sexta-feira, 29 de julho de 2016

Scorpion Child – Scorpion Child (2013):





Por Davi Pascale

Uma nova geração de bandas está pintando por aí. O mais novo nome a chamar atenção no pedaço é o Scorpion Child. Grupo faz hard rock com competência e entrega um dos melhores álbuns dos últimos tempos.

As bandas atuais estão bebendo bastante na fonte dos anos 70. Algo que podemos comprovar com clareza no trabalho de artistas como Rival Sons, The Answer, Kadavar, Graveyard, Airbourne e Blues Pills. Os texanos do Scorpion Child não fogem à regra. A influência de Led Zeppelin é latente em seu trabalho. Algo perceptível já na faixa de abertura “Kings Highway”, uma das melhores do disco. “Liquor” é outro forte exemplo da influência exercida pelo grupo de Jimmy Page.

Eles não são a primeira banda a seguir os passos do Zeppelin e, certamente, não serão a última. Aliás, o trabalho vocal de Aryn Jonathan Black me lembrou bastante o trabalho vocal de Lenny Wolf, vocalista do Kingdom Come. Outro que é altamente influenciado por Robert Plant.

Mas a banda não se resume à um clone do Zeppelin. Apostam um hard rock com uma pegada bluesy, onde misturam vários elementos dos anos 70 com elementos dos anos 80. Em alguns momentos, nos lembramos do trabalho realizado por artistas como Tesla, Fastway, Badlands e até mesmo Dangerous Toys. A faixa de trabalho “Polygon of Eyes” é uma que representa bem esse mix entre 70´s e 80´s. “Paradigm” é outro exemplo trazendo aquele hard veloz, quase punk, que bandas como Guns n´ Roses e L.A. Guns sempre fizeram tão bem.

Christopher Jay Cowart se demonstra um guitarrista altamente criativo e entrega riffs impactantes em canções como “The Secret Spot” e “Salvation Slave”. Como um bom grupo de hard rock, entregam duas baladas aqui: “Red Blood (The River Flows)” e “Antioch”. Nessas mais lentas, me remetem um pouco ao Tesla. Entre essas duas, minha favorita é “Antioch”. A faixa bônus “Keep Goin´” remete à Deep Purple. Principalmente, o trabalho de teclado e o solo de guitarra.

Peguei o álbum para ouvir esperando um disco bacaninha, mas acabei realmente surpreendido pela qualidade das composições e dos músicos envolvidos. Principalmente, pelo trabalho vocal de Aryn. Se você está procurando novos artistas de rock n roll para ouvir e busca uma banda que faça um trabalho sem muita preocupação em soar moderno. Um artista que esteja preocupado somente em entregar um álbum de rock enérgico e cativante, vá sem medo de ser feliz. Discaço!

Nota: 9,0 / 10,0
Status: Empolgante

Faixas:
      01)   Kings Highway
      02)   Polygon of Eyes
      03)   The Secret Spot
      04)   Salvation Slave
      05)   Liquor
      06)   Antioch
      07)   In The Arms Of Ecstasy
      08)   Paradigm
      09)   Red Blood (The River Flows)
      10)   Keep Goin´ (Bonus Track)