Muito obrigado à todos os leitores por mais um ano de confiança. Que o ano de 2017 seja repleto de alegria, amor e muito som. Que todos os seus sonhos se realizem. Feliz 2017!!!!!!
sábado, 31 de dezembro de 2016
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
Elvis Presley – The Wonder of You (2016):
Por Davi Pascale
The Wonder of You traz clássicos do rei do rock em novas versões.
Disco é continuação do bem sucedido If I
Can Dream e irá agradar a imensa legião de fãs do artista.
No ano passado, foi lançado If I Can Dream, onde vários clássicos
do rei ganharam uma nova roupagem com orquestração. É exatamente disso que se
trata The Wonder of You. Ele é meio
que um segundo volume. Inclusive a orquestra que o acompanha é a mesma, a Royal
Philharmonic Orchestra. Assim como no primeiro volume, as canções não foram
descaracterizadas. A que mais se distancia é “A Big Hunk O´ Love” que ganhou uma
nova introdução.
Sim, as vozes são de Elvis
Presley. Eles isolaram a voz do Elvis, retrabalharam os arranjos e depois
misturaram tudo. Trouxeram o Elvis para os anos 2000. Talvez alguns fãs mais
puristas fiquem bravos ao ler sobre, mas é certeza que aqueles que arriscarem à
ouvir irão mudar de opinião. O projeto é muito bem feito e muito respeitoso.
Vale lembrar, contudo, que mais
uma vez, as canções privilegiadas não são da fase rock n roll. Portanto não
espere por versões modernas de “Jailhouse Rock”, “Whole Lotta Shakin´ Goin´ On”,
“Tutti-Frutti” ou “Blue Suede Shoes”. O enfoque aqui são as canções românticas
e seu repertório gospel.
Por conta da tecnologia de hoje
ser mais avançada do que na época em que Elvis era vivo, as orquestrações ganham
mais vida, são mais bem definidas. A orquestração de “Memories” deu uma bela
encorpada. Ficou lindíssima,
por sinal. O mesmo acontece em canções como “I Just Can´t Help Believin´”
ou “The Wonder Of You”. Tenho certeza que o cantor ficaria orgulhoso.
Outra que foi levemente
modificada foi o clássico “Always On My Mind”. Assim como “A Big Hunk o´ Love”
sua introdução foi recriada. É verdade que mexer em clássicos é algo perigoso,
mas os músicos foram bem felizes. A versão final ficou muito bonita. Outros
grandes destaques ficam por conta de “Amazing Grace” e da divertida “I´Ve Got a
Thing About You Baby”.
Como nada é perfeito nessa vida,
cometeram, mais uma vez, o mesmo deslize do primeiro volume. Criaram um dueto
fake entre Elvis e um artista atual. Em If
I Can Dream, a bola fora era o Michael Bublé. Dessa vez, ficou por conta de
Helene Fischer. Uma cantora pop da Russia. A garota é bonita, canta bem, mas
essa ideia de forjar duetos, nunca me agradou.
The Wonder Of You demonstra que o repertório de Elvis não
envelheceu. Sua voz ainda impressiona e comove. Era impressionante a afinação,
a facilidade que tinha de trabalhar com diferentes gêneros e, principalmente,
de tomar a musica para si. Uma vez registrada na voz dele, dificilmente
lembrava-se do artista original. Salvam-se raríssimas exceções. Sem dúvidas, trata-se de um CD
bem bonito para ouvir com sua família na virada de ano. Fica a dica...
Nota: 9,0 / 10,0
Status: Excelente
Faixas:
01) A
Big Hunk O´ Love
02) I´ve Got a Thing About You Baby
03) Suspicious Minds
04) Don´t
05) I Just Can´t Help Believin´
06) Just Pretend
07) Love Letters
08) Amazing Grace
09) Starting Today
10) Kentucky Rain
11) Memories
12) Let It Be Me
13) Always On My Mind
14) The Wonder of You
15) Just Pretend (c/ Helene Fischer)
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
CPM 22 – Ao Vivo no Rock In Rio (2016):
Por Davi Pascale
Show do CPM 22 no Rock in Rio chega ao mercado em CD e
DVD. Apresentação traz performance redonda, repertório cheio de hits e banda
consagrada.
Existe muito fã de rock n roll
que não gosta de bandas radiofônicas, nunca tive problema com isso. Até porque
muitos dos artistas tidos como clássicos do rock também possuem uma sonoridade
comercial. Claro que não estou me referindo ao CPM como uma banda clássica, longe
disso, mas se aceitamos tal atitude da velha geração, por que tem de ser
diferente com a nova geração?
Não há nada de errado com o grupo
de Badauí. Fazem canções punk com um acento pop. Instrumental simples, porém
bem trabalhado. Ok, algumas letras poderiam ser melhores, mas isso não é
exclusividade deles... Para o bem ou para o mal, mesmo com todas as críticas
sofridas por um publico mais conservador e por críticos musicais, os caras
sobreviveram às mudanças de mercado e construíram uma carreira.
O show no Rock in Rio é a prova disso. 14 músicas, onde ao menos 10, são
conhecidas entre admiradores e detratores. Público com todas as letras na ponta
da língua e com uma empolgação fora do comum. Realmente, muito bacana ver o
grande publico apoiando a banda dessa forma em um evento desses. A reação da
galera em “Um Minuto Para o Fim do Mundo” é impressionante.
Claro que a resposta voltava-se
para os músicos que devolviam com o dobro de energia que costumam se
apresentar. O repertório está muito bem executado. Destaque vai para o trabalho
de bateria de Ricardo Japinha que demonstra ser um músico criativo. A parte de
guitarra e baixo destaca-se pela energia. As linhas são bem simples. Badauí
nunca foi dono de uma grande voz, mas está cantando melhor do que o costume.
Duas músicas do setlist ficaram
de fora do CD. Não sei se quiseram manter a tradição de 14 faixas, mas não
teria cortado “Ontem” do repertório final.
O cover do Ramones – “Sheena Is a Punk Rocker – ok, acaba funcionando
melhor no DVD mesmo, mas “Ontem” eu teria deixado no compact disc também. É uma
faixa marcante na trajetória dos garotos.
Os músicos falam pouco durante o
show. Quando falam, são os previsíveis agradecimentos ressaltando a importância
do festival e a felicidade de estarem tocando no mesmo palco onde grandes
monstros do rock já se apresentaram. Realmente, o festival já trouxe shows
históricos como Queen (nos tempos de Freddie Mercury), Whitesnake, Faith No
More (fase Real Thing) só para citar
alguns.
Ótimo trabalho de uma banda que
não tem medo de ser popular. Repertório bom, execução boa, qualidade de
gravação boa. Claro, se tua praia é heavy metal, não precisa perder seu tempo.
Caso contrário, vale conferir. Belo show! Simples, direto, com garra. Ouça!
Nota: 9,0 / 10,0
Status: Ótimo
Faixas:
01)
Regina Let´s Go
02)
O Mundo Dá Voltas
03)
Tarde de Outubro
04)
Dias Atrás
05)
Não Sei Viver Sem Ter Você
06)
Atordoado
07)
Vida ou Morte
08)
Um Minuto Para o Fim do Mundo
09)
Irreversível
10)
Apostas & Certezas
11)
Não Vá Embora
12)
Inevitável
13)
Anteontem
14)
Desconfio
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
Vespas Mandarinas – A Man Without Qualities (2015):
Por Davi Pascale
Compacto do Vespas Mandarinas
resgata faixas obscuras e traz sonoridade bem diferente do seu debut Animal Nacional. Trabalho bem
bacaninha...
Desde que a Polysom resolveu resgatar
o bom e velho vinil que o pessoal resolveu fazer uma verdadeira viagem no
tempo. Atualmente, temos artistas brasileiros prensando seus discos em fitas
K7. Outro resgate bem interessante foi o do compacto. Nos anos 80, a galera
prensava compacto com as faixas de trabalho. Depois, pararam. O mais bacana
desse resgate é que grande parte dos compactinhos de hoje são formados com
canções inéditas. É exatamente esse o caso do Vespas Mandarinas.
Entre os fãs, é comum se
referirem à ele como O Ovo Enjaulado.
Muito provavelmente por conta da arte que estampa a campa do disco, mas não há
nenhuma faixa com esse nome por aqui. O formato optado foi o do compacto
simples. Ou seja, uma musica em cada lado. Alguns artistas, antigamente,
prensavam compacto duplo. Tratava-se de uma mídia apenas, porém, com duas
faixas em cada lado.
“Estrada Escura” é uma canção que
ficou de fora do seu debut. A faixa é boa, mas é bem diferente da sonoridade
tradicional do conjunto. Trata-se de uma balada psicodélica. Lembra um pouco o Oasis fase Standing On The Shoulder Of Giants. Ou
ainda, alguma faixa perdida da banda gaúcha Cachorro Grande.
O grande creme, contudo, é a
versão em inglês de “Um Homem Sem Qualidades” cantada pelo Mark Arm (Mudhoney).
O Vespas chegou a abrir um show do Mudhoney e convidou o músico para gravar a
versão em inglês da canção e ele topou.
A versão em inglês, contudo, não foi
escrita pelo Mark e, sim, pelo letrista do grupo Adalberto Rabelo Filho. Outra
curiosidade é que o baixo de “A Man Without Qualities” foi gravado pelo não
menos genial Lee Marcucci (Tutti-Frutti, Radio Taxi). A música ganhou uma
sonoridade mais crua, bem alternativo, nos remetendo direto à cena grunge.
Ficou bem interessante!
A Man Without Quailities ou O
Ovo Enjaulado, como queiram, é um trabalho simples, mas bem resolvido. O
Vespas Mandarinas fez um álbum de estreia bem interessante. Dessa galera que
faz um rock com um pé no mainstream foi o que se saiu melhor, nos últimos
tempos. Boas faixas, boas letras. Provavelmente, irei escrever sobre o Animal
Nacional e o DVD ao vivo deles daqui um tempo. De todo modo, como disse, as
faixas aqui fogem do som do debut. Portanto, mesmo se você não curtiu o disco
de estreia, vale uma checada.
Nota: 7,5 / 10,0
Status: Bom
Faixas:
01)
A Man Without Qualities
02)
Estrada Escura
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
Twisted Sister – Metal Meltdown: Live From The Hard Rock Casino Las Vegas (2016):
Por Davi Pascale
Twisted Sister lança novo DVD ao
vivo. Show, realizado em homenagem à A.J. Pero, é focado em clássicos e traz
banda transbordando energia. Mike Portnoy se mantém fiel às canções.
Em 20 de Março de 2015, os fãs do
Twisted receberam uma notícia que os deixaram chocados. Anthony Jude Pero, mais
conhecido como A.J. Pero, havia morrido de uma parada cardíaca aos 55 anos de
idade. Algumas semanas depois, mais precisamente em 07 de Abril de 2015, os
músicos anunciaram que fariam alguns shows em homenagem ao baterista e logo
depois embarcariam para sua última tour, Forty
And Fuck It. Quem ocuparia o lugar de Pero nessas apresentações finais
seria nada mais, nada menos do que o ex-Dream Theater, Mike Portnoy.
Esse DVD que chega agora ao
mercado é justamente o primeiro show dessa leva final. A apresentação foi
registrada no The Joint Hard Rock Hotel,
em Las Vegas. Na mesma noite, apresentaram-se Extreme, Great White e Skid
Row. Tudo que um fã de hard rock poderia querer...
Apesar de ter sido criado em
homenagem ao falecido músico, o show não tem um clima down. Mark Mendoza
continuava socando o baixo, Dee Snider pulando feito um louco de um lado para o
outro, gritando no microfone e chacoalhando a cabeça. Os guitarristas Eddie
Odeja e Jay Jay French são os que apareciam mais abalados. Apesar de não
falarem no assunto, era perceptível pelas suas expressões faciais que estavam
um pouco tristes. Moviam-se pouco, estavam mais sérios do que o de costume. As
músicas, contudo, eram executadas com a mesma garra de sempre.
O repertório é o típico
repertório do Twisted Sister. Iniciando com “What You Don´t Know” e “The Kids
Are Back” e encerrando com “S.M.F.”. Sem espaço para novidades ou lados B,
mandam clássicos atrás de clássicos: “Come Out And Play”, “Stay Hungry”, “Shoot
´Em Down”, “I Believe In Rock n´ Roll”, “We´re Not Gonna Take It”, “The Price”,
“I Wanna Rock”...
Mike Portnoy foi o escolhido para
completar a tour. Quem conhece seu trabalho ao lado do Dream Theater, ou ainda
com o Liquid Tension Experiment, sabe o quão fera esse cara é. Dono de uma
técnica absurda, Portnoy virou referência no instrumento. Depois que a banda de
James La Brie despontou com “Pull Me Under” todo mundo que comprava uma bateria
queria aprender algo do Dream Theater. Conseguir tocar uma música do cara era a
certeza de que estava no caminho certo no mundo da música.
O grande problema quando se
coloca um músico muito técnico em uma banda com uma sonoridade mais direta,
como o Twisted Sister, é que corre-se o risco do músico matar a essência do
conjunto. Isso não ocorre aqui, contudo. Assim como faz em seus projetos
covers, Portnoy se manteve fiel às canções, tocou do jeito como foram escritas.
Portanto, se você não curte prog metal, não precisa ficar com medo de adquirir
o novo trabalho.
A.J. Pero foi lembrado no show
com o número “A.J. Pero Tribute”, onde foi exibido nos telões um número solo do
musico. Atitude muito bacana. Além do show, o DVD traz um documentário de 90
minutos e o áudio do show em CD. Para mim, o único ponto baixo. Sim, gosto de
discos ao vivo e os considero uma boa banda nos palcos. O problema é que no CD,
todas as faixas acabam com fade out. Isso acaba tirando um pouco o brilho, para
mim.
Metal Meltdown é uma bonita
despedida da cena e uma bonita homenagem ao companheiro de longa data. A
apresentação do Extreme já foi lançada oficialmente e em breve estarei
comentando por aqui. Na torcida agora para lançarem os outros shows, em especial,
o do Skid Row. Será que lançam?
Nota: 9,0 / 10,0
Status: Fantástico
Faixas:
01) What
You Don´t Know (Sure Can Hurt You)
02) The
Kids Are Back
03) Stay
Hungry
04) The
Beast
05) Shoot
Em´ Down
06) You
Can´t Stop Rock n´ Roll
07) I
Believe In Rock n´ Roll
08) Under
The Blade
09) I´Am
(I´m Me)
10) We´re
Not Gonna Take It
11) The
Fire Still Burns
12) The
Price
13) Burn
In Hell
14) A.J.
Pero Tribute
15) I
Wanna Rock
16) Come
Out And Play
17) S.M.F.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
George Michael and Queen with Lisa Stansfield – Five Live (1993):
Por Davi Pascale
Ontem à noite, em pleno Natal,
recebemos uma das notícias mais tristes do ano. O astro pop George Michael
morreu aos 53 anos. A causa da morte não foi revelada. E, infelizmente, pode
ter sido qualquer coisa. O cantor tinha histórico de vida desregrada com aventuras
sexuais, bebidas e drogas. Entretanto, nada disso tira seu valor e seu inegável
talento na música. George foi um dos artistas pop que ganharam a admiração dos
roqueiros. Tanto entre os ouvintes, quanto entre os músicos. Não poderíamos
deixar de fazer nossa homenagem ao rapaz.
Considero Listen Without Prejudice sua grande obra-prima, contudo, para
aqueles que não estão muito acostumados com a sonoridade pop ou que questionam
seus dotes vocais, esse EP acaba sendo uma grande porta de entrada. Em 19 de
Abril de 1993 chegava às lojas Five Live.
Disco muito aguardado entre muitos pois, finalmente, seria lançado oficialmente
sua tão falada participação no show tributo ao Freddie Mercury.
O concerto foi realizado em 20 de
Abril de 1992. Aproximadamente, 5 meses após a morte do emblemático cantor do
Queen. Grandes nomes do rock e do pop celebraram a obra de Freddie Mercury em
uma histórica apresentação no Wembley Stadium. Entre eles; Axl Rose, Metallica,
Extreme, Annie Lennox, Seal, mas quem chamou a atenção mesmo foi George
Michael. Contando apenas com 29 anos nas costas, o cantor optou por interpretar
“Somebody To Love”, uma faixa extremamente difícil e, mesmo assim, brilhou no
evento. Além de ser super afinado, conseguiu reproduzir o dificílimo falsete no
fim da canção.
Era comum em determinado momento
do show rolarem alguns duetos. O cantor britânico dividiu os microfones com a
cantora Lisa Stansfield em “These Are The Days Of Our Lives”. Mais uma vez,
funcionou incrivelmente bem. Ambas as versões, entraram no CD. No dia, ainda
teve mais uma que ficou de fora, “39”, originalmente cantada por Brian May. Quem
sabe não lançam um dia?
Em 1991, George Michael lançou
sua turnê Cover to Cover, onde
misturava canções de seu repertório com suas músicas preferidas. A turnê passou
pelo Brasil, como parte da segunda edição do Rock In Rio. O EP foi concluído com 3 faixas dessa turnê. De quando
ele se apresentou no mesmo Wembley Stadium, mais precisamente no dia 22 de
Março de 1991. As escolhidas da vez foram “Killer” (Adamski), “Papa Was a
Rolling Stone” (Temptations) e “Calling You”, trilha sonora do filme Bagddad Café. O medley de “Killer/Papa
Was a Rolling Stone” ganhou uma versão editada e foi transformada em um single
de bastante sucesso.
Five Live teve grande repercussão e conseguiu atingir a marca de
5.000.000 de discos vendidos. Nenhum músico viu um tostão sequer. Todo o
dinheiro arrecadado com as vendas desse material foi destinado à Mercury Phoenix Trust, entidade criada
pelos músicos do Queen para ajudar no combate à Aids.
Algumas edições receberam uma
sexta faixa, “Dear Friends”. A música já era conhecida entre os fãs do Queen,
faz parte do clássico Sheer Heart Attack,
e acredito que tenha entrado aqui pela mensagem da letra. A versão era a mesma.
Em relação ao George Michael... É
inegável seu talento, uma das vozes mais afinadas, além de ser um artista extremamente versátil, com arranjos de uma qualidade ímpar. Também é inegável a influência que tinha no mundo da
música. Entre seus admiradores estavam gente do porte de Elton John, Paul McCartney, Paul Stanley, Queen... Esqueça esses posts do tipo ‘gênio coisa nenhuma’, ‘agora todo mundo é
fã’ e outras babaquices e dê uma chance à um dos grandes talentos do universo
pop. Agora não é hora de diminuir o trabalho do cara. Pelo contrário, é hora de
celebrar sua arte...
Nota: 10,0 / 10,0
Status: Excelente
Faixas:
01)
Somebody to Love
02)
Killer
03)
Papa Was a Rollin´ Stone
04)
These Are The Days of Our Lives with Lisa
Stansfield
05)
Calling You
06)
Dear Friends
domingo, 25 de dezembro de 2016
Brian Setzer Orchestra – Rockin´ Rudolph (2015):
Por Davi Pascale
Hoje é Natal!!! E, como de
costume, trago uma dica para alegrar suas festas com álbuns de primeiríssimo
nível. A dica, dessa vez, é um álbum gravado pelo Brian Setzer Orchestra. Recheado
de rock e jazz, o disco vai deixar seu Natal mais feliz.
Adquiri esse CD meio por acaso.
Foi mais um daqueles discos que trouxe da minha recente viagem. Quando visitei
a Best Buy, no ultimo Novembro,
haviam vários discos de Natal em oferta. Como sei que vários artistas do rock
fazem esse tipo de registro, dei uma checada. Dito e feito. Encontrei dois CDs
do gênero que não conhecia. Um registro do Train e esse do Brian Setzer.
Para quem não associou o nome à
pessoa, Brian Setzer era o líder do Stray Cats. Aquele grupo que invadiu as
rádios nos anos 80 com canções de rockabilly como “Rock This Town” e “Stray Cat
Stuff”. Esse trabalho, contudo, está com uma pegada mais jazz. Aquela
sonoridade bem típica de Natal norte-americano.
O repertório é extremamente
agradável. Quem já ouviu algum disco do gênero, certamente, identificará várias
das canções apresentadas aqui. Não se trata de um trabalho autoral.
Simplesmente, criou releituras para canções natalinas. Aqui no Brasil, não foi
criado esse costume, mas nos Estados Unidos essas músicas são tão parte do
Natal, quanto montar uma árvore de Natal.
Uma pena que não exista esse
costume por aqui. As canções são alegres, quase sempre com uma mensagem bonita
por trás. Embora seja conhecido por ser um cantor de rock, Setzer sai bem na
interpretação vocal. As faixas escolhidas casaram bem em sua voz. Em especial; “Here
Comes Santa Claus” e “Have Yourself a Merry Little Christmas”.
Também há espaço para algumas canções
instrumentais, presentes na segunda metade do disco. As faixas são bonitas,
mantém o espírito natalino de paz e alegria. A produção do disco ficou nas mãos
de Peter Collins. Renomado produtor que já trabalhou com nomes como Alice
Cooper, Rush, Queensryche e Suicidal Tendencies. Apesar do currículo, o rapaz
conseguiu manter o espírito do projeto.
O lado rockabilly de Setzer está
mais sutil, mas aparece em algumas canções. Para ser mais preciso em “Rockabilly
Rudolph” e “Rockin´ Around The Christmas Tree”. O ponto alto do disco, contudo,
fica por conta da jazzy “Yabba-Dabba Yuletide”. Uma genial paródia criada em
cima de “Flinstones Theme Song”. Sim, é isso mesmo que você está imaginando. O
cara criou uma música de natal em cima do tema do Flinstones. E, de boa, ficou
genial!
Rockin´ Rudolph é muito bem feito. Muito bem gravado, muito bem
cantado e muito bem tocado. E o mais bacana de tudo, resgata direitinho o clima
natalino. Disco muito bacana para deixar rolando durante a reunião de família.
Fica a dica!
Nota: 9,0 / 10,0
Status: Divertido
Faixas:
01)
Rockin´ Around The Christmas Tree
02)
Yabba-Dabba Yuletide
03)
Most Wonderful Time Of The Year
04)
Rockabilly Rudolph
05)
Here Comes Santa Claus
06)
Have Yourself a Merry Little Christmas
07)
Swingin´ Joy
08)
Carol Of The Bells
09)
Little Jack Frost
10)
Hark! The Herald Angels Sing
11)
O Little Town of Bethelehem
12)
Yabba-Dabba Yuletide (Extended)
sábado, 24 de dezembro de 2016
Notícias do Rock
Por Davi Pascale
Hoje é véspera de Natal. Amanhã farei um post relacionado ao tema. Enquanto o post não vem, trago para vocês, alguns dos principais acontecimentos da ultima semana. Fiquem com mais uma edição do Notícias do Rock. Ho, ho, ho... Feliz Natal!!!
O lendário grupo Judas Priest
está em estúdio preparando o sucessor de Redeemer
of Souls. Enquanto o disco novo não vem, os músicos reeditam o polêmico Turbo. Assim como a recente reedição de
Defenders Of The Faith, o CD será
triplo e trará como bônus um show da turnê. Nesse caso, a apresentação de
Kansas City. Muito bacana...
Como de costume, o Rock n Roll
Hall of Fame lançou uma votação para que o público escolhesse um dos artistas a
serem premiados em 2017. As opções eram Pearl Jam, Cars, Yes, Electric Light
Orchestra e Journey. O grupo de Neal Schon venceu.Vamos ver como fica a história agora. A premiação tem
mania de homenagear somente a formação original. No caso do Journey, a fase
mais amada é a do Steve Perry. E aí? Irão ignorar o trabalho de Fleischman? De
Perry? Bem, certeza que Augeri e Pineda estarão fora da premiação, o que
considero uma pena... Parabéns à banda, contudo!
Morre musico do Status Quo
Essa manhã recebemos a notícia de
que Rick Parfitt, guitarrista do Status Quo, morreu. O musico, presente desde o
início, havia sido internado em um hospital da Espanha para tratar de um
machucado no ombro e acabou contraindo uma infecção. Seu estado de saúde,
contudo, era delicado. O músico já tinha vencido um câncer na garganta e tinha
4 stents no coração. Descanse em paz!
Sepultura lança música nova
O maior grupo de heavy metal do
Brasil, acaba de lançar sua nova música. A faixa estará presente em Machine Messiah, seu décimo quarto
álbum de estúdio que chega às lojas dia 13 de Janeiro via Nuclear Blast. O
guitarrista Andreas Kisser declarou em recente entrevista à Metal Hammer que o
disco trata sobre a robotização da sociedade. Confira a faixa a seguir...
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
Toto – Live At Montreux 1991 (2016):
Por Davi Pascale
Show raro do Toto chega ao Brasil
pela Som Livre. Material, lançado em CD e DVD, traz o grupo em época delicada,
mas com o profissionalismo de sempre.
Início dos anos 90 foi uma época
delicada para a galera do Toto. Joseph William saiu da banda. Na época, os
integrantes queriam trazer Bobby Kimball de volta, mas a gravadora insistiu que
contratassem Jean-Michael Byron, um cantor sul-africano. A parceria durou
pouco. Os músicos não aguentaram os ataques de estrelismo de Byron e demitiram
o rapaz. O guitarrista Steve Lukather resolveu assumir temporariamente o vocal.
Foi nessa época que o registro ocorreu.
Quando realizaram essa
apresentação em Montreux, o álbum Kingdom
of Desire estava sendo preparado. Os músicos optaram por demonstrar algumas
músicas em primeira mão. As escolhidas foram a faixa-título e a instrumental
“Jake To The Bone”. Essa conta com uma pegada meio jazz, bastante quebrada de
tempo, serve para demonstrar todo o potencial dos músicos. O Toto sempre
trabalhou com músicos de primeiro nível. Conforme esperado, os caras arregaçam.
O primeiro LP do grupo – Toto (1978) – contava com 6
integrantes. Nesse show, estavam reduzidos à um quarteto: Mike Porcaro
(baixo), Jeff Porcaro (bateria), David Paich (teclado) e Steve Lukather
(guitarra). Para cair na estrada, contrataram um percussionista e 3 backing
vocals (2 garotas e um rapaz). Anos 80 e 90 era comum, os artistas utilizarem backing
no palco. Eric Clapton, Rolling Stones e Phil Collins são ótimos exemplos.
O setlist é curto. 8 faixas em um
pouco mais de uma hora de show. Dos hits, apenas 3 aparecem por aqui: “Rosanna”,
“I´llbe Over You” e “Africa”. Ou seja, somente aquelas que foram realmente um
marco na trajetória dos rapazes. Por incrível que pareça, “Hold The Line” ficou
de fora. “Africa” foi cantada pelo tecladista David Paich e Fred White, um dos backings.
No resto do espetáculo, quem
assume os vocais é o guitarrista Steve Lukather. Foi ele, inclusive, quem
assumiu o vocal no trabalho seguinte. Steve demonstrou ser um bom vocalista,
afinado e seguro, mas é nas guitarras mesmo que ele chama a atenção.
Principalmente, na versão de “Red House”, canção de Hendrix que o rapaz dedicou
aqui à Stevie Ray Vaughan. Famoso guitarrista que havia morrido à pouco menos
de um ano.
Mais uma tragédia ocorreria um
pouco tempo. Marcante, principalmente, para os fãs de Toto. O baterista Jeff
Porcaro seria encontrado morto em 5 de Agosto de 1992, vítima de uma overdose
de cocaína. Portanto, esse show acaba sendo meio essencial na coleção dos fãs.
Afinal, é uma das últimas apresentações ao lado do músico.
Embora todos sejam excelentes
instrumentistas, quem rouba a cena mesmo, nessa apresentação, é o guitarrista Steve
Lukather e o tecladista David Paich. Assisti-los com atenção é o mesmo que ter
uma aula de música. Não é brincadeira o que esses caras tocam e os dois estavam
inspiradíssimos nessa noite.
Toto Live At Montreux 1991 não é uma fita greatest hits live. Contudo, chama atenção pela qualidade da
performance e conta com um bom repertório. Fita recomendada não apenas aos fãs
do conjunto, mas aos fãs da boa música em geral.
Nota: 10,0 / 10,0
Status: Profissional
Faixas:
01)
On The Run
02)
Kingdom of Desire
03)
I´ll Be Over You
04)
Africa
05)
Take To The Bone
06)
Red House
07)
Rosanna
08)
I Want To Take You Higher
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Skid Row – Under The Skin: The Making of Thickskin (2003):
Por Davi Pascale
Under The Skin marca recomeço do Skid Row. Vídeo é curto e mostra
músicos bem-intencionados, com gana de seguir em diante.
Sim, eu sei. Sebastian Bach era a
cara do grupo e grande parte de seus fãs sentem sua falta. Indiscutível. Ainda
assim, a trupe do Skid Row vem fazendo um trabalho digno. Se por um lado, não
resgata a magia do passado; de outro, está acima do que boa parte das bandas
fazem atualmente. Posso dizer isso sem medo porque tive a oportunidade de
assisti-los mês passado e o show me surpreendeu.
O vocalista aqui não era nem o
Tony Harnell, nem o Sebastian Bach e nem o ZP Theart. O responsável por assumir
a bronca, nessa época, era o Johnny Solinger. Um vocal que sempre dividiu opiniões.
Realmente, o alcance dele era um pouco mais baixo do que o dos outros caras,
mas eu curtia seu trabalho vocal. Tinha um bom timbre. Meio rasgadão. Nas
músicas mais pesadas, em alguns momentos, ele me lembrava o John Bush
(Anthrax). Aparentemente, a intenção dos músicos era se desligar do passado. Se
era isso, conseguiram. Não apenas o vocal era diferente, como a banda seguia
por outros caminhos.
O show que assisti recentemente
foi bem nostálgico. Me senti de volta à 1993. Parece que as músicas dessa
segunda fase ficaram para trás. Claro que para nós, fãs, é genial a sensação de
voltar no tempo, mas se fosse músico da banda, insistiria em alguns sons da
fase mais atual. Os discos mais recentes têm boas músicas. Em especial, o Thicksin, que era o trabalho que
estavam lançando nessa época.
O curta mostra a banda nesse
período. Explicam a ideia do retorno, a busca pelo novo vocalista, trazem
alguns trechos de shows e das gravações do então novo álbum. Apenas 2 músicas
estão na íntegra – “Thick Is The Skin” e “One Light”. Clipes criados com imagem
a partir da gravação do CD. Interessante!
A ideia da fita é seguir o padrão
dos VHS´s dos anos 80. Ou seja, trata-se do que era chamado de homevideo. Um filme
curto – nesse caso, aproximadamente 50 minutos – com depoimentos dos músicos,
cenas de bastidores, filmes caseiros, cenas engraçadas. Não é um documentário
realizado com a intenção de explicar a trajetória e, sim, mostrar o que a banda
é naquele momento. Como o vídeo não é muito longo, acaba sendo interessante de
assistir.
Era possível notar que os dias de
glória, infelizmente, haviam ficado para trás. Os shows eram realizados em
locais pequenos, os ensaios em lugares minúsculos. É nítido que a ideia de
recomeço reapareceu em todos os sentidos. Legal que os músicos não deixaram se abalar com a situação...
A única frustração veio nos
extras. A ideia é bacana. Entra uma imagem do grupo na tela, você clica em um
integrante e aparece algo relacionado à aquele integrante. O mais bacana foi o
do guitarrista Dave Snake Sabo com um solo inspirado no meio de “Beat Yourself
Blind”. Phil Varone colocou imagens dele gravando uma música do novo álbum. A
ideia é legal, mas não tem o músico indo e voltando e a linha de bateria é bem
simples. Não é algo tão curioso assim. Solinger poderia ter optado por algo
mais bacana do que mostrar ele cozinhando ao som de uma música mexicana. Fala
sério...
Under The Skin, certamente, não tem a mesma magia de Oh Say Can You Scream ou Roadkill, mas diverte. Ainda estou esperando por um DVD ao vivo desses caras, Para assistir de
forma despretensiosa...
Nota: 7,0 / 10,0
Status: Agradável
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
Heart – Live At The Royal Albert Hall With The Royal Philharmonic Orchestra (2016):
Por Davi Pascale
Ann e Nancy Wilson lançam novo
DVD ao vivo. Misturando novas e velhas canções, as irmãs renovam o seu material
ao dividir o palco com uma orquestra.
Já perdi as contas de quantas
vezes a galera do Heart colocou um DVD ao vivo no mercado. Seus fãs estão muito
bem abastecidos de imagem da banda. Pelo menos, em relação à essa nova fase.
Esse novo vídeo ganha um diferencial ao contar com a participação da Royal
Philharmonic Orchestra em metade do set. Exatamente, não é em todo o show.
As garotas abrem a apresentação
com o rock “Magic Man” e, logo em seguida, chamam a orquestra ao palco. Uma
pena que tenham optado por realizar apenas metade do show dessa forma. E uma
pena que não tenham seguido uma sugestão do maestro. Durante um bate papo com a
dupla, o rapaz sugeriu que fizessem juntos uma versão de “Stairway to Heaven”.
Elas negaram porque afirmaram que já constava no set um cover do Led no bis.
Caramba, essas chances não se perdem. O resultado teria ficado sensacional.
Algumas músicas ficaram
interessantíssimas ao lado da orquestra. Os grandes destaques ficam por conta
de “Dreamboat Annie”, “Sweet Darlin´”, “These Dreams” e “Alone”. Outra que
ficou lindíssima foi a versão que fizeram de “Two”, uma canção do Ne-Yo, na voz
de Nancy Wilson. Embora não seja muito comentado seus dotes vocais, a moça
conta com uma ótima voz e é extremamente afinada. A música ficou lindíssima na
sua interpretação.
Ann Wilson continua debulhando
nos vocais. Impressionante a força que ainda tem na voz, as notas que consegue
atingir. Nancy continua mandando super bem nos violões. Perceptível,
principalmente, na execução de “Silver Wheels”. Não é segredo para ninguém que
as duas são grandes fãs do Led Zeppelin, portanto, não me estranhou os segundos
de “Babe, I´m Gonna Leave You” inseridos no meio da canção.
Como disse, elas comentaram com o
maestro que tocariam um som do Zeppelin. E assim foi... A escolhida da vez foi
o clássico “No Quarter” e, mais uma vez, ficou espetacular. Não sei como elas
ainda não gravaram um álbum tributo ao Led Zeppelin ainda.
O setlist passa por todas as
fases da banda. “Barracuda” e “Crazy On You” nos remetem aos primórdios. Antes
da fase comercial que é tão conhecida aqui no Brasil. A galera que começou a se
ligar nelas nos anos 80, irá delirar com “What About Love” e “These Dreams”.
Também vale se ligar na já citada “Sweet Darlin´”, uma canção de Bebe Le Strange que ganhou uma nova
releitura no último disco do grupo, Beautiful
Broken. Ficou bem interessante. A fase mais recente é resgatada em “Mashallah”
e “Sand”.
A apresentação é extremamente
profissional. Os músicos que estão por trás são de primeira. A produção de palco
é lindíssima. A parte com a orquestra ficou sensacional. Tem muita banda de
rock que quando se aventura nesse universo, o som fica meio embolado. Com elas,
isso não aconteceu. Os arranjos estão muito bem resolvidos. E, como disse, as
duas estão em grande forma. Vídeo excepcional!!!
Nota: 9,0 / 10,0
Status: Profissional
Faixas:
01)
Magic Man
02)
Heaven
03)
Dreamboat Annie
04)
What About Love
05)
I Jump
06)
Sweet Darlin´
07)
Two
08)
These Dreams
09)
Alone
10)
Beautiful Broken
11)
Mashallah!
12)
Silver Wheels / Crazy On You
13)
Sand
14)
No Quarter
15)
Barracuda
16)
Kick It Out
Extra: Entrevista com Ann e Nancy Wilson
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
Motley Crue – The End Live In Los Angeles (2016):
Por Davi Pascale
Motley Crue lança novo material
ao vivo para celebrar fim de sua trajetória. Repertório é focado nos clássicos
e emociona os antigos fãs.
Esse não é o primeiro álbum ao
vivo do Motley Crue. Se não me engano, é o terceiro. Mesmo assim, esse ítem é
indispensável na coleção dos seus seguidores. Afinal, trata-se do show de
despedida dos garotos. Algo que é sempre marcante para aqueles que acompanharam
o conjunto durante tanto tempo.
O repertório não é tão extenso
quanto do DVD anterior, é mais enxuto. Entretanto, aquelas músicas que marcaram
a carreira deles, estão quase todas aqui. O set foca no período clássico. Ou seja,
entre 81-89, para ser mais específico do debut Too Fast For Love ao clássico Dr.
Feelgood. Não há músicas inéditas, nem nenhuma música do trabalho que
gravaram ao lado do John Corabi.
Para quem viveu os anos 80, a
escolha não poderia ser melhor. Do início com “Girls, Girls, Girls” até o final
com “Home Sweet Home” são vários flashes, várias lembranças. Absolutamente
nostálgico!
A qualidade de gravação é ótima.
Tanto a qualidade de som quanto a qualidade de imagem estão excelentes. Há
algumas correções de estúdio, mas não chega a ser algo tão descarado. Os
músicos optaram por deixar alguns erros. Em uma audição mais atenta, pegamos
algumas atravessadas de Tommy Lee. Também fica claro a dificuldade de Vince
Neil em cantar algumas músicas como “Shout At The Devil”, mas nada que tire o
encanto ou que frustre.
Banda foca nos clássicos |
Para aqueles que, assim como eu,
tiveram a oportunidade de conferir a apresentação da banda no Rock in Rio, o DVD é uma recordação e
tanto. Embora a performance seja a de Los Angeles, terra natal dos músicos, o
repertório é bem similar. O show é bem parecido. Inclusive, com a participação
das dançarinas. Aliás, muito bacana ver o Tommy Lee citando o show do Rio de Janeiro como um de seus momentos favoritos na turnê.
A ideia de colocar um trecho de “Mas
Tequila” dentro de “Smokin´ In The Boys Room” foi genial e funcionou
incrivelmente bem. Nikki Sixx e Tommy Lee ainda demonstram uma energia fora do
comum. Honestamente, acho que eles ainda tinham gás para seguirem por mais
alguns anos. Contudo, temos que respeitar a posição dos músicos. Na entrevista me pareceram meio desiludidos, meio cansados com a ideia de tocar as mesmas musicas toda turnê.
O CD traz o show quase que na
integra. Somente os números solos foram deixados de fora. Realmente, na
necessidade de ter que arrancar alguma música, essa acaba sendo a mais sensata.
Não há dúvidas de que é mais divertido assistir um número solo do que ouví-lo. Principalmente, o solo de Tommy Lee com a bateria acoplada em uma montanha russa. Simplesmente animal!
Clássicos como “Wildside”, “Same
Ol´ Situation”, “Looks That Kill”, “Kickstart My Heart”, “Primal Scream” e “Live
Wire” soam absolutamente explosivas. Claro que há alguns momentos em que sentimos
o peso da idade, principalmente nos vocais de Vince Neil, mas estão longe
de soarem uma banda sem gás, decadente, em estágio final. Pelo contrário, estão com uma ótima energia. O final com "Home Sweet Home" sendo executada em um palco no meio da galera é, no mínimo, emocionante.
The End – Live In Los Angeles é um trabalho essencial não somente
na coleção dos fãs de Motley Crue, mas na coleção dos fãs de hard rock em
geral. Divertido, nostálgico, para cima, em uma expressão: rock n roll.
Indispensável!
Nota: 10,0 / 10,0
Status: Espetacular
Faixas:
01)
Girls, Girls, Girls
02)
Wildside
03)
Primal Scream
04)
Same Ol´ Situation
05)
Don´t Go Away Mad
06)
Rock n Roll Party II / Smokin´ In The Boys Room
07)
Looks That Kill
08)
Mutherf***** Of The Year
09)
In The Beginning / Shout At The Devil
10)
Louder Than Hell
11)
Drum Solo*
12)
Guitar Solo*
13)
Saints Of Los Angeles
14)
Live Wire
15)
T.N.T / Dr. Feelgood
16)
Kickstart My Heart
17)
Home Sweet Home
18)
Interviews With Motley Crue*
19)
Nikki´s Flamethrower Bass*
20)
Tommy´s Drum Rig*
*Material presente somente no
vídeo
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