sábado, 9 de janeiro de 2016

Bryan Adams – Get Up (2015):

A equipe do blog Riff Virtual se encontra de férias. Retomaremos nossas atividades no dia 20 de Janeiro. Enquanto essa data não chega, trazemos para vocês alguns de nossos melhores posts. Recordar é viver. Confira!



Por Davi Pascale

Bryan Adams chega ao seu décimo-terceiro álbum. Com produção de Jeff Lynne (Electric Light Orchestra), artista entrega álbum retrô misturando a sonoridade que fazia nos anos 80 com uma pegada anos 50/60. Seu melhor disco nos últimos anos.

Durante os anos 80 e início dos anos 90, o artista canadense era tido como um hitmaker. Cada vez que lançava um disco, era certeza que pelo menos umas 3 faixas iriam para as rádios. Infelizmente, o mundo foi mudando, a sonoridade das rádios foi mudando e muitos artistas extremamente talentosos – como Prince, Billy Idol e o próprio Bryan, somente para citar alguns – acabaram perdendo seu espaço na grande mídia.

Durante os anos, aventurou-se em todos os universos que seu som permite. Gravou álbuns acústicos, fez experimentações com eletrônico. Aparentemente, o rapaz quer reconquistar aquela moçada que o seguia nos anos 80 e 90. Embora seja um trabalho de composições inéditas, o CD tem um ‘q’ de nostalgia.

O cantor/compositor segue sua velha fórmula de misturar rocks suaves com baladas. A festiva “Do What You Gotta Do” e o rock “Go Down Rockin´” nos dá a sensação de entrarmos no velho De Lorean de Marty McFly e cairmos no ano de 1984, quando o músico lançou seu clássico LP Reckless. Suas marcas principais estão aqui. Seus riffs simples e marcantes, seus refrões grudentos.

Musico canadense aposta em álbum retrô

Entretanto, as mãos de Jeff Lynne trouxe algumas peculiaridades ao seu som. O lendário músico, responsável pela produção do novo álbum, trouxe elementos dos anos 50 e 60 e os colocou em bastante evidência nas canções do rapaz. O rock “You Belong To Me” aponta para uma pegada mais rockabilly. “That´s Rock n´ Roll” traz o refrão marcado por palmas, como os Beatles faziam em seus primeiros anos. A balada “Don´t Even Try” poderia ter sido gravada por Roy Orbison, caso esse estivesse vivo.

Aliás, o rapaz parece continuar não se incomodando com a presença de baladas e entrega mais duas aqui: “We Did It All” e “Yesterday Was Just a Dream”. A influência de Lynne é sentida nos violões e nas slide guitar. Sem problemas, ambos são feras nesse universo. No final do álbum, temos Bryan interpretando 4 músicas somente com violão e voz. Bacana, mas sem o brilho das versões anteriores.

As composições são excelentes, o disco é muito bem feito. Se você curtiu nas suas fitinhas cassetes sons como “It´s Only Love”, “Somebody” e “Summer of ´69” ou curtiu em bailinhos sons como “Heaven”, “Please, Forgive Me” e “Everything I Do (I Do It For You)”, tem de tudo para gostar desse CD. Seu melhor disco desde 18 Til I Die (1996).

Nota: 8,0 / 10,0
Status: Nostalgico

Faixas:
      01)   You Belong To Me
      02)   Go Down Rockin´
      03)   We Did It All  
      04)   That´s Rock n´ Roll
      05)   Don´t Even Try
      06)   Do What You Gotta Do
      07)   Thunderbolt
      08)   Yesterday Was Just a Dream
      09)   Brand New Day
      10)   Don´t Even Try (Acústico)
      11)   We Did It All (Acústico)
      12)   You Belong To Me (Acústico) 
      13)   Brand New Day (Acústico)