terça-feira, 11 de novembro de 2014

Sebastian Bach – Give ´Em Hell (2014):





Por Davi Pascale

Sebastian Bach chega ao seu terceiro disco de inéditas. Em seu novo álbum, aposta em uma sonoridade pesada e moderna. Contando com ótimos músicos de apoio, o vocalista entrega trabalho inspirado para quem não vive do passado.

O que mais tenho lido por aí é que o disco é fraco, que as vendas estão baixas e não poderiam ser diferentes. Honestamente? Não tenho a mínima idéia de como estão as vendas porque não trabalho nem para o Sebastian, nem para a Frontiers. E também não acho que venda esteja diretamente relacionada à qualidade. Se isso fosse verdade, Lucas Lucco e Valeska Popozuda seriam artistas incríveis. Entretanto, musicalmente falando, Give ´Em Hell é um puta disco. Bem tocado, bem cantado, bem arranjado, bem produzido.

Contudo, para apreciá-lo, é necessário ter algo em mente: ele não pertence mais ao Skid Row. Você não encontrará aqui aqueles arranjos alegres de “Big Gun” e “Here I Am”, nem aquelas baladas chorosas no estilo de “In A Darkened Room”. Se é isso que você espera, passe longe. O novo trabalho, se tivesse que relacionar com algo do Skid Row seria com o Subhuman Race. Com sonoridade mais sombria, afinação lá embaixo, vocal rasgado. Mesmo assim, como disse anteriormente, a mixagem aponta para algo mais moderno.


Ex-Skid Row entrega álbum pesado e moderno


E, esse encontro com uma sonoridade mais atual, acredito que tenha sido proposital. Afinal, embora traga velhos conhecidos da sua geração como Steve Stevens (Billy Idol) e Duff Mckagan (Guns n´ Roses), também aposta em nomes como John 5 (Marilyn Manson, Rob Zombie), Devin Bronson (Avril Lavigne), além da produção de Bob Marlette (Seether, Black Stone Cherry).  O baterista continua sendo Bobby Jarzombek, mais conhecido por seu trabalho ao lado do Riot e de Halford. Ou seja, pelos nomes escolhidos, tudo me leva a crer que ele já tinha em mente essa pegada mais moderna, quase industrial por oras.

O Skid Row ficou conhecido por suas baladas. Há algumas delas aqui, mas nenhuma que prometa se tornar o novo hino do rapaz. Embora costume gostar de suas baladas, achei elas o ponto baixo desse disco. Os grandes destaques ficam mesmo por conta de porradarias como “Hell Inside My Head”, “Harmony”, “Temptation” e “Taking Back Tomorrow”. Há ainda uma curiosa versão de “Rock n´ Roll Is a Vicious Game” do April Wine que quebra um pouco o clima do disco com uma sonoridade mais classic rock.

Sua voz não tem mais a força que tinha em Slave To The Grind, mas não decepciona. Ao menos, em disco. Quem curtiu o trabalho vocal que fez em Angel Down e Kicking And Screaming, tem de tudo para curtir o trabalho vocal desse disco. Esqueça as criticas negativas que você tem lido por aí e dê uma chance ao disco. Particularmente, achei um trabalho incrivelmente bem feito e superior ao Kicking And Screaming, do qual não me lembro de ter lido críticas tão pesadas...

Nota: 8,5 / 10,0
Status: pesado e moderno

Faixas:
      01)   Hell Inside My Head
      02)   Harmony
      03)   All My Friends Are Dead
      04)   Temptation
      05)   Push Away
      06)   Dominator
      07)   Had Enough
      08)   Gun To a Knife Fight
      09)   Rock n Roll Is a Vicious Game
      10)   Taking Back Tomorrow
      11)   Diesengaged
      12)   Forget You