sexta-feira, 2 de maio de 2014

Discografia comentada – Atreyu

Por Rafael Menegueti

Dentre as bandas de metalcore norte-americanas que surgiram nos anos 2000, uma das menos conhecidas por aqui é o Atreyu. A banda investe em uma sonoridade que mistura influencias de hard rock dos anos 80, hardcore e metal, em um estilo único. A banda, no entanto, entrou em hiato no final de 2011. Enquanto seus integrantes se aventuram em projetos paralelos, confira uma analise dos seus trabalhos de estúdio.

Os californianos do Atreyu
Primeiros EPs (“Visions” e “Fractures In The Façade Of Your Porcelain Beauty”)

Ainda como um grupo independente a banda lançou dois EPs. “Visions” foi lançado em 1999 e tinha sete faixas, o disco foi vendido apenas em shows da banda. É o único trabalho em que o baterista Brandon Saller não aparece também como vocalista. “Fractures” foi lançado em 2001 e possui cinco faixas. Três delas seriam regravadas no primeiro full-lenght da banda.

Suicide Notes and Butterfly Kisses (2002)


O primeiro álbum da banda foi lançado em 2002 e mostra uma sonoridade pesada e hardcore. Os gritos guturais de Alex Varkatzas se impõem nas faixas, enquanto os vocais limpos do baterista Brandon são mais presentes nos refrões das músicas

The Curse (2004)


“The Curse” é bem mais elaborado do que seu antecessor. Com uma proposta mais abrangente e inspirado em historias de terror, em especial de vampiros, o disco apresenta faixas consistentes e melhores riffs. Músicas como “The Crimson” e “This Flesh A Tomb” estão entre as melhores do álbum.

A Death Grip On Yesterday (2006)


Faixas mais maduras e letras mais simples marcam o terceiro disco da banda. As músicas começam a ficar mais radiofônicas e a voz de Brandon começa a se sobresair. Alex Varkatzas também passa a usar voz limpa em alguns momentos. “The Theft” e “Ex’s and Oh’s” estão entre os destaques do álbum.

Lead Sails Paper Anchor (2007)


Com o sucesso do disco antecessor, a banda se apressou para colocar seu quarto disco no mercado. “Lead Sails Paper Anchor” pode ser facilmente considerado o álbum mais radiofônico e popular da banda. Menos gritos, mais canções cativantes e envolventes. Algumas das músicas mais potentes da banda estão nesse disco, entre elas, “Lead Sails (and a Paper Anchor)”, “Blow”, “Becoming The Bull” e “Doomsday”.

Congregation Of The Damned (2009)



Esse disco é o ultimo trabalho lançado até agora (sem contar o EP de covers de 2010). Nele, a banda expressa sua vontade de voltar ao som das origens, trazendo elementos e sonoridades de seus primeiros trabalhos. As músicas soam como uma mistura de todas as características principais de todos os trabalhos já lançados pelo grupo, condensados em um disco. Ótimos riffs, peso e solos bem trabalhados do inicio ao fim. “Bleeding Is A Luxury”, “Storm to Pass”, “Congregation Of The Damned” e a balada “Wait For You” são os grandes destaques.