fossem iguais, mas aqui não é o caso. O único erro
do Avenged aqui, talvez tenha sido não inovar. Em matéria do que já se conhece
de metal, “Hail to the King” não mostra nenhum novo elemento que possa ser
considerado algo inovador e criativo. Mas até que ponto isso é um defeito? Se a
intenção deles era fazer um bom disco de metal à moda antiga, eles conseguiram.
E isso é o que importa.
Nota: 7/10
Status: Bom
pra “banguear”
Faixas:
1. "Shepherd of Fire"
2. "Hail to the King"
3. "Doing Time"
4. "This Means War"
5. "Requiem"
6. "Crimson Day"
7. "Heretic"
8. "Coming Home"
9. "Planets"
10. "Acid Rain"
Nenhum comentário:
Postar um comentário