quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Lynch Mob – Rebel (2015):



Por Davi Pascale

O Lynch Mob acaba de lançar mais um trabalho pelo selo Frontiers. Depois de idas e vindas, parece que o grupo veio para ficar. Rebel deve agradar os fãs da banda mantendo a sonoridade hard costumeira, agora, com uma dose extra de peso.

Desde que retornaram à ativa com o EP Sound Mountain Sessions (2012), o quarteto vem mantendo uma regularidade nos lançamentos de uma forma que nunca havia ocorrido em sua carreira. Infelizmente, a troca de lineups continua. Se bem que os músicos envolvidos nesse novo álbum devem agradar aos fãs.  Brian Tichy substitui Scott Coogan. Em seu currículo, estão trabalhos ao lado de Derek Sherinian, Billy Idol, Gilby Clarke, além de ter sido parto do Pride & Glory (trio capitaneado por Zakk Wylde). Para as 4 cordas, no lugar de Kevin Baltes, temos Jeff Pilson, músico que acompanhava George Lynch no Dokken. Oni Logan continua comandando os vocais.

As características principais do som deles continuam intactas. Oni Logan continua cantando para cima, linhas extremamente melódicas. George Lynch continua com seus solos técnicos. Aquela pegada mais funkeada, meio blueseira, também dá as caras por aqui. Entretanto, o grupo está com uma sonoridade um pouco mais pesada, um pouco mais suja. Graças à mixagem moderna de Chris “The Wizard” Collier.

Faixas como “Between The Truth And Lie”, “Jelly Roll” e “War” apostam em sua sonoridade clássica e poderiam estar no setlist de seus dois primeiros álbuns (ainda os favoritos dos fãs). “Pine Tree Avenue” traz um hard rock mais funkeado. Uma mistura entre Extreme e Badlands. “Kingdom of Slaves” traz uma influencia de heavy metal nos arranjos. A frase de guitarra nos versos e a bateria arrastada nos remetem ao velho Sabbath. A balada “The Ledge” traz uma forte influência de 70´s.

George Lynch e Oni Logan seguem em frente com Lynch Mob

De um modo geral, o que temos são os rapazes dando uma atualizada na sua velha sonoridade. Algo que fica perceptível em faixas como “Automatic Fix” e “Testify”. Embora o timbre das guitarras esteja um pouco mais sujo do que o de costume, não demora para que nos lembremos dos tempos de “Hell Child” e “Jungle of Love”. A exceção é “Sanctuary” que está mais para Dokken nos tempos de Shadowlife do que para Lynch Mob. Mesmo assim, a faixa é ótima.

Existem muitos grupos que quando retornam à ativa, não conseguem manter o brilho de outrora. Essa máxima, certamente não vale para o Lynch Mob. Ainda que Wicked Sensation ainda seja meu álbum favorito do grupo californiano, não dá para reclamar da qualidade de seus ótimos discos. Mais uma vez, os músicos nos brindam com um álbum cativante e empolgante. Discaço!

Nota: 8,0/10
Status: Empolgante

Faixas:
      01)   Automatic Fix
      02)   Between The Truth And a Lie
      03)   Testify
      04)   Sanctuary
      05)   Pine Tree avenue
      06)   Jelly Roll
      07)   Dirty Money
      08)   The Hollow Queen
      09)   The Ledge
      10)   Kingdom of Slaves 
11)   War