segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Discografia comentada: Amaranthe

Por Rafael Menegueti

O sexteto sueco Amaranthe: dividindo opiniões na cena metal
A banda sueca Amaranthe é uma das grandes revelações do metal atual. Mas nem todos pensam assim. Com um estilo mais comercial de fazer música, a banda gera reações diversas entre os ouvintes e fãs do gênero. Enquanto uns curtem a ousadia no som do grupo, outros o acham mais uma jogada de gravadora para atrair público e vender discos. Honestamente, penso que há um pouco dos dois no meio. Ao mesmo tempo em que o grupo me agrada por possuir uma proposta diferente e ousada, misturando metal com musica pop e elementos eletrônicos, não consigo deixar de pensar que exista uma certa influencia de terceiros para que a banda possua esse ar comercial que muitos adoram criticar. Eu particularmente não vejo nada de errado nisso. Para entender melhor o grupo, que acaba de anunciar seu terceiro disco para outubro, confiram uma breve analise de seus dois primeiros trabalhos já lançados:

Amaranthe (2011)


O primeiro álbum da banda ilustra bem o que a banda propõe. Faixas pesadas, mas que são enfeitadas com arranjos feitos por teclados e sintetizadores. O dos seis integrantes, três são vocalistas, cada um colocando uma característica diferente ao som da banda. Jake E é a voz masculina limpa, com um estilo mais próximo de bandas de rock mais populares do que para o metal, mas que casa bem com a banda. Andy Solvestrom faz os vocais guturais, que dão um peso maior a música, e ajudam a quebrar a aparecia de metal pop das canções do grupo. E Elize Ryd se mostra como o maior talento do grupo, com seu excelente vocal, digno de fazer sucesso em qualquer estilo. As músicas da banda são agradáveis e fáceis de ouvir. Em seu primeiro trabalho a banda mostra que tem talento para compor, e é inovadora e atual. Deixou em seu debut a expectativa do que podeira vir depois. Se eles conseguiriam fazer um segundo trabalho do mesmo nível.


The Nexus (2013)



Se o Amaranthe já gerou polêmica com seu primeiro trabalho, com o segundo não seria diferente. Até porque a banda escolheu não mexer no time que estava ganhando. Lançou um disco que é a perfeita continuação de sua proposta, sem grandes mudanças. Seguem sendo ingredientes do som do grupo a mistura entre o peso e acessibilidade do pop. Muitos sintetizadores e riffs de guitarra ousados e agressivos. Sem falar no contraste de estilos dos vocais, outra marca da banda. O disco mostra um avanço em relação ao primeiro nas composições. A banda parece mais madura, mais habituada à própria proposta. Isso deixou as músicas ainda mais legais. Um disco que definitivamente provou o potencial da banda, e chutou pra escanteio a idéia de que eles seriam uma banda passageira.


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